domingo, 30 de dezembro de 2007
Postal da tailandia
O postal de Chiang Mai nao chegou a tempo. Ele esta em falta para comigo. As ferias dao um trabalho infernal e enfim, nao me sobra tempo para escrever no blogue. Nao me levem pois a mal. O Norte da Tailandia surpreendeu quase tanto como Angkor no Cambodja. Nao pela monumentalidade mas sim pela quietude, simpatia e beleza nalguns casos quase virgem. Ao inves, virgindade e o que falta a Bangkok. Mas estamos longe de Phnon Pehn ou de Ha Noi. Aqui tudo ferve. E amor que arde e se sente, e ve. Estou quase apaixonado...
Amanha espero acabar o dia com tres horas de massagem tailandesa (das serias, caros amigos, das serias) num spa bem recomendado - tres chic, tres bien; que esta coisa da idade tem as suas vantagens. E espero comecar a viver 2008 sete horas mais cedo que a maioria dos que leem este post a beber um estranho sparkling Chardonnay e pinot noir das encostas Australianas.
Rica vida que se acaba, pois, como diz o adagio: nao ha bem quem sempre dure...
sábado, 29 de dezembro de 2007
É melhor comprar uns contentores de sul-americanos
Uma verdade inconveniente
O Ocidente perceberá um dia que não existem "moderados" no islão. Tirando a tecnologia, o islão rejeita em grosso e por atacado tudo o que o Ocidente criou e representa. A começar pela democracia.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Se BCP = Moderna, então Constâncio é quem?
Toda não, porque o pudor da Judiciária e do Ministério Público impede-os de promover a prisão preventiva de Jardim Gonçalves & Companhia com a mesma ferocidade com que o fazem quando os suspeitos são menos endinheirados ou poderosos.
Por outro lado, outro ponto que começa a brotar para a ordem do dia é o papel ocultador e dissimulador levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
É que se não fosse Joe Berardo a lutar - sozinho - pela divulgação de todo o mal em que o BCP está envolvido, ainda hoje veríamos o sorriso trocista de João Salgueiro a pedir decoro e discrição, e ainda hoje veríamos Vítor Constâncio a sossegar-nos com as suas análises.
Além do mais, foi preciso a SEC intervir para que Constâncio fosse forçado - por uma vez - a cumprir o seu papel em vez de andar a fazer propaganda por salários baixos (excepto o seu, claro!) e juros altos.
Até quando durará Constâncio em funções?
Até quando durará Jardim Gonçalves em liberdade?
Benazir Bhutto morta em atentado suicida
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Diz que e uma especie de Natal...
Deixemo-nos de balelas: O Natal sempre foi, e e sera o tempo mae de todos os egoismos. Deixamos desejos, fazemos votos, damos presentes acima de tudo porque isso nos faz sentir melhor. Os outros ficam felizes, mas nos ficamos ainda mais porque os fazemos felizes. E assim mesmo e a moral nao e para aqui chamada. Por isso, esperem so um pouco mais, mas faco sinceros (eheheheheh) votos que o menino buda me continue a dar vida, saude e dinheiro para gastos em ricos passeios como este. Depois, e como gosto dos meus amigos e de todos os que nos leem, desejo aos meus amigos e amigas, leitoras e leitores um Santo e Feliz Natal com saude e na companhia dos que mais amam.
domingo, 23 de dezembro de 2007
A oeste nada de novo
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Postal do Viet Nam
Tudo corre mais calmo agora que chego a tranquilidade tailandes. No norte, na velha Chiang Mai.
Ate um dia destes.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
N MÚSICAS XLV
N ARIANES X
Filme: Vanilla Sky
Realizador: Cameron Crowe
Imaginem que aquele desejo que toda a gente já cometeu na vida ("Deixem-me em Paz! Desapareçam!"), acontecia. Pensem um pouco, profundamente, nessa realidade sonhada. A pergunta que se pode colocar de seguida é "Quantos minutos demoraria pedir que aparecessse alguém". Quantos?... E porquê? Por que somos assim? E, paradoxalmente, por que estamos sempre sozinhos nas nossas multidões pessoais e profissionais, sempre mergulhados no nosso interior? Por vezes, afogados nele. Uns mais, outros menos, porquê?
Mais do que a cena, importante é a oportunidade que ela nos oferece para reflectirmos sobre o nosso mundo... com os olhos bem abertos.
Música - O melhor de 2007 - Top Ten
Os álbuns e as músicas têm em consideração a data do seu lançamento em Portugal.
