Marcámos oito golos e falhámos muitas oportunidades.
Oferecemos um golito ao Setúbal.
Foi bonito ver a equipa depois de cada golo continuar a carregar sobre o Vitória.
Foi bonito ver o Cardozo a fazer um hat-trick.
Foi pena que o golo do Setúbal tenha sido a última jogada do desafio. É que depois, não tenho dúvidas, os nossos rapazes ainda marcariam mais dois ou três à filial sadina do F.C.Porto...
Foram várias as vezes que estive para escrever um post dedicado ao novo i. Tantas como aquelas que não o escrevi. Hoje o i completa as suas primeiras cem edições. Será hoje? Objectivamente: adoro o i! Recordo onde e como comprei o primeiro numero do jornal. Estranhei aquela capa, aquela aparente dispersão de temas, a nova geografia das notícias. Depois, nestes últimos cento e tal dias, entranhei o prazer de quem faz um jornal novo, um jornal sucinto quando o tem de ser, responsável, objectivo, efervescente. Um jornal que deve dar um gozo imenso a quem o faz. Só pode. Estranhei, entranho. Estranhei durante semanas a fio não comprar o “meu” jornal de sempre, entranho todos os dias algo tão bom que não compreendo como surge num pais (quase) totalmente atrofiado e adormecido. Estranho não haver i ao domingo; entranho como foi possível passar tantos anos a ler tão pouco e tão mal. Parabéns a todos aqueles que nos fazem o i: que nunca vos falte na vida honesto estudo.
Enfim, termina. O sossego que por estes dias habitou a cidade, calma e pausadamente regressa para junto do mar. Que é como quem diz “não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe”. Ou ainda, de forma mais económica: é a vida, pá!
A felicidade? A felicidade é uma surpreendente manhã de ondas (quase) perfeitas e umas sardinhas assadas frescas como o mar, com os olhos postos no oceano.
É curioso verificar que, antes do início da liderança de Manuela Ferreira Leite, os assessores de Cavaco não eram tão prolíficos nas declarações sob reserva de identidade...
Escutas do Governo à Presidência?
Por causa de declarações de membros do PS que citam informação constante do site do PSD?
É mesmo para não dar cavaco aos assessores de Cavaco...
Por razões que não vêem ao caso acabo de pegar no “i” do passado dia 10 de Julho. Na página 29 desse jornal, numa coluna à direita, podemos ler: “Ainda com poucos casos de gripe A – 71 no total -, a linha Saúde 24 já regista “situações de algum congestionamento”. As dificuldades foram ontem [ndr: dia 9 de Julho passado] assumidas pela ministra da Saúde. Só hoje, foram registados 215 novos casos de gripe A. À boa maneira “tuguinha”, passados que foram 40 (quarenta!) dias sobre as referidas palavras da ministra, ainda andam a tentar resolver os problemas há muito identificados. Numa palavra: inadmissível.
Não há muito a dizer sobre o ponto a que chegaram as relações “institucionais” entre o Governo e a Presidências da República. Pouco importa aliás, quem terá atirado a primeira pedra ou quem anda a alimentar “a caldeirada”. Aos desacreditarem desta forma as instituições que dirigem, o Estado que governam, a República que dizem defender, Sócrates e Cavaco, PS e PSD, Governo e Presidência da República têm, ao longo de largos meses, dado aos portugueses razões mais do que suficientes para não serem levados a sério, razões mais do que suficientes para serem ignorados, razões mais do que suficientes para que o povo olhe noutras direcções politicas. O problema é que o Povo é cego. Ainda assim não é estúpido; pelo menos tanto como possam pensar.
Não sou eu que o digo, é um jornal da especialidade (link).
“ (…) O árbitro do Porto, além do erro que cometeu ao não assinalar uma grande-penalidade contra o Marítimo, quando estavam decorridos dois minutos do tempo de compensação na segunda parte, por mão de Fernando, esteve ainda envolvido num caso aparentemente inexplicável, porque viu tudo o que aconteceu e nada fez.”
Assim meus amigos..., não chega jogar o dobro, ou o triplo. Nem sequer o quádruplo.
Será que as insinuações que o Artic Sea terá sido atacado ao largo da costa portuguesa (primeiro pelas autoridades russas, agora pela Comissão Europeia) têm o propósito de descredibilizar o projecto de extensão da soberania portuguesa no Atlântico?
Catorze? Já? Maldito Agosto que passas sempre tão rápido.
Todos os anos por esta altura – e noutras também – maldigo aquele quilómetro de pedra, areia e buracos (muitos) que separa o alcatrão da Praia Morena, aquela que fica logo ali a seguir à do Rei. Aquela picada existe desde que me lembro de ir para aquelas bandas e, por estes dias, é frequentada por milhares de otários que a toda hora do dia assam dentro das suas latas, por vezes mais de hora e meia. Sendo ano de eleições, ingenuamente, ainda pensei que era desta que aqueles demolidores buracos iam sendo reparados e que apareceria algum polícia para colocar ordem no estacionamento selvagem. Qual quê? Maldito Agosto.
