The Town - A Cidade, ***
O cartaz cinematográfico apresenta-se, nos últimos meses (!?), no mínimo deprimente. Querem ver? Há quanto tempo não temos a possibilidade de ver uma obra-prima? Pois…
Assim, quando quero ir ao cinema tenho optado pela facilidade de um filme comercial em detrimento da qualidade do cinema de autor. E, sinceramente, não me tenho arrependido por ai além. Afinal…, o cinema (também) foi inventado para entreter.
É fácil começar a crítica de “A Cidade”. Para mim começa em “Point Break” aka, em português macarrónico, “Ruptura Explosiva” (link). Porque se filmes-de-assaltos-a-bancos os há aos pontapés, é àquele que “A Cidade” vai buscar mais elementos que vão muito além das mascaras, da necessidade de libertação como destino, ou até as marcas no corpo que podem sugerir pistas à “investigação”.
Provavelmente não se recordam mas, “Point Break”, foi há cerca de vinte anos (momento da sua estreia) arrasado pela crítica. Hoje “Point Break” é um clássico do género dos anos noventa. Isto, na minha nada modesta opinião, poderá dizer muito do estado da arte da sétima.
De facto “A Cidade” é um filme desequilibrado. No argumento tropeça inúmeras vezes; na cinematografia soluça entre o escorreito e o medíocre. E, lá pelo meio, tem momentos absolutamente reveladores quando mostra, por exemplo, a crueza imbecil da inaptidão da investigação criminal face a uma civilização de conhecimento e tecnologia. Mas, regressando ao segundo paragrafo deste texto, “A Cidade” mais do que entretêm: agarra, emociona q.b. e diverte. É pois de cinema que estamos a falar.
Personalizando: se aqui (link) decidimos ficar atentos a Rebecca Hall, nessa altura provavelmente estaríamos desatentos; a confirmar pois, o grau de atenção a debitar. De Ben Affleck (realiza e interpreta) só podemos dizer uma coisa: não é Eastwood quem quer mas sim quem pode.
Ainda assim, repito, “A Cidade” merece um “a ver”.
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