Conta-se que um dia ao chegar ao Parlamento, Churchill teria um jovem deputado à sua espera e este lhe terá dito apontando para a Bancada Trabalhista: “então é ali que se sentam os nossos inimigos?”. Ao que Churchill lhe terá respondido, “não, ali sentam-se os nossos adversários, os nossos inimigos sentam-se aqui ao nosso lado”.
Passaram-se mais de três meses e meio sem ter escrito uma linha sobre o Benfica. Não foi necessário. Aqui (link) da última vez que o fiz, ia tudo dito.
Foi de facto um defeso penoso, mas sempre na esperança de que no dia de hoje dessemos entrada num “elétrico chamado desejo”.
Tantas horas, tantos dias, meses para mais do mesmo. Deixo a análise para outros que sabem muito mais da poda que eu. O tempo passou e Jesus nada aprendeu. A mesma grandiloquência, a mesma teimosia, os mesmos equívocos.
Não é sequer o resultado que está em causa. Até podíamos ter perdido o jogo, goleados. É tudo aquilo ser um enorme deja vu.
Jesus é responsável pelo melhor futebol que vi em anos e anos na Luz. Mas responsável é pelas maiores patetices que vi no mesmo local.
Basta. Hoje deponho, envergonhado, a espingarda com que sempre tenho defendido o atual treinador do nosso Querido Clube e passo-me para o lado dos “inimigos” que tão bem Churchill descreveu.
A menos que algum milagre suceda, em vez de check-in num “elétrico chamado desejo” hoje entrámos apenas num desejo chamado equivoco.
Chega disto!
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