terça-feira, 30 de setembro de 2008

Duplo financiamento

Eu, que não percebo nada de Economia, ao ver que:
  1. o Banco Central Europeu anda a injectar milhares de milhões de euros no sistema bancário para garantir liquidez aos bancos; e que,
  2. A Euribor, gerada e gerida pelo "mercado", está a atingir novos máximos todos os dias;
pergunto:
  • Estes dois factos combinados não significam que os bancos se estão a financiar de dois lados, via BCE e via seus clientes?
  • Não há aqui uma subida artificial da taxa de juro provocada para sacar dinheiro enquanto o há no bolso dos clientes?

Os mesmos

Os mesmos economistas, especialistas em Economia, comentadores de Economia e jornalistas de Economia que nos últimos dez anos nos garantiram com tom professoral que o futuro exigia salários "contidos" e mercados desregulados, são os mesmos que - pasme-se - mantêm o mesmo tom sentencioso quando dizem que os Estados devem intervir.
Há pouco, um jornalista, putativo especialista em Economia, garantia na RTP que os membros da Câmara dos Representantes tinham feito uma asneira porque não percebiam nada de Economia.
Claro: de Economia só percebem os gestores do Lehman Brothers, da AIG & Companhia, jornalistas portugueses incluídos.

No devir do centenário da revolução republicana...

...Republicanos 0 - Monárquicos 1.

Sim, jogamos fora de casa mas temos um plantel fabuloso. Até diria mais, um plantel de luxo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

domingo, 28 de setembro de 2008

Nojo

Os nomes que têm vindo a ser divulgados na imprensa como destinatários de casas atribuídas no "Lisboagate" causam nojo. Aquilo que começou por ser um ataque a Santana Lopes por via da sua putativa candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, acabou por tomar vida própria: já não são só as cunhas por pessoas carenciadas.Afinal, descobrimos quase todos, ser jornalista ou artista também dá direito a uma casa com uma renda anormalmente baixa face ao mercado, o que explica em grande parte a razão pela qual este foi um segredo muito bem guardado durante anos.Como cidadão, sinto-me roubado. Como cidadão, exijo justiça. Como cidadão, espero uma lista pública de todos os arrendatários da Câmara Municipal de Lisboa, do procedimento prévio de selecção e do montante da renda mensal pago por cada um.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Construir Ideias

É o nome da “Plataforma de Reflexão Estratégica” dinamizada por Pedro Passos Coelho. Hermínio Loureiro chama-lhe "Think tank". Será?
Construir ideias é excelente. Ideais também. Mas, para começar, construir um sítio na Internet para divulgar/debater as ideias que se vão construindo, seria o ideal. É que “ter” ideias e não saber transmiti-las ajuda pouco hoje, aqui e agora.
Aguardemos.

Vende-se

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (XIII)

Podem acusar o “abanar a anca” de muita coisa. De falta de ecletismo não será certamente.
Mão morta, mão morta, vai bater àquela porta...

Mão Morta - "Budapeste"

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Andar de bicicleta em Lisboa

Andar de bicicleta em Lisboa, passou a ser para mim, desde há dois anos para cá, um passatempo fantástico e salubre. Quanto mais ando mais descubro, quanto mais descubro mais quero andar. Um ciclo vicioso que já me fez investir numa nova “máquina” e nalgum material.
Como tudo isto começou e evoluiu dava uma semanada de posts. Traduzir em palavras os bons momentos idem. Tal como os maus. Ao contrario do mito urbano, Lisboa é uma cidade altamente ciclavel. Basta ter energia e força de vontade. Acreditem, o exercício – não só o físico – é docemente recompensador.
Hoje o Público diz que “somos” cerca de um por cento. A “bicla” ameaça virar moda. Naturalmente os políticos reagem. Prometem, como sempre. Hoje, o Costa de Lisboa, veio dizer que irá investir 5 milhões de euros para pôr munícipes a pedalar.
Como em anteriores ocasiões nada será feito, ou será mal feito, ou ficará mais ou menos feito. Deixem estar tudo como está. Não estraguem mais. Já não era nada mau.

Big brother is watching you


Ele vê tudo, ele sabe tudo. Até as estações...

sábado, 20 de setembro de 2008

Os blogues são uma brincadeira?

Aqui.
Uma das mais lúcidas reflexões sobre a “nossa” (blogo)esfera que li nos últimos meses.

...

