Estamos perante um daqueles fenómenos inexplicáveis de
literatura paupérrima. Inverosímil, tão modesta e mal escrita
(provavelmente mal traduzida também) que nos infecta inexoravelmente –
não faço ideia do que é que isto significa mas achei que este palavrão
ficava aqui a matar. Dizia eu...
E isso é necessariamente mau? Nem por isso. Ler nunca fez mal à saúde e o sexo (seguro!) também não. Ler sobre sexo muito menos.
“As Cinquenta Sombras de Grey” não é melhor nem pior do que a Maria, a Nova Gente, as novelas que o Record faz com as “transferências” do Benfica. Não fica sequer muito longe de palermices que toda a gente vê na televisão como House ou outro Grey, o da Anatomia – neste caso só é manifestamente pior na banda sonora, vá.
Na verdade “As Cinquenta Sombras de Grey” apresenta-se como um livro simples e patético como a época em que estamos; ou seja, ideal para consumir avidamente como se da menina Anastasia Steele (substituir por Christian Grey, conforme os casos) nos tratássemos.
E há coisas com que nos cruzamos sem querer bem piores do que “As Cinquenta Sombras de Grey”. Querem ler? Este texto sobre o próprio livro (link) por exemplo – já nem falo sobre o blogue todo para não dizerem que faço generalizações.
E digo mais. Só não devoro já o segundo volume da parvoíce porque só sai em Outubro.
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