sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pangeia (XIX)

Iniciada há apenas duas semanas, terminou hoje a fase de grupos do Mundial FIFA 2010. Aqui fica um “A a Z” destes primeiros quinze dias a (mais ou menos) cento e quarenta caracteres, também apelidada por alguém de “Gabriel Alves Experience”.

Alemanha: bósnios, turcos, polacos, ganeses, brasileiros e marcianos também. A face da “mannschaft” mudou muito nos últimos anos; a solidez mantém-se. É candidata!

Blogue: para seguir o mundial só há um, o jabulani (link) e mais nenhum. Excelente trabalho rapaziada, parabéns.

Cristiano: o homem bomba, “quero explodir neste mundial”, disse ele. Animus jocandi, quais judeus ortodoxos, muitos continuam à espera para apanhar todos os bocadinhos do seu cadáver.

Domenech: de África directamente para o caixote do lixo da história do futebol; a menos que o Sporting se lembre dele para substituir Paulo Sérgio lá mais para o natal.

Espanha: o tiqui taka encanta mas, por si só, nãos vence jogos, como se viu contra a Suíça. Continua a ser necessário meter a bola dentro da baliza.

França: a equipa mais odiada da competição, sai vergada ao peso de humilhações várias. Revolução, já!

Gana: a melhor selecção africana em prova. Forte, má, rebelde. Interessante encontro com os EUA na próxima fase.

Holanda: três jogos três vitorias. Laranja menos mecânica mas ainda assim venenosa. Promete muito!

Itália: rica, velha e cansada; cheiinha de artroses. Vai ser preciso muito mais do que uma simples mudança de treinador para reabilitar a velha senhora.

Jabulani: bonita mas traiçoeira, pesadelo de guarda-redes, amante de avançados. Gosto delas assim – das bolas de futebol.

Kaká: vítima de uma expulsão injusta, num dos poucos erros de arbitragem deste torneio; ainda irá a tempo de brilhar?

Landon (Donovan): rezam as crónicas que a eterna promessa do futebol norte-americano, pôs pela primeira vez os automóveis a apitar em Manhattan; à europeia dizem.

Messi: magia pura em campo, será capaz de dar o tri à alvi-celeste?

Nova Zelândia: quer-se queira quer não é a surpresa do tornei. Com jogadores amadores e alguns sem clube abandona África invicta.

Oezil: jovem, rápido, inteligente, turco, alemão. Pode ser uma das figuras da competição.

Portugal: no momento da verdade o cordão umbilical acaba por falar mais alto. Vamos lá cambada.

Queirós ou Queiroz: não me lixes, pá!

Raul (Meireles): os media já lhe chama “abre-latas”; imponente na goleada aos pobres coreanos.

Suiça: um chocolate como desejo - não correspondido - para a próxima fase em português (de Portugal).

Tiago: o melhor português contra os coreanos; terá mesmo, feito o jogo da sua vida.

Uruguai: “La Celeste” brilha como há muito não se via nestas andanças; como a sorte protege os audazes, é candidata a um lugar nas meias.

Vuvuzelas: sem mais comentários.

Wood (Chris): 18 anos, a jogar em Inglaterra no WBA e o mais inspirado kiwi no torneio. Promessa.

X (de 4X3X3): conservador mas flexível. Liberal mas social. Abrangente, depende da forma como é interpretado.

Yakin (Hassan): jogador suíço, como o nome indica imediatamente; a globalização está cada vez mais presente; ainda bem.

Zakumi: dizem ter sido morto num assalto à mão armada num dos muitos bairros pobres da África do Sul; pelo menos ainda ninguém viu a horripilante mascote em qualquer estádio.

2 comentários:

Nuno Santos Silva disse...

falta só a referência ao melhor jogador das quinas no conjunto dos 3 jogos: Fábio Coentrão!

Pedro Soares Lourenço disse...

Tens toda a razão, Nuno; vou já tratar disso. ;)