Pós-emplastro

Com a quantidade de directos que os “telejornais” das nossas televisões fazem, se a moda pega por cá...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desconfiar da Galp é blasfémia?

Para alguns é, pelo menos é o que parece. No Blasfémias, um dos melhores blogues portugueses, que eu prezo pela honestidade intelectual (pese embora não concorde com o fundamentalismo de mercado que lhes tolda a visão de vez em quando), faz-se a defesa da Galp e restantes pertolíferas como se a própria noção de liberalismo económico disso dependesse.
O João Miranda elucida urbi et orbe com as suas dicas que:

1. A sensação de que a GALP está a enganar os portugueses não prova nada, excepto paranóia e incapacidade de aceitar a realidade. (Acusar aqueles que pensam de diferente modo de paranóia e incapacidade de aceitar a realidade é um mau princípio, até porque pode ser usado em sentido contrário: a sensação de que a GALP não está a enganar os portugueses não prova nada, execepto...)
2. As contas devem ser feitas na mesma moeda. Nada de comparar variações de preços em euros com variações de preços em dólares. (Certo. Só que, quando o petróleo subia em dólares por causa da desvalorização dessa moeda face ao euro, o mesmo raciocínio era desvalorizado...)
3. O preço da gasolina à saída da refinaria segue o preço da gasolina nos mercados internacionais e não o preço do petróleo. (Ah... agora é assim? Ou essa é a regra que se aplica quando o preço do petróleo desce? É que a subida do preço do ptróleo sempre foi a única justificação para a subida dos preços... até agora. Basta ver os comunicados de aumento de preço dos combustíveis.
4. É necessário corrigir o desfasamento entre os preços ao consumidor e o preço de referência internacional. Claro. correcção rápida quando o pertóleo (ou a referência internacional) sobe, e lenta ou inexistente quando desce
5. O tempo de desfasamento pode ter mudado ao longo do tempo. idem
6. O IVA baixou em Julho. E mesmo assim... essa descida foi absorvida pela margem de comercialização
7. O preço da gasolina ao consumidor tem duas componentes fixas: o ISP e a margem de comercialização. Por causa destas componentes fixas a variação do preço da gasolina é menor que a do preço do petróleo. A variação do preço da gasolina nos mercados internacionais tem que ser igual à variação da componente variável do preço da gasolina ao consumidor. Por que razão as componentes fixas do preço final introduzem distorção neste face ao preço da matéria prima e da refinada? Ora essa...
8. Os preços têm componentes aleatórias. Comparar o preço da semana passada com o preço de uma semana há seis meses pode levar a conclusões erróneas. Sim, se por componentes aleatórias entendermos a ganância. Sim, a ganância é um elemento económico de peso. Que o digam os accionistas e trabalhadores da Lehman Brothers e restantes companhias falidas ou nacionalizadas...
9. Não há solução para o preconceito. Quem acredita que a GALP está a enganar os consumidores, vai concluir que a GALP está a enganar os portugueses. Por mais contas que faça … O inverso também é verdade meu caro, o inverso também é verdade...

Remédio para uns, mas...

Eu sei que provavelmente isto será paranóia, mas...
Até há poucos dias, a crise financeira estava instalada e para durar. O Petróleo estava em queda livre, as Bolsas afundavam-se e a pressão de descida de juros era forte.
De repente, os Estados (i.e. os contribuintes) injectam liquidez nos mercados para safar a onça.
Agora, o petróleo voltou a subir, os juros estão a subir e as Bolsas andam eufóricas.
No meio disto tudo fica a lição:
Os financeiros liberais podem fazer tudo o que quiserem porque, quando as coisas correrem mal os contribuintes vão ajudá-los. As ajudas dos contribuintes servirão para que os financeiros liberais possam incrementar as suas acções depredatórias.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és



Pequim, Moscovo e Lisboa.
Será este, na próxima semana, o interessante itinerário desse taberneiro que responde pelo nome de Hugo Chavez.
Acho que não vele a pena dizer mais nada. Nem sequer me apetece.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Os gurus

