terça-feira, 31 de maio de 2005
Números e Pessoas: a luta continua...
Como os tempos mudam. Lembro-me no tempo de Cavaco Silva, economista de formação, o quanto o homem era acusado de falar só em números, do peso excessivo da dívida pública, da contenção do défice orçamental, das elevadas taxas de juro, da necessidade de aumentar o PIB, dos perigos da inflação e da sua fama de ver a sociedade através de números e de medidas quantitativas nas reformas que protagonizou. Depois, lembro-me também, mais recentemente, do apoio popular a Guterres, contra a política de Cavaco, por pensar mais qualitativamente na vida, na aposta da educação dos jovens e dos adultos, na promoção da cultura pelas massas, na "economia virada para a sociedade" e nas políticas públicas que deviam pôr as pessoas acima dos números.
A estes dois ciclos políticos sucessivos subjaz uma lógica contínua e coerente: primeiro, as pessoas valiam menos e tinham mais, depois as pessoas valiam mais e insustentavelmente muito, como agora se diz: vivia-se acima das posses. As pessoas e, consequentemente, o país. Segundo, as pessoas não percebiam de números e nem queriam saber! Porquê? Porque entendiam, bem ou mal, que quem tinha de os perceber era os políticos, os 'grandes', os governantes. Para mais, os números eram valores de Direita, preocupações resquícias do antigo regime, ou seja, para a Esquerda - a paladina do social, do emprego e das pessoas -, números eram minudências, coisas sem importância, máscaras para enganar pacóvios.
No entanto, a economia mudou, a sociedade estagnou, os bolsos definharam e a vida azedou. E tem vindo a azedar, sem parar, mesmo que o rendimento aumente. Agora, não há povo que não saiba quais são os números do défice, a taxa de inflação ou o n.º de desempregados. Não há conversa de café que não se fale dos números da economia, do primeiro-ministro, da nação. Velhos ou novos, sóbrios ou ébrios, em tascas ou casinos, os números estão aí! Contra todas as expectativas, contra todas as ideologias, contra todas as classes sociais.
Portugal mudou, mas a luta continua. A esquerda defende que os números fragilizam as pessoas e que são instrumentais das políticas, sobretudo socializadoras, a direita afirma que sem números não existem mais e melhores pessoas e que actualmente sem bons números, não há melhores condições de vida.
Pode ser uma discussão tão fantástica, como saber se o ovo nasceu primeiro que a galinha, contudo, o que temos de perceber é que, para além das ideias políticas - os ovos - e independentemente dos titulares vencedores - as galinhas -, quando o país está mal, todos perdemos e não há gemadas para todos. Uns mais, outros menos, mas todos perdemos mesmo, porque um extracto de conta não é um extracto de vida! Ou seja, com a crise, aprendemos que os números podem ser os nossos melhores amigos, mas não podemos desaprender o que já nos foi ensinado por uma revolução: é que sem as pessoas, não há números que nos valham! A luta está na rua, mas deve ser unida, tanto quanto as ruas exigirem pessoas e números para se considerarem completas e vivas.
NCR
As paginas amarelas do verão 2005...
Rousseau responde! (II)
Sobre as possibilidades de erro na vontade geral:
“(...) a vontade geral é sempre recta e tende sempre para a utilidade pública: mas não se conclui que as decisões do povo tenham sempre a mesma rectidão. Desejamos sempre o nosso bem, mas nem sempre vemos bem onde ele está. Nunca se pode corromper o povo, mas pode-se frequentemente, engana-lo, e é apenas então que ele dá a impressão que quer o que não está bem”
PSL
“(...) a vontade geral é sempre recta e tende sempre para a utilidade pública: mas não se conclui que as decisões do povo tenham sempre a mesma rectidão. Desejamos sempre o nosso bem, mas nem sempre vemos bem onde ele está. Nunca se pode corromper o povo, mas pode-se frequentemente, engana-lo, e é apenas então que ele dá a impressão que quer o que não está bem”
PSL
Mas..., já não tinha acabado???
"The vice president said he expected the war would end during President Bush's second term, which ends in 2009."
Pois claro, até porque o Dick não quer embaraços desses no seu primeiro mandato!
PSL
Pois claro, até porque o Dick não quer embaraços desses no seu primeiro mandato!
PSL
Mamma mia!
A Feira deste ano está para mim, como qualquer freira está (também para mim!) ao longo do ano: intocável!
Este ano decidi não ir à Feira do Livro. É provavelmente a decisão superficial mais triste e difícil deste ano, mas duro é o dever-ser: dura lex, sed lex. A razão é múltipla, mas por ora fiquemos pela dupla: primo, socrática, porque, entre outras razões, prevejo que qualquer dia tenha que pagar para sair de casa e ir trabalhar num qualquer escalão 'irsano' tão insuportável que compensa ficar em casa onde me posso promover todos os dias a subir escadas; secundo, damoclesiana, não consigo ler nem um décimo dos livros que compro anualmente na Feira. Não comprar em enxurradas poderá ser um dos melhores incentivos a ler os livros que já comprei há 15, 10, 5 anos na Feira de Lisboa. Melhor, será a melhor maneira de não aumentar o espólio na guerra do meu espaço l-un-ar.
Todavia, desejo-vos boas compras, boas leituras e bons livros. Nada disto é a mesma coisa como um compulsivo da Feira sabe muito bem.
NCR
P. S. - Será que a minha mãe pode ir à Feira por mim?
Este ano decidi não ir à Feira do Livro. É provavelmente a decisão superficial mais triste e difícil deste ano, mas duro é o dever-ser: dura lex, sed lex. A razão é múltipla, mas por ora fiquemos pela dupla: primo, socrática, porque, entre outras razões, prevejo que qualquer dia tenha que pagar para sair de casa e ir trabalhar num qualquer escalão 'irsano' tão insuportável que compensa ficar em casa onde me posso promover todos os dias a subir escadas; secundo, damoclesiana, não consigo ler nem um décimo dos livros que compro anualmente na Feira. Não comprar em enxurradas poderá ser um dos melhores incentivos a ler os livros que já comprei há 15, 10, 5 anos na Feira de Lisboa. Melhor, será a melhor maneira de não aumentar o espólio na guerra do meu espaço l-un-ar.
Todavia, desejo-vos boas compras, boas leituras e bons livros. Nada disto é a mesma coisa como um compulsivo da Feira sabe muito bem.
NCR
P. S. - Será que a minha mãe pode ir à Feira por mim?
segunda-feira, 30 de maio de 2005
A festa foi bonita, pá!
Basta!
De futebol, neste blogue.
Pelo menos da parte que me toca, prometo não vos aborrecer com bola durante uns tempos. Antes do fim de época ainda temos dois “joguitos” da selecção, mas esta não me motiva nem um pouco. Sou lampião.
Vou para o defeso, mas antes disso dou os parabéns ao bravo Vitoria, pela vitoria sobre um campeão desgastado e desconcentrado. Foi uma semana de muito "cognac" e de pouco trabalho.
E como sempre a vitoria é de quem trabalha!
Para o dourado álbum das recordações vai um titulo de campeão nacional, que me deixou orgulhoso do nosso Glorioso Sport Lisboa e Benfica.
Muito mais gostaria de vos contar sobre aquele psicadelico domingo de 22 de Maio ultimo. Um dia quiçá...
PSL
De futebol, neste blogue.
Pelo menos da parte que me toca, prometo não vos aborrecer com bola durante uns tempos. Antes do fim de época ainda temos dois “joguitos” da selecção, mas esta não me motiva nem um pouco. Sou lampião.
Vou para o defeso, mas antes disso dou os parabéns ao bravo Vitoria, pela vitoria sobre um campeão desgastado e desconcentrado. Foi uma semana de muito "cognac" e de pouco trabalho.
E como sempre a vitoria é de quem trabalha!
Para o dourado álbum das recordações vai um titulo de campeão nacional, que me deixou orgulhoso do nosso Glorioso Sport Lisboa e Benfica.
Muito mais gostaria de vos contar sobre aquele psicadelico domingo de 22 de Maio ultimo. Um dia quiçá...
PSL
Três mitos actuais na discussão política portuguesa
(Este post estava esquecido nos escritos do meu PC...antes tarde que nunca)
Grasnam pelos media e demais ágoras hodiernas, três supostas ‘evidências’ que não passam disso mesmo, de três opiniões. Todavia, discordo delas, a saber:
1) - o país virou politicamente à esquerda;
2) - a maioria absoluta socialista dificulta a eleição de Cavaco Silva;
3) – Sócrates tem todas as condições para exercer o poder, pelo que a governação de Sócrates vai ser uma espécie de tudo ou nada para o PS.
1) Não ocorreu uma viragem à esquerda do povo eleitoral português, não obstante os quase 4/5 que a esquerda consegue de representação parlamentar. Simplesmente, os cidadãos eleitores votaram maioritariamente nos partidos designados como pertencendo à esquerda. Por outras palavras, o país virou tanto à esquerda como virou à direita em 1987 e 1991. Neste sentido, a viragem não é nem ideológica, nem militante. O que se pode dizer destes últimos resultados eleitorais nacionais é que o país virou centrão, não no que respeita à cruz no boletim de voto, antes no que toca à posição eleitoral perante o leque de opções partidárias.
2) A maioria absoluta de Sócrates acarreta uma dupla ordem de dificuldades ao PS, isto porque, por um lado, a representatividade local do poder socialista tenderá a crescer, derivada da recuperação do desastre das últimas eleições autárquicas e, ainda, do estado de graça que o partido ainda beneficiará devido ao curto lapso de tempo entre eleições (legislativas e autárquicas); por outro lado, - e decorrente dos resultados das eleições autárquicas de Outubro – a inclinação popular nas próprias eleições presidenciais será votar no ‘candidato social-democrata’ (pragmaticamente falando), dada a tendência portuguesa de distribuição (re)partidária entre a esquerda e a direita, como é aliás tradição eleitoral quando a distância temporal é muito curta entre as eleições presidenciais e as legislativas. Aconteceu assim em 1981 (eleito Eanes, de esquerda, de seguida -1983 - eleito Cavaco, de direita) em 1986 (eleito Soares, de esquerda, de seguida -1987 - Cavaco, de direita), em 1991 (reeleito Soares, de seguida - no mesmo ano – Cavaco), em 2001 (eleito Sampaio, de esquerda, posteriormente – em 2002 – é eleito Barroso, de direita). Portanto, o que nos ensina a história, e a respectiva estatística, é que, provavelmente, o próximo presidente da república será de direita, até porque pela primeira vez, na história recente e em curto espaço de tempo que dista entre as sobreditas eleições, será a eleição presidencial que sucederá às eleições legislativas. O argumento dos “ovos no mesmo cesto” também me parece importante, apesar de banalizado.
