quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Eu sou Marroquino

(...)"um candidato nacional apoiado pelo PS"(...)

Pensava eu, pobre coitado, que as candidaturas a Presidente desta República, eram candidaturas mais do que supra partidárias, individuais.
Fiquei hoje a saber que a Belém também existem candidatos nacionais.
Obviamente demito-me.
Sou Marroquino!

PSL

N' AMERICA



Viver a vida sempre preocupado
Passar o tempo sem ir a nenhum lado
Deixa-me seco, eu vivo esgotado
Tendo prazeres em dias alternados




E ando sempre vivendo estados
E por vezes bem desamparados
Rebusco os cantos, nem sempre recheados
Eu faço as coisas tão desnorteado




Mas em dias por vezes espaçados
Vêm-me à cabeça pontos desfocados
Desse mundo sempre agitado
Possível sonho todo bem rodado
E na TV,produtos embalados
Entram em nós, bem camuflados
Como é que eu fico, eu fico engasgado
Com o novo mundo mesmo ali ao lado




Está mesmo ali ao lado



E eu vou ter que sair, e eu vou ter que partir
Finalmente vais ver
O que é que iria ser, o que é que eu iria ter




N'América
N'América


letra: Zé Pedro

PSL

E se fosse consigo?

"é sabido que o Liverpool estaria disposto a oferecer-lhe um contrato cerca de duas vezes superior ao que actualmente aufere, a rondar os 3 milhões de euros/ano."



PSL

Entrelinhas

Ontem, Manuel Alegre não fez o discurso da retirada da candidatura a candidato a Belém. O que o socialista afirmou foi, sobretudo, duas coisas:

1 - Declarou que o Estado e a República estavam mal, ou seja, o governo de Sócrates está a ser um mau executivo;

2 - Assumiu estar contra a candidatura de Mário Soares e o respectivo apoio (deste) PS, isto é, encabeçou a oposição interna do partido e será o próximo candidato à liderança do partido socialista, quase de certeza contra Sócrates.


NCR

A Mário Soares e Manuel Alegre





NCR

(...)

>

Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!

Foto: Chris O'Byrne
Poema: Fernando Pessoa in Mensagem
Post inspirado no Tugir


PSL

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Alegre ao jantar – A silly season no seu auge

A surpresa começou momentos antes. Uns surpreendentes lombinhos de porco com castanhas faziam as delicias do meu palato, quando de repente na caixinha preta lá ao fundo surge o alegre Manuel.
Fresco, vibrante, eloquente sem deixar de ser popular. Tal como o discurso.
Pleno de razão quando identificou as razões da putativa candidatura de Cavaco, embora copiando quase ipsis verbis a opinião pública e publicada por Vasco Pulido Valente há umas semanas a esta parte nas “traseiras” do Público.
Não menos acertada a visão sobre Soares, e a sua concepção de “república”.
E depois?
O descalabro, a vergonha, a cobardia, a indecência.
Então no fim..., “não quero fracturar o PS!”.
Triste Alegre.
“Eu acho que falo claro...”, ainda teve o desplante de dizer aos microfones da RTP 1, com um Carlos, magno na asneira, a glosar que Manuel teve ali o seu dia de glória política.
Uma merda – mais uma - foi o que foi.
Alegre, numa coisa está certo.
O Trono de Portugal tem dono! Vivo e bem vivo. É por estas, e por muitas outras que digo eu:
Abaixo a República.
Viva o Rei.

PSL

A República de Alegre



“98th birthday party” por Tim Holte.

PSL

Citizen Jornalists

Esta excelente foto tirada por Christian Calzadillas, pode ser vista no sito da CNN, numa rubrica a que os Americanos chamam “hurricane katrina: citizen journalists “ e é apenas um pequeníssimo exemplo do que o futuro nos trará, no que à cobertura de grandes e mediáticos eventos diz respeito.