Boa audição.
Álbuns
1.º - "Hvarf/Heim", Sigur Rós
2.º - "Neon Bible" - Arcade Fire
3.º - "Boxer" - The National
4.º - "In rainbows", Radiohead
5.º - - "Nux Vomica", The Veils
6.º - "23", Blonde Redhead
7.º - "All of a Sudden I Miss Everyone", Explosions in the Sky
8.º - "No Shouts, No Calls" - Electrelane
9.º - "Release the Stars", Rufus Wainwright
10.º - "Kurr", Amiina
(Bónus)
- "A Place to Bury Strangers", A Place to Bury Strangers
- "The World is Not Fair", The Teenagers
Canções
1.º - "I Gaer", Sigur Rós
2.º - ""Reckoner", Radiohead
3.º - "Nude", Radiohead
4.º - "Smoother + Evil = Hurt" - The Kissaway Trail
5.º - "Mistaken for Strangers" - The National
6.º - "Dark Matter", Andrew Bird
7.º - "Into the Galaxy", Midnight Juggernauts
8.º - "Rest My Chemistry", Interpol
9.º - "You Know I'm No Good", Amy Winehouse
10.º - "Starlett Johansson", The Teenagers
(Bónus)
- "That Summer At Home I Had Become The Invisible Boy", Twilight Sad
- "Paper Planes" M.I.A.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
N MÚSICAS XLIV
sábado, 15 de dezembro de 2007
Público: Abrupto meets Arcádia
6 meses 6 mortes
"Os magistrados sentem que parece que no Porto não há pessoas competentes para o fazer" (investigar as máfias portistas)
António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
20 anos
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Postal do Cambodja
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
ArcádiaQuiz (XV)
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
PALETA DE PALAVRAS LXIV
(Desidério Murcho)
Bom estar! Simplesmente, estar.
Notem cada som, cada timbre, anotem cada imagem que imaginam de olhos fechados. Parece fácil sentir tanto céu e sol. Parece demasiado fácil... não deve ser verdade.
Se não fossemos tão desconfiados, até este post seria real!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
PALETA DE PALAVRAS LXIV
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das neves, in Diário de Notícias, 26-11-07
sábado, 8 de dezembro de 2007
Da rica vida...
Parto para a velha Indochina daqui a pouco. Em vez de Menino Jesus, vou me encontrar com o menino Buda; em vez de bacalhau, terei arroz com fartura nesta consoada, com sorte, passada em Chiang Mai. A passagem para 2008 será na Cidade dos Anjos - não essa, a da Asia. Mas antes haverá muito verde, calor e mosquitos com fartura. Quando puder dou noticas. Desejem-me sorte pois desta vez algo me diz que bem dela precisarei. Como diz a minha sobrinha: Xáááááaaaaaáááuu.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Natal 2
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A ignorância deve ser livre mas a estupidez devia pagar imposto
Tow-in Lourinhã (II)
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Portugal prepara-se para recebê-los com todas as honras.
Campo Contra Campo (XCIX)
Ian Curtis e os Joy Division dizem me pouco, muito pouco. Não sei se é bom ou mau. É o que é. Control, enquanto objecto cinematográfico, vale sobretudo pela excelente fotografia de Anton Corbijn (aproveitada ao limite nas cenas que retractam as actuações da banda) e pela interpretação irrepreensível de Sam Riley. Mas o que mais me cativou no filme do fotografo holandês, foi a maneira como o realizador coloca a questão: quem era afinal Ian Curtis? Seria Ian o tal poeta e cantor genial que se transformou em mito instantâneo após o seu suicídio, ou, ao invés, não passaria de um dançarino pateta que escrevia umas coisas sem nexo, profundamente doente (alcoolismo, epilepsia e esquizofrenia), e que ao primeiro sinal de amor a três dimensões não suportou o peso da sua própria existência? Ou, digo eu, seria tudo isto e mais um poço de egoísmo e egocentrismo sem fundo? São boas questões (digo eu, novamente) que um fã incondicional poderá achar heréticas. Mas elas estão lá, quer queiram quer não. Ah, Control vale ainda pela banda sonora. Mas, escrever tal coisa, é abraçar de forma cobarde o lugar comum. Abraço este só comparável ao plano da ascensão com que o filme termina.
É assim a magia do futebol!