3) O último mito maioritário da nossa praça política, que repercute e ecoa na pluralidade da opinião pública, é que o Governo Sócrates não tem desculpas para não realizar todas as reformas desejadas, dado que tem a maioria absoluta e, por isso, trata-se de uma espécie de tudo ou nada para o partido socialista. Será que ainda não se percebeu o grande paradoxo das democracias globais: quanto maior for a intervenção social e política dos cidadãos e das organizações, menos poder têm os governos de reformar seja o que for?! É o preço contemporâneo da emergência de novos centros de poder (social e económico, privados, público e não governamentais), da globalização das condições de exercício da governação, da adaptação das decisões e interesses às expectativas racionais políticas derivadas, sobretudo, do maior conhecimento dos stakeholders sociais (cidadãos, empresas e organizações sem fim lucrativo), da complexidade e corporativismo dos processos públicos das reformas e políticas públicas. O futuro dos partidos políticos, e dos políticos, depende, mais do que do seu sucesso democrático, dos seus resultados económicos.
Não sejam estúpidos...é que na economia não somos todos iguais!
NCR
Grasnam pelos media e demais ágoras hodiernas, três supostas ‘evidências’ que não passam disso mesmo, de três opiniões. Todavia, discordo delas, a saber:
1) - o país virou politicamente à esquerda;
2) - a maioria absoluta socialista dificulta a eleição de Cavaco Silva;
3) – Sócrates tem todas as condições para exercer o poder, pelo que a governação de Sócrates vai ser uma espécie de tudo ou nada para o PS.
1) Não ocorreu uma viragem à esquerda do povo eleitoral português, não obstante os quase 4/5 que a esquerda consegue de representação parlamentar. Simplesmente, os cidadãos eleitores votaram maioritariamente nos partidos designados como pertencendo à esquerda. Por outras palavras, o país virou tanto à esquerda como virou à direita em 1987 e 1991. Neste sentido, a viragem não é nem ideológica, nem militante. O que se pode dizer destes últimos resultados eleitorais nacionais é que o país virou centrão, não no que respeita à cruz no boletim de voto, antes no que toca à posição eleitoral perante o leque de opções partidárias.
2) A maioria absoluta de Sócrates acarreta uma dupla ordem de dificuldades ao PS, isto porque, por um lado, a representatividade local do poder socialista tenderá a crescer, derivada da recuperação do desastre das últimas eleições autárquicas e, ainda, do estado de graça que o partido ainda beneficiará devido ao curto lapso de tempo entre eleições (legislativas e autárquicas); por outro lado, - e decorrente dos resultados das eleições autárquicas de Outubro – a inclinação popular nas próprias eleições presidenciais será votar no ‘candidato social-democrata’ (pragmaticamente falando), dada a tendência portuguesa de distribuição (re)partidária entre a esquerda e a direita, como é aliás tradição eleitoral quando a distância temporal é muito curta entre as eleições presidenciais e as legislativas. Aconteceu assim em 1981 (eleito Eanes, de esquerda, de seguida -1983 - eleito Cavaco, de direita) em 1986 (eleito Soares, de esquerda, de seguida -1987 - Cavaco, de direita), em 1991 (reeleito Soares, de seguida - no mesmo ano – Cavaco), em 2001 (eleito Sampaio, de esquerda, posteriormente – em 2002 – é eleito Barroso, de direita). Portanto, o que nos ensina a história, e a respectiva estatística, é que, provavelmente, o próximo presidente da república será de direita, até porque pela primeira vez, na história recente e em curto espaço de tempo que dista entre as sobreditas eleições, será a eleição presidencial que sucederá às eleições legislativas. O argumento dos “ovos no mesmo cesto” também me parece importante, apesar de banalizado.
3) O último mito maioritário da nossa praça política, que repercute e ecoa na pluralidade da opinião pública, é que o Governo Sócrates não tem desculpas para não realizar todas as reformas desejadas, dado que tem a maioria absoluta e, por isso, trata-se de uma espécie de tudo ou nada para o partido socialista. Será que ainda não se percebeu o grande paradoxo das democracias globais: quanto maior for a intervenção social e política dos cidadãos e das organizações, menos poder têm os governos de reformar seja o que for?! É o preço contemporâneo da emergência de novos centros de poder (social e económico, privados, público e não governamentais), da globalização das condições de exercício da governação, da adaptação das decisões e interesses às expectativas racionais políticas derivadas, sobretudo, do maior conhecimento dos stakeholders sociais (cidadãos, empresas e organizações sem fim lucrativo), da complexidade e corporativismo dos processos públicos das reformas e políticas públicas. O futuro dos partidos políticos, e dos políticos, depende, mais do que do seu sucesso democrático, dos seus resultados económicos.
Não sejam estúpidos...é que na economia não somos todos iguais!
NCR
Eva Green
Tem 24 aninhos, nasceu em França, é filha de actrizes, possui ascendência sueca, foi modelo da Armani e chama-se Eva Green. E tem tudo para ser uma grande actriz famosa, em todos os sentidos. Não a estou a substituir pela Nicole Kidman, mas tem tudo para ser uma mulher criada por Deus, sem desfeita para Brigitte Bardot. Podem vê-la no decepcionante Kingdom of Heaven, o mais recente filme de Ridley Scott, que, contra os produtores da Fox, teimou em pô-la no principal papel feminino do filme. A miúda parece transpirar líbido, como se pode comprovar no filme The Dreamers de Bernardo Bertolucci...
...mas julgo que já inspira muito talento. Por exemplo, aqui.
NCR
domingo, 29 de maio de 2005
ESPUMAS VII
No amor, não fazemos tudo bem, não devemos estar acima de ninguém, não somos sempre aquilo que desejamos e, por vezes, mergulhamos numa profunda desilusão. Uma desilusão que se escreve frequentemente com palavras nossas em papel de partição. Estamos constantemente em crescimento, mas esse aprofundamento pode ser irreconhecível, ou enganoso quando não o sentimos na nossa intempestiva reflexão. A esperança de que a racionalidade crie escadas de compreensão e de remissão não traz necessariamente satisfatória ascensão. Pior do que isso, pode mesmo transformar-se em real regressão. Quantas vezes o complexo de sentimentos e de sonhos não corresponde às nossas decisões e fantasias. A quimera que almejamos para as nossas vidas fortuitamente metamorfoseia-se, converte-se, transfigura-se, e ficamos no lugar donde partimos para esse amor. Daí o veraz regresso, para os afirmativos, ou o recuo verídico, para os mais realistas, não serem verdades ou boa companhia. A involução humana no amor não significa não o ter ou não encontrá-lo nos átomos que nos rodeiam. Involução no amor é unicamente, porque não se pode viver tudo o que ele nos dá, não querer estar para além do nosso lugar. Unicamente e só.
NCR
sábado, 28 de maio de 2005
Jamor (III)
Mais um post pré-publicado no ad libitum e relativo à final da Taça de Portugal
"As recordações não se fazem apenas das bravas vitórias do glorioso.
Lembro me pelo menos de ter assistido no Jamor a dois jogos que não envolveram o Benfica.
O primeiro no longínquo ano de 1979, colocou frente a frente Boavista e Sporting.
À época, não obstante algumas vitórias na Taça, a primeira era uma pequena equipa do Porto, que se tentava impor na divisão maior do futebol. Era bem organizada e contava com alguns excelentes jogadores. O Sporting lá ia tentado contrariar a hegemonia Benfiquista e era uma excelente equipa com avançados como o Manuel Fernandes e o Jordão.
Um dos grandes jogadores Boavisteiros da época, era um defesa central, capitão e esteio de toda a organização Boavisteira. Poucos se devem lembrar dele. De seu nome Artur era um alto e forte defesa que marcava com a sua raça e abnegação todo o jogo da equipa.
Lembro me bem de no jogo da finalissima, à época quando a final terminava empatada disputava-se um segundo jogo, de ver o forte Artur a correr por entre uma multidão de simpatizantes boavisteiros rumo à tribuna e levantar a Taça para tristeza dos poucos Sportinguistas presentes.
Deve vir desse momento a minha simpatia pelos axadrezados.
Um outro jogo já mais recente foi também ele outra finalissima que encheu o Jamor de Algravios.
Em 1990 Estrela da Amadora e Farense encontram-se na final da Taça. Na equipa da reboleira despontava aquele que viria a ser um dos melhores centro campistas Portugueses da decada de 90 . Paulo Bento. Para mim apenas Bento. Com ele tive o prazer de jogar dezenas de vezes no ?empedrado? do recreio do liceu onde andei. Nesse tempo o Bento já fazia a diferença, equipa que contasse com a sua técnica ganhava sempre. Jogava nos Matraquilhos de Alvalade e ainda me lembro da sua emoção a contar o seu primeiro jogo oficial num relvado. Hoje o Bento, já com 35 anos, ainda é do melhorzito que o Sporting consegue arranjar para o meio campo.
Voltando a 1990. Foi um jogo divertido e muito bem disputado. Numa tarde de forte calor o Estrela acabaria por vencer, naquele que foi o momento mais alto da sua história."
PSL
"As recordações não se fazem apenas das bravas vitórias do glorioso.
Lembro me pelo menos de ter assistido no Jamor a dois jogos que não envolveram o Benfica.
O primeiro no longínquo ano de 1979, colocou frente a frente Boavista e Sporting.
À época, não obstante algumas vitórias na Taça, a primeira era uma pequena equipa do Porto, que se tentava impor na divisão maior do futebol. Era bem organizada e contava com alguns excelentes jogadores. O Sporting lá ia tentado contrariar a hegemonia Benfiquista e era uma excelente equipa com avançados como o Manuel Fernandes e o Jordão.
Um dos grandes jogadores Boavisteiros da época, era um defesa central, capitão e esteio de toda a organização Boavisteira. Poucos se devem lembrar dele. De seu nome Artur era um alto e forte defesa que marcava com a sua raça e abnegação todo o jogo da equipa.
Lembro me bem de no jogo da finalissima, à época quando a final terminava empatada disputava-se um segundo jogo, de ver o forte Artur a correr por entre uma multidão de simpatizantes boavisteiros rumo à tribuna e levantar a Taça para tristeza dos poucos Sportinguistas presentes.
Deve vir desse momento a minha simpatia pelos axadrezados.
Um outro jogo já mais recente foi também ele outra finalissima que encheu o Jamor de Algravios.
Em 1990 Estrela da Amadora e Farense encontram-se na final da Taça. Na equipa da reboleira despontava aquele que viria a ser um dos melhores centro campistas Portugueses da decada de 90 . Paulo Bento. Para mim apenas Bento. Com ele tive o prazer de jogar dezenas de vezes no ?empedrado? do recreio do liceu onde andei. Nesse tempo o Bento já fazia a diferença, equipa que contasse com a sua técnica ganhava sempre. Jogava nos Matraquilhos de Alvalade e ainda me lembro da sua emoção a contar o seu primeiro jogo oficial num relvado. Hoje o Bento, já com 35 anos, ainda é do melhorzito que o Sporting consegue arranjar para o meio campo.