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Há duas áreas onde abundam os gurus que cumulam dogmas escatológicos e quotidianos: a Economia e a Ecologia.
Na Economia, todos nos habituámos a ler os seus conselhos e as previsões sobre os mercados. Todos nos habituámos a ler os anátemas sobre as terríveis consequências sobre o mundo caso não se liberalizasse toda a Economia, ou caso não subscrevêssemos PPR, seguros de saúde ou produtos financeiros afins. Ou eles ou o caos.
Na Ecologia, todos nos habituámos a ler os seus conselhos e as previsões sobre o aquecimento global. Todos nos habituámos a ler os anátemas sobre as terríveis consequências sobre o mundo caso não se sobrepusesse a Ecologia sobre tudo e todos, caso não deixássemos de utilizar automóvel, de tomar banho todos os dias, ou de comer carne de vaca. Ou eles ou o caos.
A comunicação social dá-lhes voz: são os directos dos jornais económicos e os "minutos verdes". Nessas homilías diárias, os gurus da Economia e Ecologia dizem-nos como devemos viver. Com arrogância, porque quem não "engole" as suas verdades ou está de má fé (se o assunto for Economia é "socialista", se for Ecologia é "vendido aos interesses económicos") ou é ignorante e ainda não viu a luz.
Quando as suas previsões e/ou doutrinas encalham na realidade, logo tratam de maquilhar os factos com mais umas pazadas de doutrina:
Este ia ser o Verão mais quente da História, lembram-se? Não foi. Mas o Inverno, ui, vai ser rigorosíssimo, tudo por causa das alterações climáticas.
Esta era a era do crescimento económico sem fim (it's economy, stupid!), lembram-se? Não é. Mas o futuro, ui, vai ser lindo se conseguirmos agora viver uma geração no limiar da miséria, sem direitos no trabalho, tão descartáveis como um post-it.
Gurus? Quem precisa deles?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Os cúmplices de segunda-feira

Quem disse que a blogosfera é a espuma da escrita?
Em gloriosas manhãs com a de hoje, algures a meio da sessão, vem-me sempre à memória este antiquíssimo post do Manuel Castro. E não preciso de dizer mais nada...

Novidade(?)

O Barnabé está de volta. Até quando?

No meu tempo era o Júlio Isidro e o Vasco Granja

Luciana Abreu apresenta os programas infantis de Sábado e Domingo na SIC...O sucesso está garantido entre os papás da pequenada!

domingo, 14 de setembro de 2008

À escuta (II)

Afinal foi entre as 17:00 e as 18:00. Mas foi bom e fez-se o lançamento dos temas a discutir nesta semana que hoje começa:
O primeiro aniversário da reforma do Código de Processo Penal e do Código Penal, reforma que muitos consideram parcialmente responsável pelo aumento da criminalidade violenta;
O debate parlamentar da nova lei do Divórcio, após o veto político de Cavaco Silva;
O fim do voto por correspondência dos emigrantes; e
A abertura de mais um curso no Centro de Estudos Judiciários.
Foi bom. Quando voltar a intervir deixarei aqui uma nota prévia.

À escuta

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Hoje, entre as 17:00 e as 17:30, estarei no Rádio Clube Português a fazer o lançamento dos temas relacionados com a Justiça nesta semana.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Houston we have a problem

O furacão Ike prometeu e vai cumprir.
Fui espreita-lo no windguru. Seja ou não um wave rider, caso esteja habituado a seguir as suas previsões, a imagem (clicar para aumentar) abaixo ser-lhe-á vagamente familiar. Mas apenas no layout. Se está então familiarizado com a imagem, imagine que o Mediterrâneo, tal como o Atlântico Norte, produzia furacões e no título da imagem estava, por exemplo, PORTUGAL – COVA DO VAPOR.


Quem não deve achar piada nenhuma a tudo isto são os infelizes proprietários na ilha de Galveston. Galveston? Sim Galveston, daqui por umas horas nunca mais se esquecerá onde ficava (?!) Galveston – ela vai ficar famosa.
Galveston é uma ilha paralela à costa do Texas com cerca de cinquenta quilómetros de comprimento (todos muito idênticos aos da imagem) que será abraçada com todo o esplendor pelo Ike – para já Categoria 2, poderá ainda subir um degrau na escala. O Centro Nacional de Furacões dos EUA foi bem claro nos seus avisos. Quem insistir em ficar nestas “casinhas” durante nas próximas horas, morre!


Houston we have a problem. Com certeza. A mitica cidade americana fica logo ali ao lado, vejam este vídeo e digam-me se fui claro.

Estes comunas são uma delícia


[Via Arrastão (que está em mudanças)]
É para me rir com estas e muitas outras que ando com saudades de ir à “Festa”.
Já não vou lá há cerca de vinte anos. Este, esteve quase. Espero não faltar para o ano, com alguns amigos camaradas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O plano B do negócios

Em Portugal, escrever sobre blogues é como ler o País que temos. A nossa blogosfera tem todos os defeitos da sociedade portuguesa, mas acrescenta liberdade ao debate democrático. Exagerar a importância dos blogues é tão absurdo como tentar desmentir a sua influência na agenda mediática.