Depois dos atentados em Londres, o jornalismo feito por anónimos cidadãos cresce e espalha-se a um ritmo de furacão, ameaçando seriamente os colossos dos media. “Se não os podes vencer, junta te a eles” parece ser a resposta.

Alias, quanto ao Katrina a força dos blogues, já pelo blasfémias tinha sido destacada.

PSL

Recordar é o que está a dar

À guisa deste post (link)...



E o que dizer – e o que me dizem... – de Level 42, “O Passeio dos Alegres”, o Benfica nas finais das Taça dos Clubes Campeões Europeus, das lendias, dos piolhos e do quitoso. A Renault 4L, o Sinca e o Datsun 100 S. Mais? O cacilheiro para Cacilhas, o Metro que acabava em Sete Rios. E claro as Doce e o Reinaldo e já agora do Trio Odemira. E o cubo magico...ahhh o cubo magico.
Os gira discos e suas agulhas. O vinil.



PSL

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Os $100 estão já ali ao lado...

"Earlier Monday U.S. crude oil futures jumped nearly $5 a barrel in electronic trade to touch a peak of $70.80 a barrel"



PSL

Magníficos Dias Atlânticos (XV)

...que teimam em não partir. Bem pelo contrario. Atingem, por estes dias, o zénite.
Uma manhã perfeita, com um cheque do IRS para receber [ :) ], e meio metrão sem crowd que me trouxe o inverno à memória, concretamente “os cúmplices de segunda-feira”, ou seja este (link) post do ONDAS.
Seguiu-se a praia..., sem vento, pouca gente..., que a horda de chapéus de sol acompanhados por garrafões de tinto, tachos de arroz de tomate, caixas de plástico cheias de peixinhos da horta e respectivas barrigas andantes, já regressaram aos lares. Para eles, praia só para o ano. Para nós, aquela espécie de eleitos que “A” ama, venera e defende todo o ano, é tudo uma questão de ciclos.
Foi assim que aprendi a gostar de Setembro...

PSL

|| (VIII)



PSL

Eu gosto, tu gostas, ele...



Lisboa é gente?! Quem é a 'gente'? Gente diz-se?! E é só gente? Não ou sim?!! E os programas? E os prazos? E a responsabilidade? E as obras? E os outros bens jurídicos a proteger? E o capital?! Sim, esse maldito capital? Pensam pagar como? Com o corpo? E os prédios? O betão, esse mesmo? Concorrem a uma Câmara ou a uma Misericórdia?
E os carros, o estacionamento, os transportes? E os parques? E os banquinhos nos jardins? E as pilastras nos passeios?...
Ok ok, ...

Mas o que eu não percebo mesmo (ou melhor, percebo, mas dada a indignação, apetece-me fingir que não percebo!) é este anúncio: «E se um presidente da câmara gostasse de Lisboa?» !!! Gostasse?!!! Então, este candidato só 'gosta' de Lisboa?! Gostar gosto eu de bolo de bolacha, de gelado de morango ou de leitão à bairrada, mas é para comer e deitar fora, e nem quero vê-los à minha frente todos os dias!

Mas quem é que é capaz de votar num candidato lisboeta que, simplesmente, gosta de Lisboa?!

Dicas:

A) As carmelitas do Convento de Nossa Senhora do Carmo (ai..se a minha mãe lê-se o blog);
B) Os eleitores de Pinto da Costa;
C) Os clientes da 'cidade vermelha' (Braga);
D) Os habitantes das Berlengas;
E) Os apoiantes de Alberto João Jardim.

Ou seja, gente que gosta de Lisboa e, por isso, vota Bloco de Esquerda!

NCR

DIA-MENTOS VII



«You see things; and you say “Why?” But I dream things that never were; and I say “Why not?”»

