Foi com algum alívio que vi o Pedro Soares Lourenço no Facebook dizer que já não estava no café Argana, em Marraquexe, no momento do atentado.
Ainda assim, sendo um destino frequente para os portugueses, convém manter alguma atenção aos relatórios de segurança que forem sendo emitidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
1 comentário:
Com esta foi a quarta vez que estive em Marrocos; já não visitava o país há uma década. Só em 2007 Marrocos cresceu 6,5%.
Provavelmente terão tido um crescimento anual médio na casa dos cinco por cento nos últimos dez anos.
Infelizmente, a riqueza – como quase sempre nestes casos – não foi equitativamente distribuída. Veículos automóveis topo de gama (muitos) pontuam as ruas das cidades – das de província também.
Ao lado destes passam milhares de miseráveis. Pessoas, não veículos.
Os marroquinos descobriram os luxos de uma casa ocidental…, mas só alguns. Os arredores de Fez estão em explosão com enormes bairros de casas idênticas às nossas. Há inúmeras urbanizações de luxuosas no novo eixo turístico marroquino Marraquexe-Essaouira. Enquanto isso os arrabaldes tipo Brandoa anos 80 não param de crescer em Casablanca e parecem fazer já uma faixa contínua até Mohammedia e Rabat.
Nota-se um esforço na educação, por todos o país as crianças vimos as crianças deslocarem-se à escola, mas a percentagem de analfabetos continua na casa dos quarenta por cento – num pais com cerca de quarenta milhões de habitantes.
As desigualdades são gritantes. Falei, frequentemente, na possibilidade eminente de algo terrível puder acontecer. Não foi necessário esperar muito mais…
Marrocos é um reino rodeado por mar e instabilidade…, mas o Rei vai conseguir, como tem conseguido, fazer o seu trabalho.
Abraço, Nuno.
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