Quem escreve assim é Paulo Pinto Mascarenhas que promete a partir de hoje levar a blogosfera aos leitores do Jornal de Negócios.
Boa sorte!

Spinning arounds

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

E o burro sou eu?

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A sério: foi um grande jogo!

melocádias actualizado

N MÚSICAS LVI

Regresso a Mogwai, umas das minhas bandas preferidas desde há alguns anos. Não é de admirar... Para quem é fã de Sigur Ròs. O que é que custa ser admirador desta banda? O custo é não ser. É a classe à qual se pode designar por grupos de inovadores.
Para quem não conhece:


"I Know You Are But What Am I ?"



"Punk Rock"



"You Don't Know Jesus"



"Hunted By a Freak"

CRONOS XXV

"Lean On Me" - Red Box (1985)



A idade não pede perdão...

N MÚSICAS LV

"Waving Flags" - British Sea Power

O mundo ainda não acabou

Sobre a maravilhosa aventura que está a decorrer no CERN, em que milhares de cientistas de todo o mundo que, falando línguas diferentes, se entendem em "fisiquês" e tentam reproduzir o momento do Big Bang, lembro-me do seguinte episódio bíblico:
Génesis 11 - 1 Em toda a Terra, havia somente uma língua, e empregavam-se as mesmas palavras. 2 Emigrando do oriente, os homens encontraram uma planície na terra de Chinear e nela se fixaram. 3 Disseram uns para os outros: «Vamos fazer tijolos, e cozamo-los ao fogo.» Utilizaram o tijolo em vez da pedra, e o betume serviu-lhes de argamassa. 4 Depois disseram: «Vamos construir uma cidade e uma torre, cujo cimo atinja os céus. Assim, havemos de tornar-nos famosos para evitar que nos dispersemos por toda a superfície da Terra.» 5 O SENHOR, porém, desceu, a fim de ver a cidade e a torre que os homens estavam a edificar. 6 E o SENHOR disse: «Eles constituem apenas um povo e falam uma única língua. Se principiaram desta maneira, coisa nenhuma os impedirá, de futuro, de realizarem todos os seus projectos. 7 Vamos, pois, descer e confundir de tal modo a linguagem deles que não consigam compreender-se uns aos outros.»8 E o SENHOR dispersou-os dali por toda a superfície da Terra, e suspenderam a construção da cidade. 9 Por isso, lhe foi dado o nome de Babel, visto ter sido lá que o SENHOR confundiu a linguagem de todos os habitantes da Terra, e foi também dali que o SENHOR os dispersou por toda a Terra.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Queres fiado?

Toma! A esquerda europeia julgava que seriam favas contadas.
A Convenção dos republicanos e a escolha de Sarah Palin para candidata a vice-presidente deram novo impulso à campanha de John McCain. Uma sondagem publicada hoje no USA Today mostra que o candidato republicano está agora à frente do democrata com 50% das intenções de voto, contra 46%. A última sondagem antes da convenção dos republicanos colocava Obama à frente por 7 pontos percentuais.

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (XI)

Continuamos a percorrer o “maldito” fundo do magnífico baú que é a música “de dança”…
E hoje recuamos vinte e cinco anos para um delicioso momento televisivo. Em playback, num qualquer ridículo programa de televisão (reparem como a estupidez televisiva praticamente não sofreu mutações) os cinco magníficos e bravos Heróis do Mar tocam, cantam e dançam ao sabor de duas notas só. O ritmo é básico, a letra foleira, a coreografia (em especial dos moços das guitarras) verdadeiramente anacrónica. Era a pop portuguesa a aprender a gatinhar. Parece que foi ontem…

Heróis do Mar - "Cachopa"

domingo, 7 de setembro de 2008

Há Liberdade (CIX)

A military amputee catches a wave during Operation Amped, a surf camp for injured service men and women on August 2, 2008 at Camp Pendleton, California. Patients from Naval Medical Center San Diego (Balboa) with amputations, spinal injuries and traumatic brain injuries learn to address cognitive, physical, and psycho-social skills during the surfing instruction as part of their rehabilitation program. (Photo by David McNew/Getty Images). Fonte: boston.com

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

F.C.Porto e Angola

Esta "notícia" é o exemplo daquilo em que a "Informação" da RTP se transformou. O "jornalista" anuncia o "Vitalis Park" (outro parque desportivo utilizado pelo FC Porto à borla, à imagem do que sucede com o centro de estágio de Gaia?...) e Pinto da Costa como um campeão da Gestão e da Direcção.
Pode-se ver encómios do mesmo calibre no frete que o Luís Castro anda a fazer por Angola...

de regresso...