...mais imagens do "big sunday"
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Campo Contra Campo (XCVIII)
Depois da overdose do DocLisboa, estive afastado das salas de cinema mais de um mês. E recomeço onde terminei. No cinema interessam-me cada vez mais as faixas laterais em detrimento do hiper-povoado meio campo holywoodesco. Vi este filme romeno, premiado - entre outros certames - em Cannes e no IndieLisboa, fundamentalmente como um falso documentário sobre as passas do inferno que um enfermo tem de "comer" para regressar ao pó. O filme vale pelo absurdo (por vezes tristemente cómico) da situação e como espécie de negativo das parvinhas series americanas que a televisão "dá" sobre a higiénica (!?) vida nos hospitais. Em A Morte do Senhor Lazarescu não é de Michael Moore que estamos a falar, mas sim de mega-realismo. E a Roménia está mesmo aqui ao lado, pois quem tem de conviver com as unidades hospitalares do Estado sabe bem como são arrogantes e amadores aqueles que têm a nossa vida e saúde nas mãos.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
José Manuel Fernandes Zandinga
domingo, 2 de dezembro de 2007
Tow-in Lourinhã
Qual Benfica, Porto ou Sporting? Qual eleição na Rússia ou referendo na Venezuela? Qual atentado à bomba na segunda circular?
A ondulação que hoje beijou a costa portuguesa, e que tanto frenesim andava há alguns dias a causar entre a "comunidade das ondas", só foi aproveitada por alguns bravos heróis.
Pela manhã lá fui até ao local do costume. Mas desta feita em vez de fato e prancha optei por levar tripé e câmara de filmar na esperança de ver um dos muitos locais bazofias vencer a força da corrente. Alguns tentaram mas todos viram a sua esperança esmorecer lá onde todas as ondas também acabam por morrer. Não era para menos. Paredes maciças com cerca de três metros desfaziam-se em cataratas de densa e alva espuma. Três metros na Costa da Caparica, cinco metros no Guincho. Diz-se, mais de seis metros na Lourinhã. E foi no Oeste, mas não propriamente nos picos clássicos, que se escreveu mais uma doirada pagina do surf de ondas grandes em Portugal. A SIC diz ter imagens exclusivas. Provavelmente tão exclusivas como o analfabetismo dos seus jornalistas. Enquanto outras fontes não são conhecidas, perdoe-se os pontapés no "surfês", e abra-se a boca de espanto com o que a costa portuguesa pode oferecer.
...entretanto, mais novidades sobre a sessão e algumas belas fotos da gala de hoje no spot do costume.
Há Liberdade (LXXXIX)
sábado, 1 de dezembro de 2007
Populismos
Quem é a sobrinha mais linda do tio? (III)
A Madalena em Junho passado na festa do seu segundo aniversário
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
A Caparica hoje de manhã estava quase assim…
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
As virgens suicidas
Imaculada como o destino, a musica não dá tréguas. Quando a nossa ingenuidade teima em pensar que o nosso ouvido já tudo escutou, as sete notas do universo, montadas no cavalo branco do apocalipse, lá nos fazem descer à terra; lá nos fazem subir ao céu. Como já alguém deve ter dito, a pop electrónica destas três raparigas de vozes sussurradas mas celestiais é melancólica, íntima, delicada, doce, confortável e cintilante. Apaixonante, pois claro. Mesmo. Como escreveu aqui (link) Nuno Galopim ao seu redor evoluem filigranas digitais de espantosa fragilidade.
Diz o mito urbano que o nome desta banda que vem do outro lado do Oceano deriva de uma fala de uma personagem menor de um filme obscuro de Tim Burton. Diz o mesmo mito que esta é a banda preferida de um tal David Lynch. Certo é que estas três meninas andaram em passeio europeu a fazer a primeira parte de uma banda francesa chamada Air e chegam agora ao ponto onde a terra acaba e o caminho de regresso a casa começa. Au Revoir Simone, despidas de preconceitos, sensuais até ao desespero, tocam na semana que vem em Braga e em Lisboa. É nestas coisas que devemos ser egocêntricos: nós merecemo-las. Mas até no egocentrismo podemos ser solidários. Apesar da minha preferida ser Through The Backyards, convido-vos a sonhar com um passeio no paraíso abraçados a elas ao som de Fallen Snow.
E se de repente, no meio do passeio blogosférico da noite, alguém lhe oferecer flores
…mas agora que vejo o vídeo da coisa…, então não é que existe aqui um groove do cacete?