George Bernard Shaw (1856–1950), Back to Methuselah


Fazer sempre algo de novo. E ler o mais possível. Portugal (e não só) está a ficar obtuso, monolítico e materializado em realidades concretas e pragmáticas. Parece que só existe aquilo que se noticia, vê ou se experimenta. E ninguém está a salvo desta jihad sociológica. Por este andar, como vamos conseguir explicar às gerações nossas descendentes, em nível da sociedade política, as razões e as histórias do mundo. Ler é descobrir que podemos ser outros a pensar com a nossa cabeça. Quem não sabe é só porque ainda não tentou. Depois disso, só uma batalha se perde: a do tempo, jamais será nosso amigo. Um preço mínimo a pagar.

Boa semana, de férias ou de trabalho.

NCR

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

PALETA DE PALAVRAS XVII

CAIS UM

«A música é o destino que as ondas riscam ao mar,
A música é o abrigo que as árvores encomendam à floresta…

Existe superior som que aquele que sai das tuas mãos
em coreografias andantes sobre finas e alinhadas pautas de maresia,
orgulhosas dos teus dedos finos, ondulantes, perfeitos de senãos,
que acariciam tudo o que a felicidade pode desejar de uma vida em sintonia?

…A música é o tempo que as notas esmeram tocar,
A música é o signo de todos sentidos que nos resta.

A música está em nós sem ouvidos, sem sentidos,
A música é a pedra dos nossos castelos, banidos
Pela ilusão da nossa aurícula articulada prosa.
A música é a campa da vidinha alva aurora e rosa.»


© Miguel Pessoa Campomaior, "Poesias Urbanas".

PALETA DE PALAVRAS XVI

«Les maîtres d'école sont des jardiniers en intelligences humaines.»

Victor Hugo, "Faits et Croyances".

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Previsóides

A lista de asteróides em risco de impacto contra a Terra nos próximos 100 anos é impressionante. Só entre 2006 e 2109 prevêem-se 824. Todavia, a atenção e a apreensão da comunidade científica espacial está virada para o asteróide identificado por 99942 Apophis (2004 MN4), detectado em Junho de 2004. Preocupados com a sua inconstância orbital, os astrónomos aumentaram o nível de risco de impacto , do grau 1 para o grau 4 na escala de Torino (de 1 a 10). Nunca antes a NASA colocou este grau de risco de colisão. O sobredito objecto voador identificado tem 300 metros de diâmetro e se atingir o planeta equivale, em termos de impacto, a uma bomba química de mil megatoneladas (para se ter uma ideia, a bomba atómica de Hiroshima tinha 0,017 megatoneladas). Apesar da possibilidade de nos atingir seja de 1 para 300, se o asteróide colidir com a Terra poderá causar o maior tsunami de sempre no planeta, se cair no mar, ou dizimar um ou mais estados pequenos, se cair em terra.

Será a 13 de Abril de 2029!

És tão linda!!!!!

Logo à tarde anda à roda.



É Prá Liga dos Campeões. Aceitando o desafio do Terceiro Anel (link) se não puder ser Liverpool, Ajax e Anderlecht, que seja para a desgraça (e para a receita): Barcelona, Chelsea e Schalke, sendo que neste caso já tinha mais um motivo para outro “salto” à cidade Condal.

PSL

Magníficos Dias Atlânticos (XIV)

Voltaram.
Depois dos exuberantes dias Adriáticos.
E ontem voltaram também – por pouco tempo, é certo – as ondas. Mesmo um pouco desordenado e afectado com o vento valeu o regresso.
Nem que seja pela dor.
Primeiro no músculo preso do gémeo direito depois na alma..., e de novo dei comigo a repousar os olhos na espuma lá fora..., e de novo veio aquele desagradável sentimento de impotência.
Ficou só a dor na alma e vontade de chorar por já não ter 20 anos.
Deve ser só o inicio...

PSL

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

A blogosfera é um assunto muito serio!!!

Como se pode ler na Única do Expresso do passado sábado, aqui no abrupto, aqui na GLQL e sobretudo aqui no blogue de Paulo Querido.

