terça-feira, 15 de julho de 2008

Emigrante ao volante, perigo constante

Cuidado, muito cuidado: eles estão de volta!
Dantes era apenas em Agosto que abandonavam o “andar lá fora a lutar pela vida” e regressavam por uns dias à sua santa terrinha. E quedavam-se por esta; lá longe da cidade e das praias, na “berça” natal. Mas o emigrante também está modernaço e gosta de voltar às obras e à fábrica bronzeado e com ar saudável.
Incomoda-me a invasão generalizada do povão – e não apenas dos emigrantes – às minhas (todo o ano) adoradas praias. Gente porca, boçal, mal-educada. Caga tudo por onde pisa, deixa o lixo espalhado, berram que nem cabras do monte e às vezes até cheiram mal. Mas…, paciência, não fosse o litoral um bem do domínio público.
Mais grave no entanto é quando parte desta turba coloca (para além da minha paz espiritual) a minha segurança física em causa.
Apenas ontem, por três vezes (três!), três manobras perigosas de três carros de matricula francesa e suíça conduzidos por três condutores de ar vagamente boçaloide, pregaram-me um cagaço dos antigos. Um deles (o “suíço”), perante os meus protestos, ainda me mostrou o dedo do meio da sua pata esquerda.
Mas temos de ver as coisas pelo seu lado positivo: o regresso às estradas portuguesas dos nossos emigrantes faz dos condutores portugueses (os que por cá andam todo o ano) dos melhores e mais educados condutores do mundo.

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