É chunga mas diverte. E tem uma enorme vantagem, Diz que é uma espécie de música kleenex. Ouve-se três vezes e deita-se fora. Não está estragada mas enjoa que se farta. [Com a devida vénia à Sara, a culpada deste post]
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Aos vinte comunista, aos trinta socialista, aos quarenta social-democrata?
Então e por este moço ninguém coloca a bandeirinha à janela?
Parabéns Silvano, vence por nós!
PALETA DE PALAVRAS LXIV
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das Neves, in Diário de Notícias, ontem, 26-11.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Da série: “olha que grande novidade!"
A única geração de jeito é a que teve 15 anos em 1990
Mas diz mais: os que nasceram antes de 1970 são uns cotas que deveriam deixar de invejar-nos e tentar ser felizes com a maturidade e a calvície. (…) Os que nasceram depois de 1980 são uns pintelhos insignificantes ao nosso lado.
Apoiado. Eu, fiquei tão perturbado por ter crescido nessa época que ainda hoje sonho diariamente com o clip (que na altura via no Vivámusica do Jorge Pego) do clássico One Night In Bangkok de Murray Head. Quem?, perguntas tu rititi. Pois é. Só tinhas oito ou nove anitos à época, não era? É que, bem feitas as contas, a única geração de jeito é a que teve 17/18 anos em 1990. Esses, sim. São os heróis, com tudo o que tiveram que aturar na adolescência
Acho que só passando uma noite em Bangkok para exrorcizar os meus fantasmas. Uma, não. Varias. Passagem de ano incluída. Que se fodam, pois, os anos 80!
Sumol Nazaré Special Edition adiado
Os Gato Fedorento ao pé desta rapaziada são uns meros aprendizes
Há Liberdade (LXXXVIII)
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Entrevista do Inspector-Geral da Administração Interna ao Expresso
domingo, 25 de novembro de 2007
Valente & Barreto
António Barreto
Efervescências (XIII) - A caminho da Africa do Sul?
Coimbra tem mais encanto vestida de encarnado e branco
1. Nesta jornada comecei por ver muita coisa ainda estava em Lisboa. Vi, por exemplo, Luís Filipe Vieira reconhecer o obvio - irra, mais vale tarde que nunca. Disse o líder encarnado, na sexta feira passada, que o Benfica não tem claques mas sim sócios. Ponto final parágrafo.
2. Já em Coimbra, num local que antigamente se chamava Calhabé, vi o grupo de sócios sem nome invadir um sector inteiro no topo sul do estádio. Foram seguramente mais de quinhentos rapazes e raparigas (muitas!) sem nome que durante quase todo o jogo silenciaram o resto do estádio. Não há palavras para descrever o amor desta gente ao nosso querido clube. Com eles (e elas) o Benfica é imensamente mais rico […e cada vez seremos mais!].
3. Mas vi também coisas que parece que mais ninguém viu. Por exemplo, no primeiro golo do Benfica, devemos creditar meio tento ao Nuno Gomes. As imagens da televisão não mostram, a imprensa escrita de hoje não fala nisso (estou para perceber parque é que insisto em comprar A Bola ainda que de vez em quando). Aquando da marcação do livre pensei para mim mesmo que "aquilo não ia dar nada" pois havia gente a mais entre a bola e a baliza. O Nuno ocupou um lugar na barreira mas assim que o lance se inicia corre em direcção bola e de forma pouco ortodoxa lança-se para o chão abrindo um rombo imenso por onde a bola viaja até às redes adversária. Com aquele movimento o Nuno tapou o angulo de visão a Ricardo até ao ultimo segundo possível. Foi golo!
4. Vi também um Benfica por vezes pouco pressionante para tão pouca Académica (equipa organizadinha mas sem génio em qualquer dos sectores). Mas vi ainda uma equipa técnica que dá uma confiança incrível a todo o grupo de trabalho mantendo a pressão no nível certo até ao apito final. E foi assim que pela primeira vez um dos torpedos lançados por Binya para o centro da área teve sucesso - parece que também ninguém reparou no pormenor. Bynia lança a bola como ninguém o faz em Portugal. Os adversários não estão preparados para defender este tipo de lances e a experiência de Luisão fez o resto. Foi golo!
5. Foi golo ainda de Adu. Porque o jovem norte americano está cada vez mais seguro, maduro , concentrado e será um grande trunfo do Benfica do futuro.