PSL

O PCP já apresentou o seu candidato a Belém (II)

Em declarações à RTP Jerónimo defende que a sua candidatura apresenta “ideias e um projecto para Portugal”.
Mas, claro, não exclui a desistência. Pois tal candidatura “não será uma candidatura de faz de conta".

Esta gente é estúpida ou faz do Povo estúpidos?

PSL

O PCP já apresentou o seu candidato a Belém...



Na imagem o candidato do PCP anuncia ontem a entrada na “corrida”.

PSL

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

"De battre mon coeur s'est arrêté"




O filme é de Jacques Audiard e é um remake de "Fingers" (1978) do argumentista e realizador norte-americano James Toback. A história gira à volta da personagem Tom (Romain Duris) que, dividido entre a herança materna e o legado paterno, gostava de ser pianista, mas trabalhava numa agência imobiliária com práticas ilegais e violentas. A relação pai-filho, a difícil união entre o querer e o poder e a fatalidade do passado nas nossas vidas julgo que são os principais temas deste filme. pelo menos, na minha recepção interpretativa.



Apesar dos seus 28 filmes, não conhecia Romain Duris Nunca tinha visto um filme dele, sobretudo a Residência Espanhola, filme que ando a perseguir há alguns meses. A sua representação é fantástica. Tão fantástica que nos impele a seguir mais o seu corpo (as suas expressões faciais e as suas mãos) que propriamente todo a imagem e cenário do filme.

Trailer



Mais um filme a não perder. No King.

NCR

DIA-MENTOS VI





"Una Mattina", Ludovico Einaudi.

Portugal a arder, sem beleza e piedade, com as mesmas cores entre o nascer e o pôr-do-sol.

NCR

Bom dia

Não existem regressos sem caleidoscópios de sentimentos.

PSL

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

ESPUMAS XII



«Não somos, nem nunca seremos inteiramente livres. Vivemos e morremos fechados. A diferença é que a caixa onde vivemos é maior do que aquela onde normalmente nos finalizamos. O fio condutor de tudo isto é um fio de vidinha, ou uma vidinha de fio, que se sinaliza por curvas e termina numa eterna linha recta. Flatline em linguagem técnica de magistrado na matéria. Nada acabará por restar nesta vidinha pseudo sofisticada e civilizacional. Ao menos - e o menos é sempre difícil - pensar a nossa vidinha, enquanto civilizados, não é coisa pequena. O que é pequena é mesmo a nossa vidinha. Grande é a vida. Ela, ao contrário de nós, é nobre, eterna e omnipresente, seja na beleza da sua criação, na naturalidade da sua existência ou no abrigo de tantos seres. Mas estes são os vários significados da sua grandiosidade. Todavia, não são aqueles que demonstramos saber sobre ela, tendo em conta o que maioritariamente fazemos com esta nossa avançada vidinha. Mesmo acreditando que a felicidade não existe inteira, ou seja concebida apenas como momentos, sendo assim divisível, não valorizamos o que ela nos dá, a céu aberto, todos os dias, a qualquer um, do alto da sua generosa ubiquidade. Não temos remédio nem garantia, apenas nós e esperança. Temos algo incompleto, quase tudo, e queixamo-nos porque consideramos que isso é quase nada, que falta o essencial. É um ciclo vicioso. Julgamo-nos como um ponto equidistante de uma linha que principia e finda em nós próprios, com a agravante dessa vivência reduzir-nos ao nosso corpo e à nossa mente, e às respectivas rotinas. Como sair, então, deste colete humano, psicológico e artificial? Não saímos. Andamos com ele desde que nascemos, ficando cada vez mais apertado. Contudo, podemos desapertá-lo, desarmá-lo ou ignorá-lo. Quanto à nossa vidinha, não podemos dar-lhe muita importância, no sentido de nos limitarmos a ela. Só assim, parece-me, reconhecermos a valia da vida na nossa vidinha. Ver vida para além da vidinha é uma atitude, nada sobre-humana. Exige esforço, focalização e consciência de que o sentido da vida é feito de acção e de razão. Numa palavra, exige visão. O valor dela é alto, mas o preço de não a termos, a dor da sua ausência, o vazio que nos cobre quando não nos dignamos a recebê-la é bem maior. Carpe diem está para todos, no entanto a maior parte de todos não está para ele. Isto não é desculpa e muito menos justificação. A fuga para a desigualdade é ferramenta fácil e típica do ser humano na mecânica do alheamento. Se não têm todos, logo é iníqua, injusta e ilegítima. Isto é, serve para quase nada. Não temos desculpas nem justificações. Temos um curriculum e um futuro, todos eles gizados por nós. O problema, ou um grande problema, é que acreditar é viver e não o contrário. O aquário para um peixe, por muito grande que seja o aquário e por pouca dimensão possua o peixe, será sempre uma fatalidade a presença cerceadora das paredes de vidro. Como nós, nenhum ser vivo é suficientemente grande e poderoso para quebrar estas fronteiras de vidro. Mas nem todos confundem transparência com inexistência. Só não há fronteiras para as fronteiras do presente da nossa memória. É lá que moram os restos que a vidinha não esquece. Não sabemos, ou mal sabemos, mas a vidinha ainda é das poucas coisas valiosas que alcançamos. Pensemos em viver tudo o que podemos e esforcemo-nos em partilhá-lo com outros, mesmo que a nossa avaliação considere não ser grande coisa, e já será uma vidinha virada para a vida. Também existimos para sonhar, mas acima de tudo para realizar os nossos sonhos. Sonhar não é utopia, é um dia. Um dia basta para escrever um sonho na nossa vidinha. E o sonho quando se concretiza transforma a vidinha em vida, a nossa vida. É este um sentido de vida que conduz à felicidade? Não sabemos a resposta inteira. Podemos, na verdade, descobrir caminhos com sentido e com sentido de vida. Esta é uma grande liberdade e um pesado desafio contemporâneo que não se concretiza sem nós. A busca desse desígnio é profundamente humana, pelo que, na essência, a vidinha pode fazer muito por nós. Nós fazemos é pouco por ela.»

