domingo, 11 de maio de 2008

Campo Contra Campo (CXVII)

Casablanca - 1943, *****

Perdi a conta às vezes que vi Casablanca. Mas nunca o tinha visto assim, como ontem, no escuro grandioso e perfeito de uma sala de cinema. E cada vez que vejo Casablanca, fico a gostar um pouco mais desta mítica obra do cinema.
Sobre Casablanca, há quem diga que a sua bibliografia ocupa o espaço de um livro inteiro. Como tal acho que não posso acrescentar nada mais. Ainda assim…

Para além de ver filmes grandiosos no seu habitat natural, ir à cinemateca traz ainda outros aconchegos ao espírito. Por exemplo, os filmes são sempre acompanhados por uma pequena nota explicativa. Mas como as palavras não se medem aos palmos, a leitura desse breves parágrafos (especialmente quando assinados por esse grande Mestre das artes, João Bénard da Costa) antes e após o visionamento do filme, para além de “formar” o espectador em “como bem ver cinema”, pode provocar tantas emoções como o próprio acto “de ver” o filme. Escreve assim desta vez o homem da “Casa Encantada”: Quem o vir [Casablanca] impassível ou já perdeu a alma, ou já perdeu o coração, ou já perdeu ambos. É ser humano de companhia a evitar cuidadosamente.
Como alguém por certo já terá dito, enquanto houver cinema haverá Casablanca. Felizes daqueles que podem dizer "we'll always have Paris".

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