Voltando a 1990. Foi um jogo divertido e muito bem disputado. Numa tarde de forte calor o Estrela acabaria por vencer, naquele que foi o momento mais alto da sua história."
PSL
sexta-feira, 27 de maio de 2005
A blogosfera está mudar a forma de gerir os negócios
Um texto de Dulce Furtado no suplemento de economia do jornal Público da ultima segunda feira. Não está disponível on line, mas se puderem leiam!
PSL
PSL
Jamor (II)
O subtítulo deste post no ad libitum era "A ultima vitoria". Eheh, já não é a ultima, mas sim a penúltima.
"Foi há oito anos, e eu lá estava na lateral Sul do Jamor.
Mais uma tarde quente, mais uma enchente. O derby dos derbys na final da clássica Taça de Portugal.
Foi um jogo estranho e atípico. O Sporting partia como claramente favorito mas aos cinco minutos já perdia com um golo de um Argentino que tinha chegado à pouco tempo de Belém: Mauro Airez. Dele nunca mais se ouviu falar, nem do resto do jogo.
Essa tarde ficou tragicamente marcada pela cena do very light. Os factos todos conhecem. Confesso que no momento não apercebi do sucedido. Policia a correr de um lado para o outro, os adeptos do Sporting a abandonar o Estádio...
Só no fim do jogo venho a conhecer do que se passou.
Para alem da tragédia, fica uma vitoria anormalmente fácil do Benfica sobre o eterno rival, por números esclarecedores:3-1, e mais uma tarde de gloria encarnada."
PSL
"Foi há oito anos, e eu lá estava na lateral Sul do Jamor.
Mais uma tarde quente, mais uma enchente. O derby dos derbys na final da clássica Taça de Portugal.
Foi um jogo estranho e atípico. O Sporting partia como claramente favorito mas aos cinco minutos já perdia com um golo de um Argentino que tinha chegado à pouco tempo de Belém: Mauro Airez. Dele nunca mais se ouviu falar, nem do resto do jogo.
Essa tarde ficou tragicamente marcada pela cena do very light. Os factos todos conhecem. Confesso que no momento não apercebi do sucedido. Policia a correr de um lado para o outro, os adeptos do Sporting a abandonar o Estádio...
Só no fim do jogo venho a conhecer do que se passou.
Para alem da tragédia, fica uma vitoria anormalmente fácil do Benfica sobre o eterno rival, por números esclarecedores:3-1, e mais uma tarde de gloria encarnada."
PSL
Gália portuguesa
«o presidente do Governo Regional da Madeira decidiu decretar para a sua ilha, que é também nossa, e cuja reconhecida beleza lhe foi rendendo os epítetos de jardim, paraíso ou pérola do Atlântico. Pois bem: para mostrar que a crise é um problema dos outros, hoje há tolerância de ponto (doce e pública ponte atlântica) e este ano haverá mais 890 novos funcionários públicos, isto numa terra onde o sector da administração regional é já consideravelmente maioritário. Pode dizer-se: mas serão menos contratações do que em 2004. Não pode. Serão mais. Mais 11 por cento...
Jardim faz isto só para demonstrar que todos os que para lá dos mares o rodeiam são uns imbecis e uns incapazes. Diz ele, de novo: "Eu pegaria no modelo da Madeira, aplicaria a Portugal continental e depois quero que os "trutas" lá da economia venham dizer que está errado."» Público de hoje
Enquanto uns trabalham, outros cantam, enquanto uns poupam, outros gastam, enquanto uns remedeiam, outros extravagam, enquanto uns extenuam, outros vivaçam...enquanto Portugal definhe, há uma gália portuguesa que floresce, floresce, floresce... como os pobres que se alimentam das aventuras de um jardineiro dos bosques que simultaneamente se enche como um obélix!
O "Habituem-se!" não é para todos.
NCR
Jardim faz isto só para demonstrar que todos os que para lá dos mares o rodeiam são uns imbecis e uns incapazes. Diz ele, de novo: "Eu pegaria no modelo da Madeira, aplicaria a Portugal continental e depois quero que os "trutas" lá da economia venham dizer que está errado."» Público de hoje
Enquanto uns trabalham, outros cantam, enquanto uns poupam, outros gastam, enquanto uns remedeiam, outros extravagam, enquanto uns extenuam, outros vivaçam...enquanto Portugal definhe, há uma gália portuguesa que floresce, floresce, floresce... como os pobres que se alimentam das aventuras de um jardineiro dos bosques que simultaneamente se enche como um obélix!
O "Habituem-se!" não é para todos.
NCR
quinta-feira, 26 de maio de 2005
Jamor (I)
O ano passado no defunto ad libitum publiquei alguns textos sobre memorias, minhas e de terceiros, dos míticos jogos do Jamor. Falo claro de finais da Taça de Portugal.
Parece me uma boa altura para recuperar, pelo menos excertos do que ai foi escrito.
"Não me recordo bem qual a primeira final a que assisti no Jamor.
Mas a primeira que me marcou para sempre foi a da época 1978-79, teria eu perto de 6 anos, em que o nosso querido clube defrontou um Porto em crescimento.
A equipa do Benfica não era das melhores mas era pendular.
Recordo uma tarde de intenso calor, ir pela mão do meu Pai, uma enchente brutal, por certo mais de 60000 pessoas hoje o estádio leva pouco mais de 35000 e uma vitória encarnada sofrida por um magro golo marcado por César, um dos primeiros estrangeiros a jogar no Benfica.
Recordo que César era um ponta de laça Brasileiro pouco eficaz e atípico, mas que marcava golos importantes. O meio campo e a defesa do Benfica fizeram o resto.
Mas o que mais me marcou nesse dia em que ocupei o meu lugar na lateral Norte do Jamor foi a lesão de Alberto.
Alberto era um defesa, penso que central, tosco e pouco apto. Mas também ele muito pratico e eficaz.
Logo nos primeiros momentos do jogo Alberto é carregado por um jogador "tripeiro". Alberto fractura a perna e sai em maca perante uma enorme ovação. À época só se podiam fazer duas substituições, e logo de inicio o Benfica ficava limitado
Lembro me bem da minha fúria perante a entrada assassina do portista, que me levou quase às lagrimas.
Por estas e por muitas outras, tenho para mim o Benfica como algo de muito especial.
São cenas que marcam indelevelmente e explicam o amor que sentimos pelo nosso querido clube."
PSL
Parece me uma boa altura para recuperar, pelo menos excertos do que ai foi escrito.
"Não me recordo bem qual a primeira final a que assisti no Jamor.
Mas a primeira que me marcou para sempre foi a da época 1978-79, teria eu perto de 6 anos, em que o nosso querido clube defrontou um Porto em crescimento.
A equipa do Benfica não era das melhores mas era pendular.
Recordo uma tarde de intenso calor, ir pela mão do meu Pai, uma enchente brutal, por certo mais de 60000 pessoas hoje o estádio leva pouco mais de 35000 e uma vitória encarnada sofrida por um magro golo marcado por César, um dos primeiros estrangeiros a jogar no Benfica.
Recordo que César era um ponta de laça Brasileiro pouco eficaz e atípico, mas que marcava golos importantes. O meio campo e a defesa do Benfica fizeram o resto.
Mas o que mais me marcou nesse dia em que ocupei o meu lugar na lateral Norte do Jamor foi a lesão de Alberto.
Alberto era um defesa, penso que central, tosco e pouco apto. Mas também ele muito pratico e eficaz.
Logo nos primeiros momentos do jogo Alberto é carregado por um jogador "tripeiro". Alberto fractura a perna e sai em maca perante uma enorme ovação. À época só se podiam fazer duas substituições, e logo de inicio o Benfica ficava limitado
Lembro me bem da minha fúria perante a entrada assassina do portista, que me levou quase às lagrimas.
Por estas e por muitas outras, tenho para mim o Benfica como algo de muito especial.
São cenas que marcam indelevelmente e explicam o amor que sentimos pelo nosso querido clube."
PSL
Do Bessa à Luz
São dezenas os pormenores que gostava de compartilhar convosco ( em especial com os pastelinhos - que vibram tanto ou mais que eu com o BENFICA) do alucinante domingo passado!
Mas, apesar de estar de férias outros afazeres, especialmente os académicos, não me tem permitir essa veleidade…
Comecemos pelo fim
Yé, yééé, nananana
Yé, yééé, yééé, nananana
Este o grito cantado por mais de 50.000 vozes, seriam umas quatro da matina.
Um dos momentos mais arrepiantes da noite na Luz, e dos menos comentados na comunicação social. Os da weasel jamais esquecerão esse momento onde a altas horas da noite uma multidão à beira da histeria cantou o "hino da doninha" em 2005.
E por certo, jamais os da weasel, terão nova oportunidade de ter tanta gente a cantar uma musica sua. Ou não!
PSL
Mas, apesar de estar de férias outros afazeres, especialmente os académicos, não me tem permitir essa veleidade…
Comecemos pelo fim
Yé, yééé, nananana
Yé, yééé, yééé, nananana
Este o grito cantado por mais de 50.000 vozes, seriam umas quatro da matina.
Um dos momentos mais arrepiantes da noite na Luz, e dos menos comentados na comunicação social. Os da weasel jamais esquecerão esse momento onde a altas horas da noite uma multidão à beira da histeria cantou o "hino da doninha" em 2005.
E por certo, jamais os da weasel, terão nova oportunidade de ter tanta gente a cantar uma musica sua. Ou não!
PSL
quarta-feira, 25 de maio de 2005
E não se passa mais nada?
Não, não passa! Défice? Não conheço. Aumento do IVA, os pobres que paguem a crise. Tudo isso é fútil quando ganha o Benfica. Obvio.
Se não tais "tragédias" não vinham a lume nesta semana.
Assim sendo façamo-lhes a vontade.
Por mim o ARCÁDIA, vai manter os tons garridos durante mais uns dias.
Nem que seja de raiva por este desgoverno do bloco central.
No fundo, no fundo…, eu queria era estar ali…
PSL
Se não tais "tragédias" não vinham a lume nesta semana.
Assim sendo façamo-lhes a vontade.
Por mim o ARCÁDIA, vai manter os tons garridos durante mais uns dias.
Nem que seja de raiva por este desgoverno do bloco central.
No fundo, no fundo…, eu queria era estar ali…
PSL
terça-feira, 24 de maio de 2005
E agora?
À decima, e com toda a garra. Se faz favor!
Giovanni Trapattoni tem assim a oportunidade de inscrever o seu nome numa lista de elite: porque iria repetir um feito com 18 anos e seria o timoneiro da 10.ª dupla vitória dos encarnados, algo que o Sporting só conseguiu por cinco vezes no seu historial e o FC Porto por quatro.