NCR

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Nova descoberta

Esta dupla sempre me 'soou' a pleonasmo, sem prejuízo, paradoxalmente, do meu enorme gosto em 'ouvi-la' e usá-la. Foi um aparte...

Para quem lè o título até parece uma grande coisa esta que aqui vou escrever, mas não se alarmem. Grande coisa mesmo, com certeza, só para mim... Quanto a vós, espero que seja apenas uma descoberta, o que já é muito nos dias que correm.



Chama-se Sia Kate Isobelle Furler, cujo nome nesta guerra de estrelas é SIA. Descobri-a através do piano e da voz de "Breathe Me" incluído na compra do segundo volume da banda sonora da série "Six Feeet Under". Considero-a uma das melhores músicas do disco, apesar da excelência do seu conteúdo. Descobri de seguida que é australiana, tem dois álbuns gravados, já gravou com os Zero 7 (como é que não a descobri antes?!), deu a volta ao mundo de forma vagabunda e que o grande amor de sua vida morreu atropelado. Depois deste trágico acontecimento, esteve desaparecida... mas voltou.

Breathe Me



Outras músicas:

Taken For Granted


Blow It All Away



Esta é a capa do último álbum de SIA "Color The Small One"




Aqui podem ouvir todas as suas músicas. E sobre ele, anotem a transparência, diz SIA:

"I don't want to be a superstar, doing all that wibbly-wobbly stuff. It's too emotionally stressful; photo shoots always make me want to have plastic surgery. I just wanted to write an album that was me: a small, weird, needy freak. It's a slow burner, but it's honest."

