Como alguém terá dito um dia: “só acredita em jornais quem nunca leu uma notícia sobre si próprio”.
Não tendo mais nada para fazer decidiu o Público, por estes dias, publicar uma serie denominada “Mar Português”.
Só hoje tive a oportunidade de ler o texto de Alexandra Prado Coelho onde se questiona se “pode Portugal ser um imenso país do surf”. A pobre da Alexandra, que do mar só deverá conhecer o nome, gatafunha aqui (link) um imenso charco de lugares comuns.
Mas a isso, enfim, já vamos estando habituados na comunicação social da tugalândia. Grave é dedicar o texto ao tema dos desportos de mar que se praticam no litoral, os desportos de ondas, apenas a um desses desportos: o surf.
É grave não porque olvide todos os outros deporto de ondas, mas sim porque o texto em causa, de forma autista, assume o surf como o único desses desportos que nos pode “salvar”: As ondas estão aí. E o mundo já sabe disso. Como vai o país gerir este potencial é que parece ser uma pergunta à espera de respostas, lê-se.
As ondas de facto estão ai – há milénios. Os desportos de ondas idem – há umas décadas. Infelizmente, a ignorância do jornalista chico-esperto e do pateta que compra “a sua obra” também se mantem a mesma.
Sem comentários:
Enviar um comentário