É difícil discernir as melhores opções políticas com mundos de terabytes de dados e saberes diversos e divergentes, quase tanto, quanto o de gerir pessoas. Daí que muito mais árdua seja numa dimensão nacional, no qual habitualmente existem milhões de pessoas e de saberes sobre as pessoas e as políticas. Mas há conhecimento experimentado já do domínio comum que deveria já ter sido implementado nas políticas públicas nacionais, embora a elite política pareça não a prioritizar ou sequer considerar no seu discurso ou acção políticas. Um desses conhecimentos é a gestão do conhecimento: grosso modo, significa colocar as pessoas disponíveis em funções pela ordem preferencial de competências (skills) e de paixão ou vocação interiores (que frequentemente andam associadas). Há nuances importantes para e na sua operacionalização, mas basicamente é afectar os recursos mais valiosos de uma entidade ─ os recursos humanos (este facto é já uma evidência científica do domínio comum, embora pareça tardar à programação de políticas políticas pelas elites governamentais), em função da estratégia da instituição e considerando o capital humano das pessoas. Parece básico, não é? Quase algo que nos distingue dos primitivos, certo? Errado, porque esta assunção que deveria constar no catálogo renovado dos direitos fundamentais não está nem majorado, nem universalizado, nem no direito, nem na gestão!
Logo, a ordem de perguntas que emerge é somente esta: por que razão é tão difícil encontrar uma instituição assim?! E porquê de difícil achado nas nossas lideranças políticas? E qual a razão de muitos contrariados ficarem calados e/ou quietos? Para quando uma mudança neste sentido e de um sentido nesta mudança nas nossas políticas, no nosso país? Por quanto tempo temos de esperar por uma política em que os políticos reflictam o conhecimento já evidenciado e que constitui uma alternativa da fonte financeira de criar riqueza? Para quando uma liderança política reflectora daquilo que as pessoas mais valorizam e melhor tratam, associada ao valor e ao amor necessários para sustentar riqueza (sobretudo intangível) para o futuro e o presente do país e das suas pessoas? Quando prevalecerá a nova ordem das ideias das jovens gerações mais qualificadas e já com “muito mundo” sobre aquelas que são autoras das políticas públicas que os vão sustentar num curto-prazo? E, abraçando o pragmatismo, como acrescentar à boa diversidade das elites político-partidárias, pessoas que pensam e conseguem traduzir e conciliar criticamente (com intuição e cognição) as melhores políticas para Portugal e os maiores saberes dos portugueses?
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