PSL
Giovanni Trapattoni tem assim a oportunidade de inscrever o seu nome numa lista de elite: porque iria repetir um feito com 18 anos e seria o timoneiro da 10.ª dupla vitória dos encarnados, algo que o Sporting só conseguiu por cinco vezes no seu historial e o FC Porto por quatro.
PSL
O clube dos adeptos!!!
Ontem ficou provado que a força do Benfica resume-se a algo muito simples.
O Benfica não tem jogadores nem treinadores nem dirigentes.
O Benfica tem adeptos. Somente adeptos.
Por força das circunstancias, alguns desses adeptos tem o privilegio e a honra de envergar a camisola encarnada, de águia ao peito, no terreno de jogo.
Outros adeptos existem, aos quais incumbe orientar a equipa no terreno de jogo. E em outros recai o ónus de dirigir, administrar, seja o clube seja a empresa.
Todos aqueles que de uma ou outra forma contribuem para as vitorias são apenas adeptos.
E com a garra, a força, o querer, a determinação, a alma, a vontade e o desejo dos adeptos, vencem!
Já sabíamos que o Benfica não é um clube como os outros.
Uma vez Benfica sempre Benfica.
Mas não sabíamos que o Benfica, se confunde com o Mundo.
Até nós - para quem quis ler, ver e ouvir - chegaram as noticias.
Os adeptos comemoraram esta vitoria de Newark a Dilí.
E o Benfica é muito mais do que algum dia Portugal o foi. E Portugal já foi muito grande.
Mais do que do Minho a Timor, o Benfica é dos EUA à Austrália. Cobre o planeta que habita.
Viva o Benfica, a única associação do Mundo que apenas, e só, tem adeptos!
PS: Ainda não estou totalmente refeito das emoções de gritar GLORIOSO SLB em dois estádios em menos de 12 horas. Em breve darei noticias de um dia inesquecível. Do Bessa à Luz!
Foto: Terceiro Anel
PSL
segunda-feira, 23 de maio de 2005
Surf Nacional
Este campeonato (desculpem, mas sou da geração de 70) foi o campeonado mais surfístico de todos os tempos. O Sporting meteu água por todos os lados (muitas vezes nadando em maré de azar), o Porto morreu na praia e o Benfica, apesar de não possuir a melhor prancha de jogadores, ganhou aos pontos nos heats, produzindo a maior onda nacional como não se via desde o Euro 2004.
Este Campeonato não é para lembrar apenas a vitória. Este campeonato deverá servir para recordar os péssimos jogos que o Benfica fez, as péssimas tácticas defensivas que se devem evitar e a acrescida e exigível responsabilidade da equipa para o que se segue: taça de portugal, supertaça espero e liga dos campeões.
Agora permitam-me algum delírio lúcido: o Benfica não é uma localidade, um clube ou uma nação. O Benfica é um Planeta, Vermelho! Como disse Kennedy, O próximo passo deve ser a Lua! Se os do Real Madrid são Os Galácticos, os do Benfica são..................................Os Surfistas Vermelhos!
NCR
Este Campeonato não é para lembrar apenas a vitória. Este campeonato deverá servir para recordar os péssimos jogos que o Benfica fez, as péssimas tácticas defensivas que se devem evitar e a acrescida e exigível responsabilidade da equipa para o que se segue: taça de portugal, supertaça espero e liga dos campeões.
Agora permitam-me algum delírio lúcido: o Benfica não é uma localidade, um clube ou uma nação. O Benfica é um Planeta, Vermelho! Como disse Kennedy, O próximo passo deve ser a Lua! Se os do Real Madrid são Os Galácticos, os do Benfica são..................................Os Surfistas Vermelhos!
NCR
sábado, 21 de maio de 2005
NÓS SÓ QUEREMOS!!!!!
Todos sabem como eu adoro claques. Não apenas as do clube do meu coração.
A foto ilustra a prestação dos No Name. Claque Benfiquista que nem sempre pelas melhores razões é noticia.
Mas..., meus amigos, os rapazes sem nome do topo sul da nova catedral, no derby de domingo foram simplesmente fantásticos...
Aqui fica a imagem do gigante lençol, sim lençol e não tiras de plástico como outras claques apresentam..., do lençol que cobriu todo o primeiro anel de bancadas do topo sul.
Assim, os No Name, já são campeões. Só falta o Benfica!
PS: É verdade. Estava escrito, mas não publicado. Ainda vai a tempo. Eheheheh...
PSL
sexta-feira, 20 de maio de 2005
Talvez
Depois do sítio do não, surge o sítio do sim.
Depois de criar o sítio do não JPP teve “direito” a explicar durante quase meia hora, a sua posição na antena da SIC Noticias, quinta feira pelas 22h30, hora nobre.
O debate terá de ser isso mesmo. Não pode ser um monologo.
O que vejo, leio e oiço, nos argumentos do não, não me convencem nem um pouco.
Dois planos.
Em primeiro lugar é obvio que existe um enorme autismo quer por parte dos diferentes Estados membro, quer por parte da própria União em não debater abertamente a questão do tratado constitucional. A publicidade paga com o dinheiro dos contribuintes Europeus, exclusivamente virada para o sim é um péssimo exemplo de democracia, e cidadania.
Em segundo lugar quero acreditar que o debate ainda não começou. Porque, bem vistas as coisas, onde estão os argumentos do não? Até agora, conversa na SIC Noticias de JPP incluída, não foi dita ou escrita um único argumento objectivo. Queixam se os do “não” – e ser do “não” psicologicamente é desde logo uma desvantagem – que não são ouvidos, que também querem ter uma palavra a dizer face à “mastodôntica” coligação do sim. Pois então do que esperam?
O que faz falta é agitar a malta, venha pois o debate....
Sinceramente, penso ser fundamental conhecer e discutir o Tratado Constitucional Europeu. Mas esse debate deve ser serio. Quer de um lado, quer do outro...
Ainda não tomei partido, embora me incline para o sim, porque mal conheço o texto.
Quanto à convenção que o estudou e redigiu, penso que teve toda a legitimidade para o fazer.
JPP, não pode dizer que a mesma era ilegítima. Da convenção fizeram parte representantes dos Estados membros, dos seus Parlamentos, do Parlamento Europeu, e de outras instancias comunitárias. A Convenção teve sempre as suas portas abertas a contribuições de todos cidadão. JPP sabe disso, alias era deputado Europeu. A séde para contrariar o trabalho da Convenção, foi precisamente a Convenção. Não será agora um pouco tarde?
O que seria necessário para termos um Tratado Constitucional? Um poder constituinte originário, como defendeu Emmanuel Joseph Sieyès? Sim..., então não teríamos um tratado constitucional mas sim uma constituição em sentido formal.
Como disse, quanto ao Tratado Constitucional tenho as maiores duvidas e pouca certezas.
Espero que o debate comece rapidamente. Mas um debate que se quer honesto e sobretudo verdadeiro. Não deve valer aqui, a “matreirice politiqueira”, até porque o debate a ser feito tem muito mais de ideológico do que de político.
E que tal, começar por ler atenta e criticamente o texto do tratado Constitucional. Não seria má ideia...
PSL
Depois de criar o sítio do não JPP teve “direito” a explicar durante quase meia hora, a sua posição na antena da SIC Noticias, quinta feira pelas 22h30, hora nobre.
O debate terá de ser isso mesmo. Não pode ser um monologo.
O que vejo, leio e oiço, nos argumentos do não, não me convencem nem um pouco.
Dois planos.
Em primeiro lugar é obvio que existe um enorme autismo quer por parte dos diferentes Estados membro, quer por parte da própria União em não debater abertamente a questão do tratado constitucional. A publicidade paga com o dinheiro dos contribuintes Europeus, exclusivamente virada para o sim é um péssimo exemplo de democracia, e cidadania.
Em segundo lugar quero acreditar que o debate ainda não começou. Porque, bem vistas as coisas, onde estão os argumentos do não? Até agora, conversa na SIC Noticias de JPP incluída, não foi dita ou escrita um único argumento objectivo. Queixam se os do “não” – e ser do “não” psicologicamente é desde logo uma desvantagem – que não são ouvidos, que também querem ter uma palavra a dizer face à “mastodôntica” coligação do sim. Pois então do que esperam?
O que faz falta é agitar a malta, venha pois o debate....
Sinceramente, penso ser fundamental conhecer e discutir o Tratado Constitucional Europeu. Mas esse debate deve ser serio. Quer de um lado, quer do outro...
Ainda não tomei partido, embora me incline para o sim, porque mal conheço o texto.
Quanto à convenção que o estudou e redigiu, penso que teve toda a legitimidade para o fazer.
JPP, não pode dizer que a mesma era ilegítima. Da convenção fizeram parte representantes dos Estados membros, dos seus Parlamentos, do Parlamento Europeu, e de outras instancias comunitárias. A Convenção teve sempre as suas portas abertas a contribuições de todos cidadão. JPP sabe disso, alias era deputado Europeu. A séde para contrariar o trabalho da Convenção, foi precisamente a Convenção. Não será agora um pouco tarde?
O que seria necessário para termos um Tratado Constitucional? Um poder constituinte originário, como defendeu Emmanuel Joseph Sieyès? Sim..., então não teríamos um tratado constitucional mas sim uma constituição em sentido formal.
Como disse, quanto ao Tratado Constitucional tenho as maiores duvidas e pouca certezas.
Espero que o debate comece rapidamente. Mas um debate que se quer honesto e sobretudo verdadeiro. Não deve valer aqui, a “matreirice politiqueira”, até porque o debate a ser feito tem muito mais de ideológico do que de político.
E que tal, começar por ler atenta e criticamente o texto do tratado Constitucional. Não seria má ideia...
PSL
Campo Contra Campo (XII)
Em boa companhia, ***
Advertência: Este post ameaça ser uma declaração de amor a Scarlett Joahansson.
Não se preocupem; obtive a prévia autorização…
"Em boa companhia" é isso mesmo.
É muito fácil falar de um filme assim!
Ando há quase duas semanas para escrever sobre o que senti, quando vi "A Queda", esse monumento nem sei bem ao quê ou a quem. Ainda não consegui terminar o post, inúmeras vezes rasurado.
Mas, quanto a "Em boa companhia" é fácil dizer que é um filme fácil. Um filme leve, mas que trata de assuntos muito sérios.
Em "Em boa companhia" temos algum bom cinema. Um bom argumento, boas interpretações, os erros comuns de "corte e costura", os erros de sempre na anotação, e até temos um microfone que paira como um ovni na cabeça de Dannys Quaid numa das cenas mais intensas.
Um filme que retracta muito bem um certo modo de vida. Também encontramos uma forte critica a um "algum social", e uma pitada da conservadora América, que vai reagindo aqui e ali a excessos liberais.
Mas, cá vai…, o que mais impressiona em "Boa Companhia" é aquele anjo (ou será demónio) de nome estranho: Scarlett Joahansson.