NCR

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

On Tour (III)

TELEGRAMA DE SARAJEVO

Plitvicka Jezera e maravilhoso. stop.
Dubrovnik e espantoso. stop.
Mostar esta destruido. stop.
Sarajevo e magico e inesquecivel. stop.
Beijos e abracos

PSL

terça-feira, 9 de agosto de 2005

On tour (II)

Postal de Ljubljana

Ora viva...
Hoje foi dia de conhečer a charmosa e muito elegante Ljubljana. Surpresa? Nžao, porque os relatos para tal apontavam...Cheia de vida e de cor, confirmou-se a tal "escala humana", a simpatia e a delicadeža de uma das mais pequenas capitais europeias.

E depois..., um lanche na Austria. A confirmar que tudo đe pequeno nesta terra, nžao resistimos ao chamamento dos Alpes e la fomos ate ao Ocidente que por acaso aqui atđe e para Oriente... Um pražer imenso de condučžao como jđa ha anos nžao sentia, qualquer coisa parecida como Cabo da Roca dos Eslovenos..., bem estou a falar para motociclistas. Se em vež de curvas de moto falasse de curvas nas aguas, diria que tinha ficado stocked..., bem vočes entendem-me...

Amanha đe tempo de partir para nova aventura agora na Croacia e logo num Parque Nacional. Plitviča. AGORA ESTA BEM ESCRITO !!!!!! Os Croatas tem metade da nossa populačao mas seis vežes mais Parques Nacionais.

See u later...

PSL

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

On tour

Agora e assim (teclado esloveno...), para onde vamos a net acompanha-nos.
Depois de 2800 Km algo duros..., enfim a Eslovenia e com ela a tžao esperada descoberta de novos antigos mundos.
Ja deu para entender que estamos num pais lindissimo e onde e agradavel viver. Nos arredores de Ljubljana, estamos entre lindas montanhas alpinas com o verde a marcar a paisagem.
Com uma escala humana pareče magica a antiga Jugoslavia..

PSL

Belém

Todos os fins-de-semana Lisboa junta-os ao largo da mesma água, sobre a mesma erva dura de poucas sombras sob o sol capital sem luz igual para além das suas fronteiras. Junta seres, idades, etnias, línguas, gostos, feitios, forças, sonhos e viveres, todos eles diferentes, por razões semelhantes. Nacionais e estrangeiros, desportistas e comodistas, profissionais e amadores, conformados e espirituosos, mirones e pescadores, namorados e casados, pais e filhos, avós e netos, padrastos e madrastas, todos eles ou passeando, ou jogando, ou correndo, ou comendo. Tudo se move, a par do sol e do vento, contrastando com a velocidade das bolas que insinuam descaminho. Várias câmaras fotográficas confrontam a paisagem e a beleza de quem a mira. Ela acompanha quem quer esperar e cheirar a brisa avulsamente desassossegada pelo vaivém viário, sobretudo ferroviário. Lisboa, ao fim-de-semana ou ao final do dia, em Belém, junta as pessoas com a natureza biológica da cidade. É uma grande reunião. Sobretudo com nós próprios. Ajuda-nos a lembrar como fomos e como podemos melhorar. A biodiversidade que visitamos separa-nos da adversidade. E a fronteira está lá desenhada com forma de linha de comboio. Esse sentimento adensa-se com o nosso regresso, através da necessidade de não descarrilarmos a nossa vivência. Ou sobrevivência.

NCR

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Effígie (I)



Maldivas, Paradise Island, Setembro de 2003. Poente iluminado por um Gordon´s tónico.

Volto, em breve.

PSL

A ultima esperança

“(...) o que está em causa nas próximas eleições presidenciais é não somente a estabilidade governativa, mas também a própria estabilidade do regime.(...)”.

Exactamente. As palavras são do “nosso colega blogger” Vital Moreira no Público de terça feira passada - que já pode e deve ser lido aqui (link) no aba da causa - e merecem, tal como todo o seu artigo, uma grande reflexão.
Vital Moreira facilmente compreendeu que nas presidenciais do inicio do ano que vem, muito mais está em jogo do que uma luta “histórica” entre duas visões do Mundo, personificados nos mais que putativos candidatos Soares e Cavaco.