6. Vi finalmente a equipa dirigir-se após o apito final ao topo sul do calhabé. Mais de dez mil apoiantes do nosso querido clube deram-lhe um abraço gigante. E eles retribuíram. Um uníssono inédito esta época, jogos na Luz inclusive. Mas estes momentos são para mim e para quem esteve no estádio, Nuno. Porque infelizmente a comunicação social portuguesa teima em compreender que quando se fala em Benfica deve falar-se sempre, no principio e no fim, daqueles que são a verdadeira alma Benfiquista; os incansáveis obreiros da mística Benfiquista.
7. Força Benfica vence, cada vez queremos mais!
Pedro, tu dás sorte!
sábado, 24 de novembro de 2007
Todos querem saber, quem nós somos
[AVISO: este video não é aconselhável a adeptos benfiquistas de lágrima fácil]
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Natal 1
Pa-Che-Co
N ARIANES IX
Esta cena é digna, para mim, de constar aqui no N ARIANES, mas por razões que ainda não são muito seguras e reflectidas, confesso. O que é facto é que marcou-me. Não pela excepcional interpretação de ambos, pois Julia Roberts teve num nível, diria, razoável e o Clive Owen no muito bom, como é seu apanágio.
A cena marca, julgo eu, porque em "filme ao estilo hollywood" nunca vi, ou não me recordo, de se falar sobre uma relação sexual, entre um casal, tão descritivamente condensada e intensivamente sentida, no domínio dramático e "linguístico" (no seu sentido corrente).
Portanto, sem portantos, é uma cena com simplicidade, mas que entra e fica. Como tantas outras cenas que, com ou sem especial explicação racional, perfilhamos na nossa vivência arcadiana.
N DIAGONAIS XIX
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Libertem os Pais Natais, por favor
As montras já há muito que estão engalanadas, as ruas mais ou menos iluminadas e as vias saturadas de automóveis. Os Pais Natais, desde, pelo menos, o São Martinho, já estão pendurados às janelas, presos e bem presos (como o de uma das minhas vizinhas que podem conhecer na foto). Aproximam-se os jantares “das empresas” e dos variados grupos de amigos que acabam invariavelmente em mais um whisky na discoteca da moda ou numa qualquer casa de putas manhosa – pois neste país de merda nem as putas escapam, fugindo do “cantinho à beira mar plantado” como o Diabo foge da cruz).
É assim o Natal pós-moderno, minha gente. E confesso que a “este natal” mundano adiro sem reservas. Não é dele que me queixo. Queixo-me que a tudo isto valia a pena juntar uma pitada, uma pitadinha vá, de sentido e valor. Que se corra freneticamente pela posta de bacalhau mais desejada do ano, mas que não se corra apenas pela dita cuja.
Por esta se muitas outras que não vêem agora ao caso fartei-me da época que se avizinha vai para um par de anos. Assim, pelo segundo ano consecutivo, preparo-me para me pôr a andar daqui para fora (rapidamente e em força) para não ter de aturar o oco “espírito da época” – Indochina meu amor, não partas agora que eu estou quase a chegar.
Deixo apenas um desejo: libertem os Pais Natais, por favor!
Estamos lá e o resto é conversa
Ora, os nossos “mininos” mimados, à rasquinha, lá me fizeram a vontade. Resta pois “orientar uns trocos” para gasolina e meter a tenda em cima da top-case. Mas…, falta um pequeno pormenor: bilhetes para a bola. É que os senhores da UEFA já venderam antecipadamente cerca de trinta por cento dos ingressos para o torneio e agora os “Zés povinhos” por essa Europa fora que se desunhem com o que resta. É assim o futebol moderno. É bom, mas não é para todos. A minha sorte é que as curvas alpinas não fogem. E não é preciso tirar bilhete para lá passear.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Maçarico e maçaricos
Cada um tem o que merece
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Estamos velhos e gostamos
Um destes dias à beira mar plantados, eu e o Pedro Adão e Silva conversava-mos um pouco. Entre outras coisas mais, dizia-me ele que o Ondas não é propriamente um blogue. Não sei se concordo inteiramente. Sei sim que independentemente dos demais projectos (blogosféricos ou não) dos autores desse swell perfeito que diariamente dá à costa dos nossos computadores, tal energia reconfortante e retemperadora não pode parar.
Caros amigos, como bem sabem tudo o que atinge algum sucesso no nosso país é invejado e “apedrejado”. O Ondas, apesar da harmonia que produz não poderia ser excepção. Longa vida pois ao Ondas e aos seus destemidos marujos.
Imagem: Live stile por Stuart Thomas que também é o autor deste outro belo momento que por esquecimento meu não estava creditado.