Já não me lembro qual o primeiro filme que vi com Scarlett Joahansson. Já não me lembro de quantos filmes vi com Scarlett Joahansson. Lembro me de "Lost in Translation". Mas não me lembro como surgiu a paixão por essa actriz. Sim, pela actriz.
Scarlett Joahansson tem tudo para ser a "next big thinhg" do cinema Americano. Seduz com o seu olhar, hipnotiza nos como os seus lábios, apaixona-nos com aquela falta de jeito, com toda aquela assimetria, com aquele charme quase juvenil.
Como todos os amores, não sei de onde veio este por Scarlett Joahansson. E para mim ela é o pêndulo deste filme. A harmonia, em todos os aspectos.
Se até aqui chegou na leitura, foi por certo porque quer saber o porquê das ***.
***, porque vale mesmo a pena ver este filme. Porque tem Scarlett Joahansson. Mas acima de tudo porque tem cinema. Do bom!
PSL
Advertência: Este post ameaça ser uma declaração de amor a Scarlett Joahansson.
Não se preocupem; obtive a prévia autorização…
"Em boa companhia" é isso mesmo.
É muito fácil falar de um filme assim!
Ando há quase duas semanas para escrever sobre o que senti, quando vi "A Queda", esse monumento nem sei bem ao quê ou a quem. Ainda não consegui terminar o post, inúmeras vezes rasurado.
Mas, quanto a "Em boa companhia" é fácil dizer que é um filme fácil. Um filme leve, mas que trata de assuntos muito sérios.
Em "Em boa companhia" temos algum bom cinema. Um bom argumento, boas interpretações, os erros comuns de "corte e costura", os erros de sempre na anotação, e até temos um microfone que paira como um ovni na cabeça de Dannys Quaid numa das cenas mais intensas.
Um filme que retracta muito bem um certo modo de vida. Também encontramos uma forte critica a um "algum social", e uma pitada da conservadora América, que vai reagindo aqui e ali a excessos liberais.
Mas, cá vai…, o que mais impressiona em "Boa Companhia" é aquele anjo (ou será demónio) de nome estranho: Scarlett Joahansson.
Já não me lembro qual o primeiro filme que vi com Scarlett Joahansson. Já não me lembro de quantos filmes vi com Scarlett Joahansson. Lembro me de "Lost in Translation". Mas não me lembro como surgiu a paixão por essa actriz. Sim, pela actriz.
Scarlett Joahansson tem tudo para ser a "next big thinhg" do cinema Americano. Seduz com o seu olhar, hipnotiza nos como os seus lábios, apaixona-nos com aquela falta de jeito, com toda aquela assimetria, com aquele charme quase juvenil.
Como todos os amores, não sei de onde veio este por Scarlett Joahansson. E para mim ela é o pêndulo deste filme. A harmonia, em todos os aspectos.
Se até aqui chegou na leitura, foi por certo porque quer saber o porquê das ***.
***, porque vale mesmo a pena ver este filme. Porque tem Scarlett Joahansson. Mas acima de tudo porque tem cinema. Do bom!
PSL
quinta-feira, 19 de maio de 2005
Ainda que um dia depois...
...não podia deixar de assinalar a data do primeiro aniversário do Incursões (link), um dos meus preferidos.
Pareçe que foi ontem que "Os Cordoeiros" acabaram.
A blogosfera tambem nos faz velhos...
PSL
Pareçe que foi ontem que "Os Cordoeiros" acabaram.
A blogosfera tambem nos faz velhos...
PSL
E eu a pensar...
...que era o único que andava “maluquinho”.
Olha quem (link).
Já agora, duplos parabéns ao Almocreve. Pelo aniversário, mas também pelo bom gosto.
PSL
Olha quem (link).
Já agora, duplos parabéns ao Almocreve. Pelo aniversário, mas também pelo bom gosto.
PSL
Milagre ou Maldição?
«Probabilidades de o país ter petróleo são fortes, mas estudos são escassos
A subida dos preços do petróleo no mercado mundial está a convidar os países a recorrer ao carvão para produzir gasolina e gasóleo e as petrolíferas a explorarem reservas que até agora não eram comercialmente rentáveis. Portugal tem uma cartada a jogar: cientistas garantem que as probabilidades de ter petróleo na costa são fortes e que só falta estudá-las.
Dois investigadores portugueses, um da área da engenharia, Manuel Collares-Pereira, e outro da física, Rui Namorado Rosa, partilham de forma convicta a ideia de que o petróleo barato chegou ao fim e que as sociedades têm de pensar seriamente em alternativas - um grupo cada vez maior de cientistas e especialistas a nível mundial, congregados à volta da Associação para o Pico do Petróleo (Aspo), acredita no mesmo.
O alerta soa em duplicado para Portugal: é o país que paga mais 100 milhões de dólares de factura energética por cada dólar de aumento do preço do barril de petróleo e que importa todos os combustíveis fósseis de que necessita. É, por isso, o Estado mais vulnerável entre os Quinze.
Embora as probabilidades de o país ter petróleo ao largo da costa sejam fortes, os estudos são escassos, defende Rui Namorado Rosa, director do centro de geofísica da Universidade de Évora. "Em terra, não são de esperar surpresas, mas no off-shore há ainda muito por fazer, em estudos geológicos e prospecção", afirma o físico, para quem o trabalho de há alguns anos, limitado à plataforma continental mais próxima, e os "resultados pouco motivadores" dos blocos então atribuídos estão longe de fechar o processo.
Com a certeza de que "o off-shore e a bacia sedimentar ocidental portuguesa são, em princípio, promissores de jazidas de hidrocarbonetos", falta comprovar que todos os factores que concorrem para existência de petróleo se tenham reunido naquela vasta área. "Só um estudo geológico e de prospecção pode comprovar", sustenta o cientista. E remata: "É do nosso interesse que esse trabalho seja retomado."
Namorado Rosa acredita que, à medida que o petróleo se tornar cada vez mais caro, as empresas vão interessar-se por procurar encontrá-lo em locais difíceis, como a costa portuguesa. Hoje, a tecnologia permite ir mais longe e com mais certeza do que há duas décadas, mas com custos acrescidos e complexidade também.
A inovação tecnológica permite que países como o Brasil tenham passado a explorar petróleo no off-shore profundo, no caso a mais de dois mil metros de profundidade - o que há apenas cinco anos não era possível. Mais caro e mais complexo, o off-shore profundo é "um indicador revelador da necessidade dos países" em encontrarem recursos energéticos.
"A humanidade está a passar por um momento singular", diz Namorado Rosa. O pico da capacidade de produção mundial de petróleo está a acontecer (em 2005), segundo alguns autores, ou está prestes (algures nos próximos dez anos), segundo outros.
O grupo dos chamados "petropessimistas" entende que a inovação tecnológica, frequentemente invocada como prova de que o crude não escasseia, não conseguirá sobrepor-se ao próprio esgotamento dos recursos a explorar e ao sobrecusto inerente de uma extracção cada vez mais complexa. A equação de custo energético do sector diz que para extrair 50 barris de petróleo da Arábia Saudita é necessário gastar (em energia) um barril apenas. O mesmo barril dá apenas para extrair dois a três barris de petróleo das areias betuminosas do Canadá. "O custo energético da energia está a aumentar. Isso significa a redução da eficiência imposta pela própria natureza", conclui o director do centro de geofísica de Évora. "O que era mais fácil de extrair já foi extraído há muito tempo. É possível extrair petróleo das areias do Canadá, mas os custos são extraordinariamente mais elevados do que extraí-lo dos campos do Médio Oriente". No limite, "se a inovação tecnológica fosse a chave dos problemas, também teria sido possível suprimir as alterações climáticas".»
Público, 19 de Maio.
A subida dos preços do petróleo no mercado mundial está a convidar os países a recorrer ao carvão para produzir gasolina e gasóleo e as petrolíferas a explorarem reservas que até agora não eram comercialmente rentáveis. Portugal tem uma cartada a jogar: cientistas garantem que as probabilidades de ter petróleo na costa são fortes e que só falta estudá-las.
Dois investigadores portugueses, um da área da engenharia, Manuel Collares-Pereira, e outro da física, Rui Namorado Rosa, partilham de forma convicta a ideia de que o petróleo barato chegou ao fim e que as sociedades têm de pensar seriamente em alternativas - um grupo cada vez maior de cientistas e especialistas a nível mundial, congregados à volta da Associação para o Pico do Petróleo (Aspo), acredita no mesmo.
O alerta soa em duplicado para Portugal: é o país que paga mais 100 milhões de dólares de factura energética por cada dólar de aumento do preço do barril de petróleo e que importa todos os combustíveis fósseis de que necessita. É, por isso, o Estado mais vulnerável entre os Quinze.
Embora as probabilidades de o país ter petróleo ao largo da costa sejam fortes, os estudos são escassos, defende Rui Namorado Rosa, director do centro de geofísica da Universidade de Évora. "Em terra, não são de esperar surpresas, mas no off-shore há ainda muito por fazer, em estudos geológicos e prospecção", afirma o físico, para quem o trabalho de há alguns anos, limitado à plataforma continental mais próxima, e os "resultados pouco motivadores" dos blocos então atribuídos estão longe de fechar o processo.
Com a certeza de que "o off-shore e a bacia sedimentar ocidental portuguesa são, em princípio, promissores de jazidas de hidrocarbonetos", falta comprovar que todos os factores que concorrem para existência de petróleo se tenham reunido naquela vasta área. "Só um estudo geológico e de prospecção pode comprovar", sustenta o cientista. E remata: "É do nosso interesse que esse trabalho seja retomado."
Namorado Rosa acredita que, à medida que o petróleo se tornar cada vez mais caro, as empresas vão interessar-se por procurar encontrá-lo em locais difíceis, como a costa portuguesa. Hoje, a tecnologia permite ir mais longe e com mais certeza do que há duas décadas, mas com custos acrescidos e complexidade também.
A inovação tecnológica permite que países como o Brasil tenham passado a explorar petróleo no off-shore profundo, no caso a mais de dois mil metros de profundidade - o que há apenas cinco anos não era possível. Mais caro e mais complexo, o off-shore profundo é "um indicador revelador da necessidade dos países" em encontrarem recursos energéticos.
"A humanidade está a passar por um momento singular", diz Namorado Rosa. O pico da capacidade de produção mundial de petróleo está a acontecer (em 2005), segundo alguns autores, ou está prestes (algures nos próximos dez anos), segundo outros.
