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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um dia nos festivais

Ontem fui matar saudades de música ao vivo ao Optimus Alive. Confesso, foi a primeira vez que fui a um Shopping Center de música ao vivo. E como sempre que vou a uma grande superfície comercial..., enfim.
Só vi com ouvidos de ver três bandas.

The Drums: a tarde-noite não poderia ter começado melhor; estes quatro rapazes das avenidas novas (de NY), provaram em palco que a energia positiva do seu som, meio caminho entre os The Cure e os The Beach Boys (sim é possível!), não vale apenas nos iPod. Fecharam em alta e com chave de ouro, assim (se isto não é o Rock and Roll onde está o Rock and Roll?):



Florence and the Machine: de vez em quando arranjo uma embirração musical. Agora é esta; mas será apenas embirração? Sejamos sinceros, o que em questão de paixões musicais nem sempre é fácil: Florence vale pela voz magnífica e (praticamente) única. As máquinas estão lá quase todas a mais, numa chinfrineira que não é carne, nem peixe, nem nada. Fraco!

The XX: com uma incrível legião de fans (que encheram a tenda do palco secundário e arredores) que sabe todas as letras de cor e salteado, o agora trio britânico, impôs a sua pop minimal mas grandiosa. Excelente concerto, apenas prejudicado – digo eu -, pelo som demasiado sujo.



Em suma: boas bandas, boa musica, gente a mais, espaço a menos. Gostei, mas podia ter sido bem melhor.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Portishead no Coliseu de Lisboa

Quem lê a reportagem "Portoshead" de Vitor Belanciano no P2 do Público de hoje sobre a actuação da banda britânica no Porto na passada quarta feira, ficará com a ideia que caso não tenha ido ontem à Rua das Portas de Santo Antão, perdeu uma noite épica. Já sabemos que os media não vivem sem heróis, mas todos os engodos têm limites.
Pelo que conta Belanciano, a noite do Porto não terá sido muito diferente da de ontem em Lisboa. Casa cheia, nostalgia no éter e expectativa a rodos. Mas dizem os livros que essa coisa das bandas consagradas apresentarem discos ao vivo sem o grande público os ter ouvido, não costuma resultar em bonito serviço. A nova roupagem musical dos Portishead é de bom pano e fino recorte, mas o que o meu povo gosta é das musicas antigas. Não se pode amar aquilo que se desconhece…
Foi uma noite boa, sem duvida. Mas longe de ser épica ou sequer inesquecível. O que "Third" perde em bucolismo e introspecção para os anteriores trabalhos, ganha em vitalidade e grandiosidade sinfónica. Por vezes, o novo som dos Portishead, faz lembrar Sigur Rós, no movimento elíptico de construção/desconstrução/construção como as musicas vão evoluindo. Há ainda uma pitada a menos de electrónica, mas muito mais intensidade eléctrica. Saúda-se ainda o excelente regresso de Beth Gibbons, com uma voz mais limpa e plena de vitalidade. Aquela voz, aquela mascara de suave sofrimento estranhamente delicioso, são a alma da banda.
Mas as bandas não vivem só de memórias. A cada novo trabalho há todo um novo árduo caminho a calcorrear. O Olimpo também tem um cemitério, e o que não falta para ai é jovens jeitosos candidatos a Deuses. Os Portishead que se cuidem. Trabalhem e voltem sempre, pois tocar faz-lhe bem. Nós cá estaremos para cobrar. Pois ao contrario dos jornais, os blogues são feitos por Homens, para Homens e pelos Homens.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Rita Redshoes e Shout Out Loads na Aula Magna

Como o nosso confrade NCR disse por ai algures, estamos perante uma Super-nova. Dizem da Rita que se parece com "esta" ou com "aquela" mas eu não acho nada disso. Ali há um álbum muito feliz - "Golden Era" dificilmente deixará de ser considerado o disco do ano entre os rokies - bem produzido, melhor tocado e cantado, mas algo melancólico. Ao vivo, a musica da Rita ganha "profundidade" (metáfora futebolística que aqui não serve rigorosamente para nada) e muita alegria, saindo o gene cinematográfico muito reforçado. Titubeante de inicio, esta rapariga dos sete instrumentos - na verdade tocou pelo menos cinco esta noite - tem tanto para limar no palco, como talento para dar. Na memória de todos ficou "Minimal Sounds" - o que Rita fez nesta musica é de gente muito graúda. Vais ser divertido acompanhar o crescimento musical desta rapariga. E eu vou lá estar, como hoje, perto da primeira fila.

Há quem tente rotular os Shout Out Loads de banda para "comercias". Lixaram-se. A rapaziada sueca, mesmo sem as sua guitarras perdidas em Itália, incendiou a noite da Cidade Universitária com o seu pop-rock indie descontraído mas de guitarras assanhadas e elevada batida cardíaca. Claro que a maioria estava lá para ouvir "Tonight I Have To Leave It", mas acabou por levar com uma banda personalizada, nada loura e menos tosca. Para mim, que os tinha comprado com o referido rotulo, foi uma excelente surpresa.
Apesar do desconforto das poltronas gastas da velha sala da academia lisboeta, foi uma noite bem passada...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Cum catano!

Ainda bem que Sócrates não é tripeiro... ou não seria só um "porreiro pá"...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Actualizado…

…com som e imagem o post Massive Attack no Coliseu de Lisboa.

Massive Attack no Coliseu de Lisboa

No final dos anos oitenta, principio dos noventa, prometiam-nos que o futuro seria das bandas de fusão que soubessem misturar diversos géneros de som. O problema é que muitos dos que têm por estes dias 35 (mais 5 para cima, menos 5 para baixo) vivem com um estranho travo de que o futuro foi lá atrás…
Bom, desta vez estive lá. Eu e provavelmente metade da blogosfera lisboeta. Não sendo fã declarado da banda sou apreciador da musica criativa dos britânicos que pela enésima primeira vez tocam em Portugal. No entanto, para mim foi a primeira. Na minha imodesta opinião, esteve longe de ser um concerto soberbo ou perfeito. O som de fusão e a-rotulavel dos Massive Attack pode ser muito criativo mas, de facto, ficou lá atrás, no tal futuro prometido que já lá vai. Rock, do sinfónico ao ruído; batidas quentes; às vezes melodiosas com travo jamaicano. Uma amalgama por vezes indecifrável que apenas a espaços agarrou a audiência que sofria com o calor insuportável da sala. De resto…, um som tecnicamente perfeito e um set de luzes ofuscantemente original que por certo vai dificultar muito as imagens que possam eventualmente surgir no tube. Numa palavra, este concerto foi uma trip de hop.


…do tube, com uma qualidade de som impressionante e com imagem (com previ) altamente prejudicada pelo set de luzes, o tal momento que para uns foi de êxtase, para outros de decepção e para mim, como quase todo o concerto, foi assim-assim.