domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz Ano Velho

Portugal está sitiado. E não é pela famosa Troika. Mas sim pelos próprios portugueses em geral. Desde logo porque a Troika não tem vida própria. Com ela assinámos (assinaram) compromissos que…, “pacta sunt servada”, como todos os compromissos devem ser, aliás.

Portugal está sitiado, assim, pela classe politica. Por aqueles que com a tal Troika negociaram. Mas também pelos sindicatos, esse bando abjeto de inúteis. Pela Esquerda esquizofrénica, por um PCP anacrónico e por um Bloco terrorista. Por um mau Governo, sem dúvida, mas por uma oposição ainda pior…, chega a ser comovente a ladainha de António José Seguro e a sua inépcia em lidar com a monumental tralha socialista, da velhada Soarista às carpideiras viúvas de Sócrates. Se pudesse, Seguro escorraçava esta escumalha do PS mas não pode e, em bom rigor, não quer.

Portugal está enfim sitiado pela generalidade dos portugueses. Um ano inteiro a chorarem sobre o leite derramado, um ano inteiro de “isto está mau e vai ficar pior”, um ano inteiro de baba e ranho. 

Portugal esta sitiado e assim permanecerá para sempre. Por mim perdíamos já hoje a independência. Na verdade já a perdemos de Facto, resta perde-la de Direito também. 

Levem-nos, invadam-nos mas…., não nos tirem o Mar Português. O Oceano, as suas ondas e as praias que elas beijam constituem a pequena aldeia gaulesa que nos resta.

Hoje vivemos apenas o ultimo capítulo de um ano absolutamente inolvidável no que a Ondas diz respeito. Um ano épico, repleto de boas ondulações, bons ventos, bons fundos, boas ondas. Um ano repleto de sorrisos, de partilha e de prazer. Um ano repleto de alegria, de vida e de harmonia. Um Feliz Ano Velho. 

Querem ser felizes em 2013? É muito simples. Desprezem que vos despreza. Corram para a loja dos “trezentos desportivos” mais próxima. Gastem o que puderem a comprar uma prancha, um fato e demais acessórios. Enfim…, abandonem tudo o resto e corram, corram para o Oceano. Corram para o Oceano sempre. Sempre que puderem. Rezem (como souberem) por anos de Ondas como o que agora acaba. E por saúde para as desfrutar. 

Feliz Ano Velho que te quero novo!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

TAP Take Another Plane



Os (alguns) portugueses querem a TAP. Mas a TAP não os quer a eles. São mais de mil milhões, repito, mil milhões de euros de passivo. 

Hoje o governo recuou e lá ficamos nós todos com mais este abacaxi nas mãos. Para gaudio de especialistas em generalidades e Migueis Sousas Tavares deste Portugal à deriva. 

E eu a a pagar isto…

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A última ceia

Upsss.., mas…, estamos no Natal ou na Páscoa?!?

Esqueçam…, ninguém leva a mal, este é o LOL de Portugal.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Volta George Michael, estás perdoado

Gosto muito…, sou mesmo fã dos The XX. Mas…, isto não é nada. Pior que lixo, pois este, por vezes, parece ser reciclável. Ou por outras palavras…, estarei definitivamente velho, chato e rabugento?

Quero o meu Natal de volta…

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Campo Contra Campo (CLXVIII)

Amor, *****

Senhores e senhoras, meninos e meninas…, sejam bem-vindos à loja dos horrores do Sr. Haneke.

Sim, sou suspeito e cúmplice ao mesmo tempo. Suspeito porque fã do cinema do austríaco desde “Funny Games”, ainda no século passado – o original, aquele filmado com meia dúzia de tostões nas margens do Salzkammergut. Cúmplice porque…, todos somos cúmplices no cinema de Haneke. Já lá vamos…

Aqui a questão é a seguinte: se sabemos à partida que seremos torturados no escuro ao entrar numa sala para ver um filme de Michael Haneke, por que raio nos voluntariamos para tais trabalhos? A resposta é muito simples: porque Haneke é um mestre e a sua obra é brilhante.

Em Amor não é diferente. Uma porta rebenta na nossa cara, estamos dentro de um apartamento. Cheira a morte, sabemo-lo porque sentimo-lo desde a primeira frame. Mas o que raio fazemos nós ali, dentro daquele apartamento. Assim começa Amor. Em Haneke não há rodriguinhos, há cinema!

Assim começa e assim se desenrola. Se bem me recordo há um único plano fora daquele apartamento, no teatro. E mesmo nesse plano estamos cara a cara, vigilantes, com os protagonistas. Provamos daquelas refeições e estamos ali, sempre sentados à beira da cama leito de morte. Cúmplices, sempre cúmplices. Basta! 

O cinema de Haneke é assim. É difícil, incomoda. Faz-nos olhar para o lado à procura de um rosto amigo, uma saída de emergência. Como sempre há quem não suporte e saia. É a arte, estúpido. 

Em Amor assistimos impávidos mas nada serenos a uma desigual batalha daquele com a morte. Dizem que o amor destrói barreiras e vence tudo. Mas esta é uma batalha que sabemos à partida desigual.

Sim, obra prima!

domingo, 16 de dezembro de 2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

As descidas de divisão são como a SIDA

As descidas de divisão são como a SIDA ou como os acidentes de viação. Só acontecem aos outros… 

Isto de já ter uns anos é um aborrecimento. E de ter uns anos e ter memoria um aborrecimento maior é.

