quarta-feira, 6 de abril de 2011

De corda ao pescoço

«Chegado tinha o prazo prometido,

Em que o Rei Castelhano já aguardava

Que o Príncipe, a seu mando sometido.

Lhe desse a obediência que esperava.

Vendo Egas que ficava fementido,

O que dele Castela não cuidava,

Determina de dar a doce vida

A troco da palavra mal cumprida.


«E com seus filhos e mulher se parte

A alevantar co eles a fiança,

Descalços e despidos, de tal arte

Que mais move a piedade que a vingança. -

«Se pretendes, Rei alto, de vingar-te

De minha temerária confiança

(Dizia) eis aqui venho oferecido

A te pagar co a vida o prometido

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