Voluntários vão participar no sábado na limpeza de caminhos e remoção
de árvores caídas no parque florestal do Monsanto, em Lisboa, onde a
intempérie de há duas semanas causou a destruição de mais de 1.500
árvores.
A iniciativa é da associação Plantar Uma Árvore, que se associa aos
serviços municipais do parque de Monsanto para remover “troncos e
ramagens” e limpar os acessos, para mais tarde plantar novas árvores nas
zonas mais afetadas.
“Após a passada intempérie [nos dias 18 e 19], estivemos no terreno e
percorremos o parque e deparámo-nos com um cenário dantesco. O número
estimado de perdas é superior a 1.500 árvores”, explicou o presidente da
associação, Miguel Teles.
O responsável afirmou que este número é apenas “uma estimativa por
alto”, porque atualmente ainda é difícil alcançar algumas zonas do
parque.
“Boa parte das árvores que caíram são eucaliptos e cedros”, disse,
acrescentando que os eucaliptos, que já estavam em final de vida e com
30 ou 50 metros de altura, ao cair, “arrastam várias árvores”, entre as
quais “espécies autóctones e importantes, que crescem menos em altura e
cuja perda custa mais”.
A prioridade agora é a limpeza das árvores caídas, já iniciada pelos
serviços municipais, até porque este material “é perigoso” no verão,
devido ao risco de incêndios.
Em meados de fevereiro, a associação realiza uma nova iniciativa,
“Plantações em Família”, em que pretende plantar algumas espécies
autóctones, como o carvalho alvarinho, oliveiras, sobreiros e alguns
arbustos.
A participação está aberta a todos os cidadãos, que podem inscrever-se através do endereço emmonsanto@cm-lisboa.pt ou do telefone 21 817 02 00.
A organização apela aos participantes para que utilizem roupa e
calçado apropriados e equipamentos de proteção individual, como luvas de
trabalho, coletes refletores e eventualmente capacete.