sexta-feira, 28 de março de 2008

A professora, o telemóvel e a aluna (II)

Pena máxima para a aluna mal criada e pena máxima para o colega que filmou a cena: transferência de escola.
Hoje a professora anunciou que apresentará três queixas: uma contra a aluna, outra contra os elementos da turma com menos de 16 anos de idade, e outra contra os elementos com mais de 16 anos de idade.
Lembro que a aluna não insultou a professora. Fez birra, falou alto e agarrou-se ao telemóvel.
Lembro que os elementos da turma não incitaram a qualquer tipo de violência.
Lembro que apenas uma voz afirmou "olha a velha vai cair", o que se afigura mais como uma constatação de um facto do que uma injúria.
Lembro que menos de dois minutos após o início do incidente, vários elementos da turma intervieram para sanar o conflito.
Lembro que a professora, após o incidente, não apresentou queixa, limitou-se a meter uns diazitos.
Obviamente não simpatizo com a atitude da aluna, a quem acho terem faltado umas palmadas no devido tempo, e claramente fiquei impressionado com a atitude de desafio directo assumido por ela.
Mas perante outras imagens, divulgadas há uns ou dois anos e filmadas em segredo, em que se via agressões a alunos em plena sala de aula e corredores sem que professores e contínuos - que assistiam a tudo - interviessem (e que ao que julgo não produziram processos disciplinares contra alunos, professores e contínuos envolvidos), espanto-me por este verdadeiro auto-da-fé contra a aluna mal criada, o colega que filmou e contra os colegas que puseram fim à birra da professora e da aluna:
Aquela senhora acaba de provar que não merece a nobre função de professora, merece quando muito integrar as listas da mobilidade especial...

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