Lembro-me do Raul na escola primária. E do Victor e da Maria no liceu. Eram do Belenenses. Era o tempo dos “quatro grandes”. O Belém era orgulhosamente um deles. Lembro-me de ser miúdo. Numa tarde solarenga de domingo fui pela mão do meu pai ao Restelo. Faltavam cinco jornadas para o fim do campeonato, o Benfica tinha cinco pontos de avanço sobre um qualquer adversário e…, fomos empatar a uma bola nessa tarde de estádio cheio. Um grande resultado, ficaram a faltar quatro jornadas para o fim, tínhamos quatro pontos de vantagem (a vitoria valia dois pontos à época) e saímos da sempre dificílima ida ao Restelo sem a derrota. 

Mais tarde o Belém caiu, caiu, caiu e o impensável para o Raul, para o Vitor e a Maria, aconteceu um dia: o Belenenses desceu de divisão. Uma vez, e outra e outra ainda. 

Sem vergonha o escrevo. Naquela época em que terminámos o campeonato no sexto posto temi o pior. Na época seguinte “festejei” a conquista dos pontos que nos dariam a permanência. Já o disse, não sei se já o escrevi aqui: prefiro mil vezes ver o Benfica a lutar por títulos na Terceira ou mesmo na Distrital do que vê-lo a arrastar-se assim como digníssimo Belém. Como o Sporting. 

 “O Sporting parece caminhar a passos lentos para a Segunda Divisão” li ainda ontem aqui (link). Hoje sou surpreendido pelo destaque que o JG no seu Red Pass (link) dá a este texto de O Globo. Não somos nós que o dizemos. É um jornal feito para duzentos milhões de brasileiros. Que naturalmente vêem as coisas de forma mais distante e fria, Provavelmente mais objectiva. 

Lá no Brasil é habitual ver um histórico ser rebaixado. Este ano foi o anteriormente poderoso Palmeiras. Mais a sul, na Argentina, também o impensável aconteceu. O River Plate, um dos mais dignos emblemas mundiais, passou recentemente pelo pesadelo. Não! As descidas de divisão, a sida e os graves acidentes de viação não acontecem apenas aos outros, amigos lagartos. 

Vá, esforço, dedicação, devoção e levantar a cabeça, não consigo imaginar uma época que seja sem derby.

Zonzos

Uma imagem parada que não para quieta..., deve ser assim que os lagartos se estão a sentir hoje...

domingo, 9 de dezembro de 2012

Campo Contra Campo (CLXVII)

The Intouchables – Amigos Improváveis, ***

Amigos Improváveis foi um dos muitos filmes (interessantes?) que deixei escapar do cinema nos últimos meses.

Alertado por vários amigos para o filme mais visto nas salas francesas em 2011, só me decidi pelo seu visionamento depois de um par de gargalhadas dadas com a sequência de abertura. Ok…, ok, eu vejo o filme.

Cinematograficamente banal, Amigos Improváveis, resume-se a um argumento cativante e a duas belas representações – dos protagonistas. A minha intuição estava certa…, em tempo de “aperto” é filme que dispensa perfeitamente visionamento em sala. 

No mais…, só lamento que depois das gargalhadas que todos damos durante hora e meia, nos esqueçamos com a mesma velocidade com que vimos o filme que, de facto, os preconceitos e os pré-conceitos que nos toldam a mente são das maiores barreiras que podemos encontrar na vida. Por outras palavras…, não basta elogiar intensamente esta “historia linda entre dois seres humanos tão diferentes”, há que mudar de atitude perante a diferença. Toda ela! 

Nota: pela primeira vez recorri ao serviço “videoclube” da Meo. Intuitivo, fácil de usar como qualquer das funções que a operadora disponibiliza, senti-me defraudado pela qualidade de imagem e som do filme. Inadmissível.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A vida é um sopro

Há muitos anos vi este documentário. Tenho ideia que foi no cinema ou num auditório…, não foi na televisão. Mas não me consigo recordar do tempo e do espaço onde o vi. Não foi difícil encontra-lo na Rede.

A Fantasia. A Liberdade. Façam o favor de ganhar uma hora e meia do vosso sopro a saborear esta delícia.

Oscar Niemeyer - A Vida é um Sopro from FIAPO on Vimeo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Zero

Hoje, no Negócios, Camilo Lourenço explica bem o que vale hoje Mário Soares: zero!

Mário Soares está a escalar a agressividade no seu discurso. Na intervenção de ontem roça a legitimação da violência contra o Governo e o 1º ministro. Como explicar este crescendo de agressividade? É o desespero. Soares já viu que ninguém o leva a sério, nem sequer o seu partido (como se viu na carta aberta...). Por outro lado, os apelos à demissão do Governo estão a cair em saco roto. Ao contrário do que pode parecer, este crescendo de agressividade é bom sinal: é a confirmação de que o povo já não o leva a sério...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O corcunda fantoche

Nos últimos anos Mário Soares presta-se a um espectáculo digno de uma feira medieval. Apanhado pelos ardinas à porta de um qualquer beberete, rapidamente se digna a debitar algumas palermices. Outras vezes, são os próprios ardinas que procuram o fantoche e lhe pedem para gatafunhar umas coisas. Soares escreve, alguma populaça urra e o feirante esfrega as mãos.

Naquele que é mais um episódio deste degradante espectáculo, hoje no DN, o corcunda fantoche vai ao ponto de largar uma ameaça velada ao Primeiro-ministro. “Tenha, pois, cuidado com o que lhe possa acontecer” incita assim o imbecil à violência.

São estas as referências republicanas de Portugal…