quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Campo Contra Campo (CLXXVI)

Distopia..., o género da moda ou a moda do género?

THX 1138, **** (7) 

Conta-se que George Lucas terá dito da sua primeira obra, não desejar criar um filme sobre o futuro mas sim um filme que parecesse vir do futuro. Bem…, tendo em conta que o filme foi realizado em 1971 – apenas estreou em Portugal em sala em 1985 – este mantêm-se um verdadeiro objecto voador não identificado. Ainda bem! 

Lucas recria uma Sociedade totalitária e profundamente doente já “vista” em “1984” e em “Admirável Mundo Novo”. Fá-lo com recurso a uma estética rigorosa e austera e a uma cinematografia perturbante mas longe de ser espectacular


Acredito que o filme tenha agitado alguns sectores à época da estreia. Claramente, ainda hoje serve de referência a muitas das distopias que vamos vendo por ai. É neste sentido que deve merecer a nossa atenção e nunca como a obra-prima que muitos reclamam. 


Elysium ** (4) 

Alguém terá dito um dia que a montagem é a arte do invisível. E é mesmo por aqui que Elysium desce à terra. Estamos perante um belo exemplo de uma excelente ideia, transformada em argumento sofrível e em disparate montado à velocidade da luz. Se a isto juntarmos a ausência de personagens e uma cinematografia vaga, sobra muito pouco. 

E depois…, bem e depois, uma Estação Espacial a céu (espaço) aberto? Há limites para a parvoíce, não?!?

Enfim…, pela tentativa de ideias plasmadas, fica um bom filme…, para entreter a esquerda caviar e afins.

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