Descobri Hugo Gonçalves por mero acaso. Ao invés, encontrar os seus livros, tem sido uma verdadeira saga.
De 2006, “O Coração dos Homens”, segunda obra de Hugo Gonçalves, conduz-nos por um cenário algures entre “1984” de Orwell e “Ensaio Sobre a Cegueira” de Saramago. Difícil?
Sim; mas mais difícil se torna quando o autor encharca a narrativa com “frames” de Martin Scorsese ("Touro Enraivecido") e Quentin Tarantino.
Exagerado? Quem, eu? Pelo contrario. “O Coração dos Homens” é uma magnífica e surpreendente obra de excelente literatura. Difícil e duro ensaio sobre um tema que tanto me agrada: a natureza humana e os seus verdadeiros limites.
Difícil sim, mas apenas porque nos apaixona e aprisiona. E não nos deixa dormir tranquilos. Pois tal como Ele, acredito "que a repetição e a certeza são causas de morte precoce".
Um excelente livro para o verão, um péssimo livro para as férias, uma grande obra em qualquer parte do mundo.
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