Juan Carlos, Chávez, Soares e Fidel
N MÚSICAS XLIII
Não sou apreciador do tom de marcha, sugerido pela bateria, mas não há regra sem excepção. A partir do minuto e vinte e três esta música descola para um ritmo notável de crescendo e estranha euforia, como se partisse de vez deixando para trás alguma comemoração heróica. Ou, mesmo, fúnebre.
Aliás, numa das dezenas e dezenas de vezes que a ouvi, já pensei nela como sendo a marcha ideal para um funeral. Bom, para ser sincero, o meu próprio. Isto não tem nada de tétrico ou de deprimido, bem pelo contrário. É tão natural morrer que acontece a todos. Ao contrário das habituais e aparentes interpretações sobre quem fala da morte, considero este exercício um excelente ânimo para o estado de espírito e um reconhecimento da vida. Provavelmente, uma das maiores inspirações para a vida, são os exemplos vivenciados, heróicos, terminados ou não na morte. Por exemplo, a morte do protagonista (não tem que ser herói) de um filme. A mim, transmite-me autenticidade, verdade, força, prova de vida. E a causa, o motivo, é a morte. É também a morte. Com ou sem marcha.
Escutem a música e descubram o que ela vos transmite.
"The Bell Tolls Five"
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
ASAE: Por qué no te callas?
Puta que pariu este novo Portugal de merda e quem nele manda. Deixem me por favor emigrar pró Burundi!
Gente mais calma do que eu: reparo agora que a indignação já se espalhou por essas esferas fora. A ler a crónica de Francisco José Viegas no JN bem como as notas de Tomas Vasques e de João Villalobos.
Água d'Antigamente
Esta é a crónica de uma tarde de Domingo que seria igual a tantas outras não fora o facto de no passeio matutino de bicicleta na manhã anterior, ter reparado num cartaz que por mero acaso comigo se cruzou.
O Parque de Monsanto está diferente. Não sei se já repararam. Monsanto convida ao lazer e à descoberta. Tantas vezes passamos por ele (às vezes diariamente) e teimamos em dele fugir. Porquê?
Água d'Antigamente é um passeio promovido pela Divisão de Educação e Sensibilização do Ambiente (DESA) da Câmara Municipal de Lisboa que percorre em cerca de três horas (seis a sete quilómetros a pé) alguns dos segredos mais bem guardados do Parque de Monsanto, bem como grande parte do único e imponente Aqueduto das Águas Livres - apenas o seu nome deveria obrigar-nos a baixar a cabeça em sinal de respeito. Apenas a visita a este ícone arquitectónico mundial bastaria para nos entreter. Mas os responsáveis da DESA dão-nos muito mais. A possibilidade de nos encantarmos com um local bucólico onde facilmente nos esquecemos que estamos na nossa casa e rapidamente somos levados a essa condição mítica da sociedade pós-moderna a que chamam turista.
Mas este post não serve apenas para vos contar mais uma historia da carochinha muito cool ou para vos dar conta de como é fácil escapar ao lugar comum em que fatalmente a nossa vida se torna. Este post serve, acima de tudo, para sublinhar que nesta Lisboa cada dia mais descaracterizada ainda há carolas. Carolas são aqueles como o Rui, que tão bem nos guiou pelos seus jardins secretos. Funcionários miseravelmente pagos por uma administração pública autista que ainda assim empenham os seus tempos livres a compartilhar as suas paixões, a sua visão do mundo, e nos ensinam com carinho e divertimento como podemos ser mais felizes aqui na nossa terra tantas vezes blasfemada.
A DESA promete que em Dezembro haverá mais Água d'Antigamente para quem com ela quiser saciar a sede. Enquanto isso consultem aqui (link) o seu programa de actividades no magnifico e salubre Parque de Monsanto. E estejam atentos, pois prometem-nos muitas e boas novidades. Eu fiquei fan incondicional.
Obrigado a todos!
[Clique nas imagens para aumentar]
domingo, 18 de novembro de 2007
A Ponte, o buzinão e os cleptocratas
Há Liberdade (LXXXVII)
sábado, 17 de novembro de 2007
Robert Dziekanski, cidadão comunitário de nacionalidade polaca, assassinado sumariamente em Vancouver pela policia canadiana
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Obrigado por fumar
Dizem as notícias (link) que este sábado é o Dia Nacional do Não Fumador.