Esta semana tive a primeira “flame” típica da época: uma tarde inteira a levar com meia dúzia de mães apalermadas e outras tantas crias histerias e malcriadas (apesar de responderem ao chamamento agudo de Santiago e Constança). Uma tarde inteira nisto, a dois palmos da minha toalha (chegou a ser a um palmo, juro!) deu em perda de paciência, discussão e consequente perda de razão. Maldito Agosto
Até na praia está demasiado calor; gosto desta temperaturas, sim: quando estou num país tropical, não preciso de vir trabalhar e ando todo o santo dia de tronco nú, calções e chanata. Maldito Agosto que nunca mais acabas.
O Campo de Santana (ou Campo dos Mártires da Pátria com bem explica aqui Pedro Quartin Graça) para mim não é apenas um pequeno oásis no centro de Lisboa; é um local onde cresci, brinquei e aprendi. É uma memória; é uma referência. Agora também é nome de blogue (link). E que o baptizou assim, foi mesmo muito feliz.
É Agosto; e a gosto ando, naturalmente, um pouco mais distraído. Só agora sei da fabulosa iniciativa dos bravos heróis do 31 da Armada; não tenho palavras para vos agradecer o momento de puro gozo, rapaziada (link). Bem hajam. Grande abraço.
Confesso que nem desejava falar no assunto… Mas esta imagem senhores, esta imagem encontrada por ai, recolhida ontem numa catedral cheia, cheia de esperança, cheia de vontade, cheia de alegria, cheia de humanismo, cheia de tão cheia…
Portanto, Cavaco Silva combinou com José Sócrates que Lobo Antunes seria reconduzido. Apesar de essa ser uma competência do governo. O Presidente é Presidente. Não fosse o Presidente, Presidente, e a notícia seria: “Cavaco Silva pressiona Sócrates para impor o nome de Lobo Antunes” ou “Cavaco Silva mete cunha para Lobo Antunes” ou ainda “Casa Civil admite tráfico de influências no caso Lobo Antunes”.
Ora, ora. Queriam, não? O Agosto quando nasce é para todos! Depois de algumas contratações significantes que resultaram em reforços dignos desse nome, após meia dúzia de exibições de encher o olho e outras tantas vitorias interessantes ainda que relativamente insignificantes a patetice está de volta. Primeiro foi a aquisição de Júlio “eu é que sou o moretto” César, depois o interesse em César “o imperador dos rabetas” Peixoto e por fim a reintegração de Luís “foda-se!” Filipe. Como já alguém terá dito, este Benfica é cada vez mais a Gloriosa versão dos famosos “Zidanes y Pavones”.
Rui Moreira (sim, outra vez ele) escarnece da proposta do Bloco de Esquerda de propor a proibição da construção de novos condomínios fechados em Lisboa. Estranhando que o Bloco tivesse ido tão longe, fui à respectiva página na internet e pesquisei o programa de Luís Fazenda.
E não é que o que lá está é ligeiramente diferente?...
O programa defende
«a proibição – como princípio – de construção de novos condomínios fechados que promovam a ruptura com o tecido urbano envolvente»
Pois, o diabo está nos detalhes: só se os condomínios fechados se constituirem como ilhas no meio da cidade é que devem ser proibidos.
É possível que um condomínio privado seja aberto? Sim, claro, basta ver o exemplo, também em Lisboa, do condomínio Alto dos Moinhos.
Rui Moreira, desde há uns anos, tem vindo a assumir-se como ante-arremedo de Presidente da Câmara Municipal do Porto ou do F.C. Porto. O putativo sucessor de Pinto da Costa & Fernando Gomes, contestando (bem) uma imbecilidade de Ricardo Salgado, que falou da Ibéria como razão última do TGV (sim, é o mesmo Ricardo Salgado que - quando deu jeito - defendeu a primazia dos centros de decisão nacionais), saiu-se (Público de hoje) com uma tirada que só lembraria a João Jardim:
«Para o caso de ser essa a vontade maioritária, sugiro que se libertem do nosso fardo pesado, e permitam a secessão simultânea da Galécia».
Caro Rui: aprenda História:
Portugal fez-se primeiro contra a Galiza e só depois contra o resto de Espanha.
Há quem não goste da instrumentalidade. Talvez não seja para todos os ouvidos. O silêncio maior aprofunda-nos, e para alguns aconselha bastante à depressão ou à baixa estima. Para mim, são as notas mais perfeitas na comunicação musical entre o músico e o ouvinte. São as que proporcionam maior interacção, e atenção, obriga-nos a interpretá-las sem rede, com maior liberdade, pois cada um preenche-as com a sua própria letra e espírito. É uma arte maior. Comparo-a aos quadros sem título dos grandes pintores. Não nos direcciona ou sustenta, nem nos entrega o caminho do seu sentido, já feito, ou nos prende ao tema ou fase do seu autor, não nos cerca com denominadores ortodoxos, fashion. É o respeito maior pela personalidade e a sensibilidade ou a criatividade do seu público. Há pessoas que receiam o silêncio, aquele receio surdo, oculto e aparentemente controlado. Não é o receio das palavras, porque a linguagem verbal é dominável até ao absoluto sentido; o que não engana é a linguagem corporal, os olhos, as mãos, o semblante, as inclinações, o silêncio não escrito... não há como fugir do seu significado. Por um segundo, tudo se percebe e tudo se ganha. E tudo se ouve.