O grupo dos chamados "petropessimistas" entende que a inovação tecnológica, frequentemente invocada como prova de que o crude não escasseia, não conseguirá sobrepor-se ao próprio esgotamento dos recursos a explorar e ao sobrecusto inerente de uma extracção cada vez mais complexa. A equação de custo energético do sector diz que para extrair 50 barris de petróleo da Arábia Saudita é necessário gastar (em energia) um barril apenas. O mesmo barril dá apenas para extrair dois a três barris de petróleo das areias betuminosas do Canadá. "O custo energético da energia está a aumentar. Isso significa a redução da eficiência imposta pela própria natureza", conclui o director do centro de geofísica de Évora. "O que era mais fácil de extrair já foi extraído há muito tempo. É possível extrair petróleo das areias do Canadá, mas os custos são extraordinariamente mais elevados do que extraí-lo dos campos do Médio Oriente". No limite, "se a inovação tecnológica fosse a chave dos problemas, também teria sido possível suprimir as alterações climáticas".»
Público, 19 de Maio.
Afinal ele existe…
Vi Sócrates.
Estava de sorriso aberto, sem gravata. Tinha acabado de ver o CSKA ganhar o "impossível" no Alvalaxia.
Porra, também não era preciso revelar de forma tão insurcedora o seu "lampiãonismo" agudo. Lá dar os parabéns ao vencedor tudo bem, mas encolher os ombros com um sorriso quando lhe falaram no vencido…, sem vergonha!
Bom, mas a noite foi fértil em surpresas….
Pensava-me eu um faccioso, fanático, louco, quando…, conheço um Benfiquista que até desejava perder o campeonato se o Sporting também perdesse a "Taça das Barracas". Isto sim, é ser fundamentalista.
Pensava me um reles, afinal sou um "perfeito" normal.
Ufff, que alivio….
PSL
Estava de sorriso aberto, sem gravata. Tinha acabado de ver o CSKA ganhar o "impossível" no Alvalaxia.
Porra, também não era preciso revelar de forma tão insurcedora o seu "lampiãonismo" agudo. Lá dar os parabéns ao vencedor tudo bem, mas encolher os ombros com um sorriso quando lhe falaram no vencido…, sem vergonha!
Bom, mas a noite foi fértil em surpresas….
Pensava-me eu um faccioso, fanático, louco, quando…, conheço um Benfiquista que até desejava perder o campeonato se o Sporting também perdesse a "Taça das Barracas". Isto sim, é ser fundamentalista.
Pensava me um reles, afinal sou um "perfeito" normal.
Ufff, que alivio….
PSL
quarta-feira, 18 de maio de 2005
Haverá estrela que brilhe tanto quanto eu? (II)
Já não é a primeira vez que em pesquisas no google “tropeço” com este excelente blog.
E..., olhem só..., uma pequena mas interessante biografia da nova deusa (link)!
Rousseau responde!
Perguntava o Nuno neste post (link). Onde está o Sócrates?
Rosseau responde: “Se fosse príncipe ou legislador, não perderia tempo a dizer o que deve fazer-se; fazia ou calava-me”.
A pergunta fica sem resposta, mas pelo menos já temos uma pista.
PSL
Rosseau responde: “Se fosse príncipe ou legislador, não perderia tempo a dizer o que deve fazer-se; fazia ou calava-me”.
A pergunta fica sem resposta, mas pelo menos já temos uma pista.
PSL
terça-feira, 17 de maio de 2005
ESPUMAS VI
O tempo não tem sido amigo, não faz companhia, nem me acompanha como um cão fiel, com venta solta sempre pronto para um afagar. O tempo tem sido, para mim, um felino, como garras forçadas na pele, como camisa que cede ao rasgar. O tempo tem sido tudo menos tempo. Tem sido horas, minutos, segundos, mas tempo nem contá-lo. Nem o tempo tem me visto, será que ele anda sabe de mim? Sei que o tempo não tem sido tempo para mim. Se se foi embora, gostava que ele voltasse para mim, não como um cão amestrado, porque de mestrados já basta o meu, gostava que ele regressasse como tempo, certinho e devagarinho, e assim haveria tempo para estar com ele. O tempo é previsível, não há sorte alguma ter tempo. Ele não se faz de dados ou de cordas ou de forças. O tempo veste-se pela vontade. O maior inimigo do tempo é, assim, a racionalidade. Conformar o seu conteúdo com o corpo da nossa vontade é a dádiva de todos os tempos. Não ando a vestir o tempo, porque não ando a conseguir perder a razão, essa canina da modernidade. Por isso ando a perder tempo, em vez de o gastar.
NCR
segunda-feira, 16 de maio de 2005
Uma noite de Luz
Este post não é acerca da vitoria benfiquista na noite de sábado.
Este post é sobre uma iniciativa inédita e que foi um sucesso.
Depois de um banho de luz, na Luz, um banho de luz entre sombras.
Foi muito giro (para não dizer outra coisa) visitar algumas das salas do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) a horas pouco próprias.
É comum, cada vez menos é certo, andar por aquelas paragens à noite. Temos o excelente “Picanha”, o engraçado Pop Up”, e os descontraídos bares como o “Marretas”. E o MNAA sempre para ali, fechado, velho, escuro, sujo, apagado...
A Noite dos Museus foi o titulo do desafio promovido pelo ministério da cultura francês a que aderiram cerca de 4000 museu europeus.
Eu optei por uma visita ao MNAA. Estranho, no mínimo, lá entrar àquelas horas, mas o ambiente era fantástico. Uma enchente de gente ávida de saber mais sobre a luz, ou a sua ausência, em Bosh ou em outro qualquer autores da escola flamenga pós renascentista.
Gostei muito. A surpresa era geral, em especial para os incansáveis funcionários do museu que não negavam respostas, às perguntas dos visitantes, fossem elas pertinentes ou perfeitamente disparatadas.
Um sucesso!
Venham mais "catorzes" de Maio como este!
PSL
Este post é sobre uma iniciativa inédita e que foi um sucesso.
Depois de um banho de luz, na Luz, um banho de luz entre sombras.
Foi muito giro (para não dizer outra coisa) visitar algumas das salas do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) a horas pouco próprias.
É comum, cada vez menos é certo, andar por aquelas paragens à noite. Temos o excelente “Picanha”, o engraçado Pop Up”, e os descontraídos bares como o “Marretas”. E o MNAA sempre para ali, fechado, velho, escuro, sujo, apagado...
A Noite dos Museus foi o titulo do desafio promovido pelo ministério da cultura francês a que aderiram cerca de 4000 museu europeus.
Eu optei por uma visita ao MNAA. Estranho, no mínimo, lá entrar àquelas horas, mas o ambiente era fantástico. Uma enchente de gente ávida de saber mais sobre a luz, ou a sua ausência, em Bosh ou em outro qualquer autores da escola flamenga pós renascentista.
Gostei muito. A surpresa era geral, em especial para os incansáveis funcionários do museu que não negavam respostas, às perguntas dos visitantes, fossem elas pertinentes ou perfeitamente disparatadas.
Um sucesso!
Venham mais "catorzes" de Maio como este!
PSL
domingo, 15 de maio de 2005
Haverá estrela que brilhe tanto quanto eu?
PSL
sexta-feira, 13 de maio de 2005
O derby, em articulado
a) Um Benfica-Sporting ou um Sporting-Benfica não é um simples jogo de bola
b) O do próximo sábado vai ajudar a decidir o titulo de campeão nacional deste ano.
c) Este não é mais um derby, é o derby, o jogo do ano
d) Como todos os outros jogos na Luz, também para este tenho bilhete comprado há muito tempo
e) Depois de Penafiel decidi que sábado não ia à Luz
f) Quarta-feira de manhã, ao acordar, estranhamente uma ideia convicta levou me mudar de decisão
g) Porque? Não sei!
h) Sábado lá estarei
i) Devo dizer que não acredito nem um pouco na vitoria do meu Benfica
j) Mas, a minha vontade de vencer esse jogo e conseguir um resultado positivo no Bessa é maior do que o Mundo
k) Só Deus sabe o quanto gostava de ver o meu Benfica, este ano Campeão
l) Assim, resta me encarar a realidade e ocupar o meu lugar na bancada
m) Não espero nada...
n) ...mas também nada esperava há cerca de um ano quando aceitei o convite para ir ao Alvalaxia ver o Benfica.
o) Ironia do destino, aquele golo de Geovanni que tanta alegria nos deu, retirou o Sporting do caminho da Liga dos Campeões e colocou-o na rota de uma vibrante e surpreendente caminhada rumo à final da Taça UEFA a jogar precisamente no Alvalaxia
p) Assim, nada espero do inicio de noite de sábado
q) A vitoria é desejada, mas se não alcançada não será o fim do Mundo
r) As equipas pequenas agigantam-se sempre contra as grandes, não é o que dizem?
s) Os que estão menos bem ganham sempre este jogos, não é o que dizem?
t) Ergue te GLORIOSO SLB!!!!
PSL
b) O do próximo sábado vai ajudar a decidir o titulo de campeão nacional deste ano.
c) Este não é mais um derby, é o derby, o jogo do ano
d) Como todos os outros jogos na Luz, também para este tenho bilhete comprado há muito tempo
e) Depois de Penafiel decidi que sábado não ia à Luz
f) Quarta-feira de manhã, ao acordar, estranhamente uma ideia convicta levou me mudar de decisão
g) Porque? Não sei!
h) Sábado lá estarei
i) Devo dizer que não acredito nem um pouco na vitoria do meu Benfica
j) Mas, a minha vontade de vencer esse jogo e conseguir um resultado positivo no Bessa é maior do que o Mundo
k) Só Deus sabe o quanto gostava de ver o meu Benfica, este ano Campeão
l) Assim, resta me encarar a realidade e ocupar o meu lugar na bancada
m) Não espero nada...
n) ...mas também nada esperava há cerca de um ano quando aceitei o convite para ir ao Alvalaxia ver o Benfica.
o) Ironia do destino, aquele golo de Geovanni que tanta alegria nos deu, retirou o Sporting do caminho da Liga dos Campeões e colocou-o na rota de uma vibrante e surpreendente caminhada rumo à final da Taça UEFA a jogar precisamente no Alvalaxia
p) Assim, nada espero do inicio de noite de sábado
q) A vitoria é desejada, mas se não alcançada não será o fim do Mundo
r) As equipas pequenas agigantam-se sempre contra as grandes, não é o que dizem?
s) Os que estão menos bem ganham sempre este jogos, não é o que dizem?
t) Ergue te GLORIOSO SLB!!!!
PSL
Cinco meses de escutas?!
Só por causa de um par de sobros, não isso não pode ser!!! Uhmmm há para ai mais qualquer coisa…, não sei…, talvez,…, sim financiamentos ilegais dos partidos, pois deve ser isso, é isso.., por isso é que os outro partidos não abrem a boca quanto ao caso dos sobreiros mal cortados, nem o BE, pois é tens razão, estão com medo, é por isso, ahhh então cinco meses de escutas para o financiamento ilegal já está bom, cinco meses, quem dá mais???
