Passei o fim-de-semana a fazer uma das coisas que mais gosto na vida: olhar o mar. Foram horas e horas de contemplação interrompidas por rápidos flashes. Linhas incríveis sulcadas na espuma, gotas de água que se espalham até ao céu.
Quem assim escreve nas ondas é uma novíssima (e global) geração de surfistas profissionais. Mergulhei quase três dias na Ericeira para ver o mar. Mas também na secreta de esperança de ver estes miúdos expressarem-se da melhor forma que sabem: deslizando numa onda de forma, por vezes, impossível de antever há meia dúzia de anos atrás.
A sorte protegeu este vosso não tão audaz escriba e ao fim do Quiksilver Pro Portugal 2011 chegaram…., Gabriel Medina, brasileiro, 17 anos; John John Florence, havaiano, 18 anos; Miguel Pupo, brasileiro 19 anos; Julian Wilson, australiano, o ansião do grupo com uns “pesados” 22 anos.
Fiquei contente…, para além de ver o mar queria também poder dizer um dia, se lá chegar, “eu vi o Medina há quinze anos a partir tudo em Ribeira”, “este John John que agora é campeão mundial, vi-o há dez anos na Ericeira era ele um puto imberbe.”
A vitória acabou por sorrir ao “velho” australiano Wilson mas também não ficaria mal entregue a qualquer um daqueles quarto finalistas. E assim, durante um fim-de-semana, pude assistir mesmo aqui ao lado de casa a uma tão estranha quanto fascinante breve viagem ao futuro do surf. As pontuações elevadíssimas que estes miúdos resgataram de apenas quatro ou cinco pés de onda, confirmam o meu cartão de embarque. O futuro será radioso…, bela viagem!
Sem comentários:
Enviar um comentário