segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Campo Contra Campo (XXVI)

Para alem de outras coisas mais..., ficou este fim de semana marcado pelo regresso à muy amada sétima arte.

Alice, ***

Sexta foi noite de Alice.
Para um final de semana deprimente nada melhor do que um filme a condizer. Nem que seja para nos recordar que há tragédias de vida muito piores que a nossa vida por momentos trágica.
Alice é um grande filme. Quase tudo já foi dito e escrito. Basta acrescentar que às excelentes interpretações de Batarada e Melo se soma uma fotografia impar e um registo de sonoplastia que para mim vale por todo o filme. Os sons da cidade irrompem no espaço sem apelo nem agravo sublinhando ainda mais a dor e o sofrimento. Em Alice, o som é um filme dentro de outro. Ele marca o compasso das imagens, despertando ainda a nossa memória para lugares mais ou menos familiares.



E já agora..., se há coisa que eu gosto no cinema é ver a minha terra nos 35 mm. E também ai Marco Martins fez um trabalho único. Não me lembro de planos tão audazes no cinema “de Lisboa”, íngremes e “flutuantes”. Na Rua Augusta, no Rossio, na Fontes Pereira de Melo a câmara voga e mostra-nos uma cidade que pensamos ser nossa conhecida. Brilhante!
Mas não foi só de choro o fim de semana, também ouve tempo para rir com os bonecos de Bristol. A seguir...

PSL

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