Fazem bem realizar estas coisas ao sábado. Dia de desporto e vida saudável ou dia de jantar com as amigos e saborear a conversa com um bom puro humedecido em conhaque. Provavelmente, para a maioria dos comuns, nem dia de uma nem de outra coisa (temos pena). Mas para muitos dia de saborear um bom cigarro. Apesar de fumar cada vez menos, adoro fumar. Sabe-me bem. Em especial depois da refeição com o café. Nestas ocasiões, se estou bem acompanhado, o fumo dança mais ao sabor das palavras. Sabendo que não é possível dizer nunca, não tenciono deixar de fumar. E simpatizo com os fumadores, em especial os que sabem controlar o seu prazer. Fumar, moderadamente – como tudo na vida, afinal -, é claramente um sinonimo de inteligência e um sinal de grandeza civilizacional.
Nota: Só Deus sabe a trabalheira que tive para roubar a Isabel daqui e mantendo-a assim, linda, em todo o seu esplendor.
ArcádiaQuiz (XIV)
- Assim já não precisa de levar as prostitutas e os árbitros para hotéis;
- Ninguém lhe tira esse título (as "cinco estrelas");
- Os dirigentes do Sporting Clube de Lamego faltaram a algumas sessões de formação.
N DIAGONAIS XVIII
N MÚSICAS XLII
EXTRA, EXTRA - Afinal Portugal já se encontra apurado para o EURO 2008
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Policia carrega sobre Homens da Luta no “sagrado” treino da intocável selecção nacional
Portugal anda perigoso. Aliás, está a cada dia que passa mais perigoso. Quando vemos o humor ser reprimido desta forma totalmente desnecessária, desadequada e desproporcional é caso para encomendar um lindo réquiem para o Estado de Direito.
O episódio conta-se numa penada. Os Homens da Luta depois de terem incomodado praticamente toda a classe politica (Presidente da Republica incluído) por vezes de forma sues e com palavras violentas - tendo contudo os visados agido sempre com fair play - , foram até ao treino de ontem da selecção mandar meia dúzia de inofensivos recados. Habituados que estão a tratar os adeptos do futebol como nem um cobarde trata uma besta de carga, os rapazes do costume investiram com a inteligência de um asno sobre os dois inofensivos comediantes.
Apreciem mais um lindo capítulo do terrorismo oficial em Portugal.
ArcádiaQuiz (XIII)
- Alcochete, jámé!
- Otafâque?
- Depois de mim, o caos!
ArcádiaQuiz (XII)
- mirandês;
- letão
- inglês.
ArcádiaQuiz (XI)
- swahili;
- basco;
- o inglês.
N ARIANES VIII
A música é suprema na alienação humana de espaços fechados e castradores. Para muitos, os verdadeiros apreciadores das notas de Orfeu, é um autêntico exercício de liberdade, uma profunda viagem de libertação e de reflexão.
Nesta cena do filme, a condição humana harmoniza-se com a maltratada dignidade, ainda que sem unanimidade. O acto é de pouca duração, mas quando fazemos o balanço da vida, de quantos minutos experienciados precisamos nós para serem um dos grandes momentos da nossa vida?
A música que Andy Dufresne difunde por toda a prisão é o dueto "Sull'aria? Che soave zeffiretto", pertencente à ópera "As Bodas de Fígaro" de Mozart. A performance musical é de 1968, na Ópera de Berlim, cantada por Edith Mathis e Gundula Janowitz e conduzida pelo Maestro Karl Böhm.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Micro reflexão sobre o estado da Lusa blogosfera
Muitos de nós ainda confundem a blogosfera com a "blogosfera politica" ou a "blogosfera agenda-cultural". Esta última mantem-se pujante, apear de estilhaçada. A primeira já teve, em boa verdade, melhores dias. O desaparecimento do bloguitica de Paulo Gorjão foi uma perda irreparável. Gorjão marcava há anos o ritmo da blogosfera politica com as suas acutilantes analises e com um talento raro entre nós, para a descodificação do lado oculto da lua politica. O espaço que o bloguitica ocupava é hoje uma terrivel lacuna.
Mas a blogosfera é cada vez menos sinónimo de politica. Enquanto esse quintal se enche de ervas daninhas a blogosfera intimista cresce de forma desmesuradamente saudável. A rede está cheia de blogues mais ou menos lamechas - não apenas no feminino - que reflectem as vivências (ou falta delas) dos seus autores. Dores e prazeres misturam-se de forma quase promíscua não raras vezes numa tempestade polar de consequências imprevisíveis. O interessante é que estes blogues são cada vez mais um sucesso. Tal como os blogues de humor. Assim como o teatro precisa de tragédia e de comédia para existir, também a vida não pulsa sem os seus tiques luhmanianos. Será a vida que descobre o teatro quando se vê ao espelho ou vive versa?