[Jornal da Meia Noite, SIC Noticias, amena cavaqueira entre pivot´s e editor de política que é irmão do ministro da Administração Interna]
Pior do que a classe política, só há uma. Os jornalistas e mais nenhuma!
PSL
[Jornal da Meia Noite, SIC Noticias, amena cavaqueira entre pivot´s e editor de política que é irmão do ministro da Administração Interna]
Pior do que a classe política, só há uma. Os jornalistas e mais nenhuma!
PSL
quinta-feira, 12 de maio de 2005
O derby
Mudam se os tempos...
...mudam-se as vontades!
PSL
Alguém falou “na esquina do montado”
Algo me diz que no que toca a ilegalidades, algumas com eventual responsabilidade criminal cometidas pelo anterior executivo, maxime durante aquilo que deveria ter sido um período onde apenas se deviam ter praticado actos da função administrativa de gestão..., algo me diz dizia eu, que estamos apenas perante a ponta do iceberg ou será..., o canto, ou a esquina, do montado.
Entretanto, vi ontem Luís Delgado, na SIC Noticias, muito indignado com o MP porque segundo ele acha estranhíssima esta atitude no sentido de “andar a investigar tudo o que o anterior governo fez”. Acha estranho, muito estranho, porque é que o anterior executivo está a ser investigado assim, ao pormenor. “É que isto nunca aconteceu!”.
Bom, se nunca aconteceu, devia ter acontecido, a menos que o MP Não tenha tido a noticia dos “crimes”... Agora achar estranho o MP investigar? Não será essa a sua missão?
Estará Delgado com medo?
PSL
Entretanto, vi ontem Luís Delgado, na SIC Noticias, muito indignado com o MP porque segundo ele acha estranhíssima esta atitude no sentido de “andar a investigar tudo o que o anterior governo fez”. Acha estranho, muito estranho, porque é que o anterior executivo está a ser investigado assim, ao pormenor. “É que isto nunca aconteceu!”.
Bom, se nunca aconteceu, devia ter acontecido, a menos que o MP Não tenha tido a noticia dos “crimes”... Agora achar estranho o MP investigar? Não será essa a sua missão?
Estará Delgado com medo?
PSL
quarta-feira, 11 de maio de 2005
Viva a blogosfera, viva!
“O blog é o melhor e mais recente exemplo da imprevisibilidade da criatividade humana e da reinvenção permanente do hiperespaço. A estranheza inicial que pode ter causado só é comparável ao clarão intuitivo que o reconhecimento do seu potencial acarreta. No fundo, estivemos sempre à espera da invenção deste conceito difuso e difícil de definir em todas as suas dimensões e concretizações.”
[Concordo plenamente, alias já o escrevi (por outras palavras) varias vezes. E nunca será demais lembra-lo.]
Este é um excerto do ultimo momento, dos 25 momentos na história da blogosfera Lusa, para o blogo do sapo.
Aceitem a sugestão de JPP, e leiam nos.
PSL
[Concordo plenamente, alias já o escrevi (por outras palavras) varias vezes. E nunca será demais lembra-lo.]
Este é um excerto do ultimo momento, dos 25 momentos na história da blogosfera Lusa, para o blogo do sapo.
Aceitem a sugestão de JPP, e leiam nos.
PSL
segunda-feira, 9 de maio de 2005
Nós Falamos!!!
Podia ser o slogan de um anúncio dos animais de G. Orwell, ou de papagaios, ou mesmo de políticos, qui ça... mas não é. O título ocorreu-me a propósito da leitura de uma notícia da ANACOM, a entidade reguladora das comunicações electrónicas, a informar que até ao final do ano passado, havia 9,96 milhões de assinantes registados, entre planos de assinatura e cartões pré-pagos!
Diz ainda a notícia que a taxa de penetração (conceito fálico este!) dos telemóveis em Portugal encontra-se nos 95´%, acima da média europeia que se situa nos 88%.
Conclusão: a lábia não é política, é portugesa! Ou melhor, é política portuguesa!
NCR
sexta-feira, 6 de maio de 2005
A direita contra-ataca
"Paulo Portas quer criar uma fundação para a Direita. Um espaço de afirmação de liberais e conservadores contra a hegemonia da Esquerda. Nos EUA, recolhe apoios para o seu novo projecto político. Donald Rumsfeld, Frank Carlucci e John Palmer estão entre os apoiantes do futuro ‘think tank’ da Direita portuguesa".
Esta é hoje a manchete d' O Independente.
O jornal já não trazia uma noticia tão boa desde o primeiro numero, quando nasceu.
Não é apenas por ser um ‘think tank’ de direita conservadora e liberal, é essencialmente por ser um ‘think tank’.
Quem explica bem a necessidade da direita parar para pensar é Henrique Raposo no Acidental: "(...) é preciso um combate cultural. Mostrar às pessoas que o "sublime" foi entendido por Burke e destruído pelos pós-modernos. É preciso gritar: "não, arte e cultura não são património das esquerdas". Iniciativas? Exemplo: É preciso colocar Lisboa no mapa das exposições dos pintores clássicos. Isto, meus caros, também é fazer política. Quem não entende isto, percebe tanto de política como um esquimó percebe de bronzeadores."
Enfim, esperemos que não seja mais uma manchete "à independente" e que na verdade Portugal deixe de estar apenas na rota das grandes competições desportivas, para passar também a estar na vanguarda das ideias e das políticas.
PSL
Esta é hoje a manchete d' O Independente.
O jornal já não trazia uma noticia tão boa desde o primeiro numero, quando nasceu.
Não é apenas por ser um ‘think tank’ de direita conservadora e liberal, é essencialmente por ser um ‘think tank’.
Quem explica bem a necessidade da direita parar para pensar é Henrique Raposo no Acidental: "(...) é preciso um combate cultural. Mostrar às pessoas que o "sublime" foi entendido por Burke e destruído pelos pós-modernos. É preciso gritar: "não, arte e cultura não são património das esquerdas". Iniciativas? Exemplo: É preciso colocar Lisboa no mapa das exposições dos pintores clássicos. Isto, meus caros, também é fazer política. Quem não entende isto, percebe tanto de política como um esquimó percebe de bronzeadores."
Enfim, esperemos que não seja mais uma manchete "à independente" e que na verdade Portugal deixe de estar apenas na rota das grandes competições desportivas, para passar também a estar na vanguarda das ideias e das políticas.
PSL
Não há quadros negros...
...quando os dias rebentam fendas de cor
NCR
A Perfeição não existe...
...apenas a sua feição.
NCR
quinta-feira, 5 de maio de 2005
A festa
O Abrupto faz amanhã dois anos, e...está em festa.
Por vezes até podemos não gostar, mas o blogue que mudou a face da blogosfera lusa merece uma enorme salva de palmas.
Parabéns, ainda que adiantados.
PSL
Por vezes até podemos não gostar, mas o blogue que mudou a face da blogosfera lusa merece uma enorme salva de palmas.
Parabéns, ainda que adiantados.
PSL
quarta-feira, 4 de maio de 2005
Número três da Al Qaeda detido no Paquistão
Pedro Santana Lopes
Não vi na totalidade a entrevista à SIC, apenas excertos.
Do pouco que vi, facilmente deduzo que Santana se mantém inteligente e irónico qb. Lançando farpas em todos os sentidos, Santana não se coibiu de falar do passado, presente e futuro, lançando presentes envenenados em todos os vectores do espectro político.
O homem que um dia ameaçou deixar a política por causa de um humorista rasca, deixou bem claro que em política o que hoje é verdade, amanhã poderá ser mentira.
"Vou voltar a exercer advocacia, que é a minha profissão, vou dar umas aulas e vou trabalhar para um grupo financeiro na área internacional. Um ex-primeiro-ministro conhece muita gente, em África, na Europa, na América Latina"
Ora, nem mais!
Tudo isto me leva a dizer.
Santana pode ir embora não faz falta à Nação.
Opps, queria dizer...
Santana pode ir embora? Não, faz falta à Nação!
Nem que seja para animar as hostes.
PSL
Do pouco que vi, facilmente deduzo que Santana se mantém inteligente e irónico qb. Lançando farpas em todos os sentidos, Santana não se coibiu de falar do passado, presente e futuro, lançando presentes envenenados em todos os vectores do espectro político.
O homem que um dia ameaçou deixar a política por causa de um humorista rasca, deixou bem claro que em política o que hoje é verdade, amanhã poderá ser mentira.
"Vou voltar a exercer advocacia, que é a minha profissão, vou dar umas aulas e vou trabalhar para um grupo financeiro na área internacional. Um ex-primeiro-ministro conhece muita gente, em África, na Europa, na América Latina"
Ora, nem mais!
Tudo isto me leva a dizer.
Santana pode ir embora não faz falta à Nação.
Opps, queria dizer...
Santana pode ir embora? Não, faz falta à Nação!
Nem que seja para animar as hostes.
PSL
Pessoalização
Há pouco mais de três meses escrevi: «Um dos maiores erros do entendimento humano actual, na senda do empirismo de Locke que relevou a análise e a observação na formação do conhecimento, é cada vez mais discutirmos os conceitos e as ideias pela bitola da personalização. Ou seja, é crescente a incapacidade de se discutir e analisar os problemas que afectam a sociedade política ou as questões às quais se deve dar resposta com o necessário divisor comum que é a abstracção.»
Apesar de não querer falar especificamente sobre a personalização da discussão, vem todavia a propósito, porque se insere numa problemática semelhante que é a da pessoalização da acção política.
Parece que a conselho de um dos mais bem sucedidos estrategas de campanha política australiana, Lynton Crosby (que levou o conservador John Howard - actual primeiro-ministro - à vitória das eleições de 1996 e de 2001, sobretudo através de um ataque pessoal ao trabalhista Paul keating), Michael Howard, candidato conservador a primeiro-ministro britânico, mudou de táctica e a sua acção política passa sobretudo pelo ataque pessoal, ou seja, parece que o objectivo principal da sua campanha é Blair, e não as suas políticas, as suas posições e respectivas ideias e programa. tories.
Se Howard for tão bem sucedido como o seu homónimo australiano, podem as eleições, e a política no seu todo, tornarem-se num laboratório redutor e básico de novas formas de fazer política e da própria governação, pois os instrumentos e os argumentos utilizados têm impactos deveras fortuitos e imprevistos. Apesar de útil como ferramenta de marketing e de conquista de poder, a pessoalização da discussão política é no entanto uma ferramenta perigosa a vários níveis: pedagógico, cultural, democrático, social, ou seja, do bem comum.
Para além disso, contribui para o afastamento das pessoas da política e para o esvaziamento cultural das elites políticas, tornando-as (ou mantendo-as) mesquinhas, desconfiadas, egocêntricas, prejudicando dessa forma a abertura, a tolerância e a confiança democráticas, valores que devem estar quer na classe política, quer, o mais possível, em toda a classe popular.