Brandi Carlile
"The Story"

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

Campo Contra Campo (CXXI)

Tropa de Elite, ***

De uma forma geral a crítica portuguesa “da moda” não apreciou o vencedor da última edição do Festival de Berlim. Para além de não terem apreciado, os críticos apressaram-se a repetir a lenga-lenga que leram “lá fora”. O filme de José Padilha, dizem, é fascista; e quando não está a fazer a apologia da violência é telenovelesco.
Compreende-se. A crítica “da moda” é de esquerda e conservadora – sempre foi. E quando vê alguém (ainda por cima vindo de um país tropical) disposto a rescrever e recontar a luta de classes, no minimo mija-se nas calças.
Dito isto é bom que se saiba que "Tropa de Elite" é apenas um filme interessante. A espaços espectacular mas quase sempre infantilmente violento. Dizem os autores que a vida nas favelas não é assim, é pior. Certo, mas nós compreendemos à primeira, não é necessário, por exemplo, mostrar até à exaustão a cena da tortura do asfixiamento com o saco de plástico.
"Tropa de Elite" vale então pelo seu lado subtilmente documental. Mas vale também por colocar a nú, ainda que “nas entrelinhas”, algumas hipocrisias clássicas dos tempos de hoje, como a do menino burguês, filho de papá rico, cheinho de consciência social mas que só lá está para fumar umas beber outras e comer as que calha.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Os orgasmos que Ana Gomes não tem

Eu estava sem fala e dava-me também para sorrir, cabeça e coração fervilhantes de admiração, contentamento e esperança.

Não, Ana Gomes não tinha acabado de ter um orgasmo, e esta não é uma conversa de alcova. Ana Gomes estava em Denver, na semana passada, na convenção do Partido Democrático e descrevia daquela forma na página 4 do Público do passado dia 30 de Agosto a sua completa rendição a Obama.

A porca mais suja da política portuguesa – quem se lava com frequência não tem aquele ar merdoso – esteve na semana passada na América do Norte, mas hoje já está em Africa, em Angola. Mas antes de mais uma viagem à conta do orçamento, Ana Gomes, ainda teve tempo para regurgitar mais um dos habituais escarros de ódio.

Há muito que perdi a paciência e o respeito para estes bandalhos da esquerda putativamente bem-pensante. Na minha opinião nada mais resta do que descer ao seu infra nível, espezinha-los, cobri-los (salvo seja) com petróleo e penas.
Felizmente ainda há quem os ature. É o caso do CAA e da Sofia Loureiro dos Santos.

Apenas mais uma coisa. Foi nesta pobre indigente que alguns portugueses votaram para por ela serem representados no Parlamento Europeu. No fundo, a culpa de existirem anãs Gomes (não é gralha) não é dos pobres dos seus paizinhos. Mas sim em que em tais doentes vota.

Está a chover

Eu já sabia que ia acontecer, embora não tenha consultado quaisquer previsões meteorológicas. Simplesmente, tinha voltado a lavar a moto há dois dias.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Da Tailândia

A crise politica (apenas politica?) na Tailândia tem merecido pouco mais que insignificantes notas de rodapé na comunicação social portuguesa. À luz da boçalidade instalada na nossa sociedade, compreende-se a opção. A Tailândia é exótica e longínqua. Não “vende papel”…
Devem pois os que não se contentam com o estado geral de bovinidade (ou os simples curiosos) recorrer aos blogues para tentar compreender o que se passa. Assim, acompanhe-se o que o Miguel vai escrevendo no seu Combustões (v.g. Eles que não tentem e As figuras da "revolução siamesa": o monge da floresta; e ainda o Visto de Bangkok.

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (X)

Não se esqueçam, os que vão regressando de férias, que há alguns que ainda não lhe sentiram o cheiro. Das férias, claro.
Animemo-nos, pois. Ao som deste desconcertante e genial pedaço da musica portuguesa. Simplesmente, porque sim.

Mler Ife Dada - "Zuvi Zeva Novi"