quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A bolsa e a vida III

Convenhamos, nada é tão duradouro como a mudança. A crise financeira que se instalou nos mercados financeiros em 2007 parece não querer, sustentavelmente, regredir. O valor mercantil do petróleo atinge valores históricos na dobrea do ano e o preço do dinheiro está mais caro. Não há como parar esta crise do crédito e de liquidez, dizem uns, não há entendimento sobre a causa principal deste económico annus horribilis, digo eu: deficientes políticas monetárias,liquidez excessiva, instabilidade na economia americana com, sobretudo, excessivos gastos públicos, é só escolher, para a mamã e para o papá.
mas há algo de contraditório nesta história. Se, dizem, há dinheiro no mercado, com destaque para as poupanças e os valores imobiliários, por que os bancos centrais concertadamente injectaram dinheiro no mercado? estará a malta tão farta de dinheiro que até decide investi-lo em poupanças?
estaremos nós perante uma espécie de paradoxo de Pareto: quanto mais se poupar, menor dinheiro se tem?
Estará o mercado a escolher a vida em detrimento da bolsa num mundo tão correctamente capitalista?!

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