Também o movimento perpétuo que alguns sociólogos identificam nos dias de hoje (diferenciação/especialização) parece encontrar o pasto seco certo para o seu lume na blogosfera. Repare-se nos blogues cujo tema central é o mundo do futebol. Estes serão milhares (e multiplicam-se ferozmente). E destes milhares centenas dedicam-se ao aspecto particular dos grupos de apoio organizados (claques) às equipas de futebol. Curiosamente foi algures por aqui que encontrei uma manifestação verdadeiramente esquizofrénica (não tanto do blogue em si, mas por certo do seu autor) mas hilariante. Um anónimo, que se diz valentemente endinheirado e grande benfiquista há décadas, descobriu a razão do insucesso do nosso querido clube nos últimos anos e vai dai…, decidiu fazer um blogue (link) pois então. Já passeio na blogosfera há uns anos, mas nunca tinha visto uma mistura tão fascinante de estupidez, irracionalidade e mau gosto.
No fim de tudo acho que a blogosfera vive os seus melhores dias, porque é cada vez mais influente. Os que vivem (quase) para a política é que não sabem disso. Têm vistas curtas.
ACTUALIZAÇÃO
Nem de propósito. O DN desta quinta feira prepara-se para dar razão ao meu ultimo parágrafo. Com chamada de primeira pagina e tudo. Vai uma ajudinha sobre o que é que eu estou para aqui a falar? Leiam com alguma atenção o penúltimo parágrafo deste post, cotejem com tal capa de jornal "et voilá".
Ah…, e se têm como desporto favorito ver fronhas de bofias a atirar para o malandreco e que não sabem o que é um Estado de Direito Democrático pois vieram "ontem" de terras sem lei invadidas por Yankes então vão google e façam uma pesquisa por ACAB. Boa sorte.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
A JS tem duas vaquinhas, nós temos uma vaqueira
Temporária, a recibos da cor dos seus olhos, e benfiquista desde que a mãe a deu à luz, a nossa cowgirl que está já ai por baixo das nossas caras feias tem uma mensagem importante que gostaria que todos escutassem.
N MÚSICAS XLI
"Look at the cloud" - Vessels
Oiçam até ao fim, para descobrirem algumas supresas sonoras.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Não há vergonha?
Podia dizer que o rapazito tem uma ar porquito estilo Marco Paulo suburbano pos-moderno; uma loira, outra morena ambas com tiques de vaca pronta para levar uns tabefes nas nalgas como milhares de outras que temos o desprazer de encontrar nesse verdadeiro chiqueiro nacional que é o hi5. Podia dizer outras verdades mas se calhar tornava-me demasiado insolente.
Digo apenas que encontrei este cartaz em frente à porta principal do IST. Um dos nossos estabelecimentos de ensino superior que mais e melhores desempregados produz anualmente. Não contentes com a forma patética com que nos desgovernam, ainda têm a lata de regurgitar lixo deste para as nossas ruas. Bardamerda para a JS e para quem a apoia!
O blogue que toda a gente visita mas (quase) ninguém lê
Assassinaram um dos meus irmãos
Quem guarda o guarda?
Quem nos protege dos assassinos oficiais?
O que fazer aos filhos da puta?
domingo, 11 de novembro de 2007
N MÚSICAS XLI
Molti mari e fiumi
Attraverserò
dentro la tua terra
mi ritroverai
turbini e tempeste
io cavalcherò
volerò tra i fulmini
per averti
Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa paura d'averti accanto
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore è vita meravigliosa
Luce dei miei occhi
brilla su di me
voglio mille lune
per accarezzarti
pendo dai tuoi sogni
veglio su di te
non svegliarti non svegliarti
non svegliarti .... ancora
Meravigliosa creatura sei sola al mondo
meravigliosa paura d'averti accanto
occhi di sole mi tremano le parole
amore è vita meravigliosa
Meravigliosa creatura un bacio lento
meravigliosa paura d'averti accanto
all'improvviso tu scendi nel paradiso
muoio d'amore meraviglioso
Meravigliosa creatura
meravigliosa
occhi di sole mi bruciano in mezzo al cuore
amore è vita meravigliosa