Esse quadro de juízos é bem ilustrado por uma sondagem encomendada pela SkyNews que mostrou que 62% não confia em Blair e 66% não confia em Howard! Ou seja, o próximo primeiro-ministro não terá a confiança da maioria (absoluta) do eleitorado (nos termos da amostra)!
Desconfiança ou esconjuração?
NCR
terça-feira, 3 de maio de 2005
PALETA DE PALAVRAS VIII
ESPERANÇA FÍSICA
«Sei que há mil sonhos por cumprir,
sei que há mil sorrisos por abrir,
não sei quanto chão há por aí,
mas espero que haja muito sol para ti e para mim.
Sei que há vida por aqui,
sei também que ainda não a vivi,
não sei se ela procura ou para onde vai,
mas o que ela tem de mim está em ti.
Sei que há uma corrente de mar,
sei que o céu pode desesperar,
não sei se todos os ventos brandi,
mas lutei contra todos os que vi.
A morte pode abraçar-me devagar,
depressa, suave, ficar ou abalar,
porque sei o fim que já senti,
e saberei dizer sim, não percorri!
O tempo e o espaço conheci,
resta contrariar a energia deste fado solar
com a mesma massa e força que o escrevi.»
© Miguel Pessoa Campomaior, in "Poesias Urbanas".
«Sei que há mil sonhos por cumprir,
sei que há mil sorrisos por abrir,
não sei quanto chão há por aí,
mas espero que haja muito sol para ti e para mim.
Sei que há vida por aqui,
sei também que ainda não a vivi,
não sei se ela procura ou para onde vai,
mas o que ela tem de mim está em ti.
Sei que há uma corrente de mar,
sei que o céu pode desesperar,
não sei se todos os ventos brandi,
mas lutei contra todos os que vi.
A morte pode abraçar-me devagar,
depressa, suave, ficar ou abalar,
porque sei o fim que já senti,
e saberei dizer sim, não percorri!
O tempo e o espaço conheci,
resta contrariar a energia deste fado solar
com a mesma massa e força que o escrevi.»
© Miguel Pessoa Campomaior, in "Poesias Urbanas".
ESPUMAS V
«Caí num copo de água. Felizmente, não tinha água. Se tivesse, diluía-me nela, espraiando-me como um átomo num buraco negro. Cair num copo de água é mesmo assim: ser uma estrela cadente a caminho da felicidade de algum céu de boca. E o copo, pobre coitado, ainda me disse:
- Não gosto de aspirinas e elas também não devem gostar de mim. Sou como uma cadeira eléctrica para um condenado à morte, quando entra nela já não sai, vivo. Treme, esperneia e a sua vida desaparece. E tudo para bem da nação do corpo e do governo da mente. A aspirina é a minha pena de prisão. E morre, para mal do meu cúbico sentido.
Cúbico sentido?! Então e eu?! E vem este agora falar-me em cúbicos, quando estou no ‘corredor da morte’ à espera de um tsunami torneiral? Toda a gente se queixa neste país, safa!»
Miguel Pessoa Campomaior
- Não gosto de aspirinas e elas também não devem gostar de mim. Sou como uma cadeira eléctrica para um condenado à morte, quando entra nela já não sai, vivo. Treme, esperneia e a sua vida desaparece. E tudo para bem da nação do corpo e do governo da mente. A aspirina é a minha pena de prisão. E morre, para mal do meu cúbico sentido.
Cúbico sentido?! Então e eu?! E vem este agora falar-me em cúbicos, quando estou no ‘corredor da morte’ à espera de um tsunami torneiral? Toda a gente se queixa neste país, safa!»
Miguel Pessoa Campomaior
Porque, também eu sou “um” conservador...
...leiam, por favor.
Sim, por favor.
Este brilhante, lúcido, genial, magnifico, inteligentíssimo, portentoso, escrito (link) de Miguel Esteves Cardoso, como só Miguel Esteves Cardoso sabe escrever.
Obrigado.
Apenas para levantar um pouco o véu: “Os conservadores amam a tranquilidade - regras estabelecidas e conhecidas por todos; padrões colectivamente aceites; tradições comprovadíssimas que não só não custam como apetecem - mas odeiam "ordens".
São individualistas ferozes - mas colectivos na aplicação dessa exigência. Cada um é senhor e cada uma é senhora do seu nariz. Ou, conservadoramente falando, do nariz dele e do dela. Mandar é coisa feia. É atroz. Já basta o que manda em nós, por virtude ou desgraça de sermos humanos e termos de viver em sociedade.”
PSL
Sim, por favor.
Este brilhante, lúcido, genial, magnifico, inteligentíssimo, portentoso, escrito (link) de Miguel Esteves Cardoso, como só Miguel Esteves Cardoso sabe escrever.
Obrigado.
Apenas para levantar um pouco o véu: “Os conservadores amam a tranquilidade - regras estabelecidas e conhecidas por todos; padrões colectivamente aceites; tradições comprovadíssimas que não só não custam como apetecem - mas odeiam "ordens".
São individualistas ferozes - mas colectivos na aplicação dessa exigência. Cada um é senhor e cada uma é senhora do seu nariz. Ou, conservadoramente falando, do nariz dele e do dela. Mandar é coisa feia. É atroz. Já basta o que manda em nós, por virtude ou desgraça de sermos humanos e termos de viver em sociedade.”
PSL
Sol e sombra
Assim como se anunciam os de toiros, Sócrates, já aqui tínhamos escrito, anunciou “6 medidas 6” para combater a dilação da Justiça.
Como eu percebo pouco da coisa, praticamente limitei me a fazer copy-paste do discurso de Sócrates.
Mas ainda bem que a iuris-blogosfera anda atenta...
"Seis = Medidas = Seis" a ler aqui (link) ou aqui (link).
Com a devida vénia se copia um excerto: "Em suma - Não serão significativos os impactos destas seis-medidas-seis. Trata-se de um primeiro pacote, é certo. Mas o que não se pode é deixar de constatar uma clamorosa contradição de princípio: o engenheiro Sócrates queixou-se de que o sistema judicial prejudicava a eficácia (ou eficiência? Acho que ninguém sabe!) do tecido económico e empresarial. Mais uma providencial descoberta para justificar sucessivos erros de políticas económicas e fiscais, para não falar da falta de modernização dos empresários (continua a ser a única categoria profissional sem exigência de um mínimo de qualificações) e das empresas, mas enfim, o que é preciso são apoios do Estado e fundos da U.E., para não se entrar em colapso económico, tudo por culpa do sistema judicial"
PSL
Como eu percebo pouco da coisa, praticamente limitei me a fazer copy-paste do discurso de Sócrates.
Mas ainda bem que a iuris-blogosfera anda atenta...
"Seis = Medidas = Seis" a ler aqui (link) ou aqui (link).
Com a devida vénia se copia um excerto: "Em suma - Não serão significativos os impactos destas seis-medidas-seis. Trata-se de um primeiro pacote, é certo. Mas o que não se pode é deixar de constatar uma clamorosa contradição de princípio: o engenheiro Sócrates queixou-se de que o sistema judicial prejudicava a eficácia (ou eficiência? Acho que ninguém sabe!) do tecido económico e empresarial. Mais uma providencial descoberta para justificar sucessivos erros de políticas económicas e fiscais, para não falar da falta de modernização dos empresários (continua a ser a única categoria profissional sem exigência de um mínimo de qualificações) e das empresas, mas enfim, o que é preciso são apoios do Estado e fundos da U.E., para não se entrar em colapso económico, tudo por culpa do sistema judicial"
PSL
segunda-feira, 2 de maio de 2005
O estranho triângulo (IV)
Para ter uma palavra activa no Sec. XXI a União Europeia terá de se transformar na Europa Unida.
Os Estados que enformam a UE terão de abdicar um pouco mais das suas políticas unilaterais e da sua soberania, no sentido de enfrentar os novos desafios transcontinentais. Será necessário criar um espirito de unidade e coesão únicos.
Aqui chegados mais do que certezas, tenho duvidas.
A veia atlântica terá de ser mitigada. Os EUA tem de passar a ser encarados como parceiros que dão jeito. Só isso. Não podemos seguir o “cherne” para todo o lado. Mas tal terá de ser feito com ritmo e não a espaços.
Sobretudo o que falta para uma verdadeira Europa Unida é estratégia. Uma estratégia ambiciosa assente em políticas económicas vanguardistas mas também proteccionistas. Será sempre necessário evoluir economicamente mas também manter a liderança nos direitos humanos, sociais, económicos e culturais.
Uma Europa rica não só no aspecto económico mas também em todos os outros que conformam a vida humana.
Serão ainda necessárias políticas no âmbito demográfico. Mais do que políticas coesas de imigração é fundamental aumentar a natalidade no espaço da União. Isso só será possível com políticas que apoiem a família de forma eficaz. Portugal é um exemplo a não seguir....
Os últimos dados revelam que caso a Europa não reaja rapidamente e de forma muito seria, em poucas anos, talvez décadas ficará na cauda das civilizações.
O assunto é serio e não está a ser debatido ao mais alto nível.
Não gostaria de viver num espaço comunitário, onde a única solução fosse ir a reboque dos diktat de Washington.
Este é um desafio imenso. É o desafio.
Será que a geração política que conduz os destinos da União Europeia se encontra ao seu nível?
PSL
Os Estados que enformam a UE terão de abdicar um pouco mais das suas políticas unilaterais e da sua soberania, no sentido de enfrentar os novos desafios transcontinentais. Será necessário criar um espirito de unidade e coesão únicos.
Aqui chegados mais do que certezas, tenho duvidas.
A veia atlântica terá de ser mitigada. Os EUA tem de passar a ser encarados como parceiros que dão jeito. Só isso. Não podemos seguir o “cherne” para todo o lado. Mas tal terá de ser feito com ritmo e não a espaços.
Sobretudo o que falta para uma verdadeira Europa Unida é estratégia. Uma estratégia ambiciosa assente em políticas económicas vanguardistas mas também proteccionistas. Será sempre necessário evoluir economicamente mas também manter a liderança nos direitos humanos, sociais, económicos e culturais.
Uma Europa rica não só no aspecto económico mas também em todos os outros que conformam a vida humana.
Serão ainda necessárias políticas no âmbito demográfico. Mais do que políticas coesas de imigração é fundamental aumentar a natalidade no espaço da União. Isso só será possível com políticas que apoiem a família de forma eficaz. Portugal é um exemplo a não seguir....
Os últimos dados revelam que caso a Europa não reaja rapidamente e de forma muito seria, em poucas anos, talvez décadas ficará na cauda das civilizações.
O assunto é serio e não está a ser debatido ao mais alto nível.
Não gostaria de viver num espaço comunitário, onde a única solução fosse ir a reboque dos diktat de Washington.
Este é um desafio imenso. É o desafio.
Será que a geração política que conduz os destinos da União Europeia se encontra ao seu nível?
PSL
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