segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Campo Contra Campo (C)

Quis o destino: cem postagens sobre cinema, cem. Quando iniciei esta rubrica aqui (link) - num post que hoje me soa ultra-lamechas, estava longe de imaginar chegar a tal número. Já que aqui chegámos, brindemos com um clássico. Até porque foi uma vez mais o destino que assim o quis.

Indiana Jones e Os Salteadores da Arca Perdida, ****
O que faz aqui esta velharia, numa rubrica geralmente entregue à pós-modernidade da sétima arte?
O "Campo Contra Campo" não vos fala só sobre sessões no "escurinho do cinema". Eu é que gosto pouco de ver cinema em casa. Desde logo por definição. Passe a redundância: cinema é no cinema. Mas como não há regra sem excepção…
Rezam as crónicas que dois mil e oito nos trará de volta os heróis da meninice. Graças ao Senhor. De Salvação estamos famintos. E para preparar os regressos nada melhor do que rever a matéria dada. E umas boas revisões nunca fizeram mal a ninguém. Quem já não descobriu nessas aulas, às vezes extraordinárias, que "aquela" matéria ficou por estudar? E com sorte até vais sair no exame…! Foi mais ou menos assim que me senti a rever o filme que daria inicio a uma das mais espectaculares e frenéticas sagas de Hollwyood. Os Salteadores da Arca Perdida é um clássico por vários motivos. O mais importante dos quais será, por ventura, o facto de com um único filme apenas Lucas e Spielberg terem cerrado o pano sobre o velhinho cinema de aventuras, alicerçado nas "coboyadas" - algumas divinais - do velho Oeste (delas encontramos enumeras referências neste filme, v.g. a clássica sequência da perseguição que Indy faz à Arca quando esta é levada pelos Nazis) e levantado o véu sobre o novo cinema-aventura que marcaria o final do século passado. De facto, Os Salteadores da Arca Perdida, vem a ser glosado e reinterpretado durante toda a década de oitenta sendo ainda hoje notado em rodapé de muito do cinema espectáculo dos nossos dias. Mas, Os Salteadores da Arca Perdida, não é só emoção - e é aqui que reside o "segredo" do sucesso. É cinema clássico, por vezes de régua e esquadro; são os efeitos especiais originais para a época, e é, acima de tudo, a obra prima (talvez juntamente com Star Wars) do enorme John Williams (vale bem a pena um salto a este local para ter uma pequena ideia da colossal obra do compositor) que assina aqui uma banda sonora arrepiante e fabulosa.
Foi uma delicia rever Os Salteadores da Arca Perdida. É provável que venha a escrever sobre os segundo e terceiro episódios da saga. Sei sim, que todos deviam rever (provavelmente os mais novos ver) um filme que tem tanto de inverosímil como de eterno.

2 comentários:

Rosa disse...

Um must! :)

Nuno Cunha Rolo disse...

Parabéns pela tua rubrica, companheiro. Continua a contra-campar!
abc,
NCR