Sejamos claros, e indo ao encontro das palavras de Vital Moreira, o que está em causa em Janeiro ou Fevereiro próximo “será a continuidade e estabilidade do nosso regime político vigente”. Nem mais.

Mas nem tudo são rosas no discurso de Vital Moreira. O que está na rua, e a muitos custa (muito) a ver é que somos chegamos ao fim da linha. O sistema de “rotatividade” gizado pelos nossos “founding fathers” na Constituinte termina aqui.
Assim resta ao candidato vencedor demitir este primeiro ministro e o seu (des)governo, avançar com um governo de salvação nacional. Despido de fungos e vírus partidários. Um governo feito de gente que trabalha e não gente que vegeta em torno dos partidos. O futuro imediato pede um governo da e para a Sociedade Civil, seguido de uma profunda reflexão sobre o presente e o futuro do nosso país. Reflexão, que se impoem, não fique apenas no limbo.. Esta a ultima esperança.

Contudo, isto não deve ser encarado como uma rotura com o regime ou um novo regime em perspectiva. Tal deve sim, ser encarado como a salvação deste regime, uma ultima oportunidade, a ultima esperança. A flexiva Lei Fundamental confere espaço a uma solução do género consubstanciada em “mais” presidencialismo.
Tal não deve ainda ser confundido com figuras “endeusadas” de “salvadores da pátria” ou de um qualquer iluminado que caminha sobre as aguas. Simplesmente tal deve ser encarado com naturalidade democrática e institucional. Afinal, as instituições são coisas dinâmicas, que devem obedecer aos ditames do tempo e encontrar respostas para as necessidades de um povo.

Obviamente só um homem tem condições para comandar tal empresa: Aníbal Cavaco Silva.
A continuidade e estabilidade do nosso regime político vigente assim o ditam.

PSL

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Pois é

A ler a nota Stanley Ho empurra aeroporto para a Ota, aqui, no Bloguitica.
E a reflectir na nota Ota, transparência e "silly season", aqui, no Ciberjus.

PSL

Indo eu, indo eu...

Primeiro a beijar os Alpes...





...depois mais para Sul, a molhar os pés no Adriático...





...a seguir, a aventura...





...pela magia do "Oriente"...

>



...de regresso ao mare nostrum...





...e a todo o seu esplendor.





Falta (muito) pouco!

PSL

Magníficos Dias Atlânticos (XIII)

Ontem, o melhor.
Com direito a um por do sol tão magnifico e atlântico como o dia. E com palmas no fim. Como no anuncio.
E as ferias ao virar da esquina...

PSL

quarta-feira, 3 de agosto de 2005

ESPUMAS XI

Uma boa companhia nem sempre é uma companhia que nos quer bem, simplesmente maravilhamo-nos a observá-la. Uma companhia de amor é uma companhia que nos acompanhará para sempre. E para o bem, apesar de não o reconhecermos de imediato. Pode estar perto ou muito longe, mas está lá, sempre que é possível estar. Se é de amor, está lá. É a nossa companhia constante, mesmo na ausência, que não está verdadeiramente porque está connosco. É uma companhia que cerca e apraz a nossa auto-estima. É uma coisa de dentro, sem ser uma coisa porque são milhares delas. É tudo aquilo que não podemos ter sozinhos, no prazer e no pavor, no sonho e na saudade. Não é às vezes, não é sempre, mas é a nossa vida toda, a melhor companhia do homem é a última companhia que se tem. Não admira assim que o amor seja uma corrida contra o tempo e contra nós próprios. O tempo obriga-nos a superar o receio de não termos tempo para esse amor. Permanentemente sentimos que claudicamos com a falta desse tempo e que essa falta impluda em ardor todo o nosso amor. Nos tempos que correm - cá está o nosso medo do tempo e da sua corrida - é arriscado falar de tempo ou de amor. Com a vida que levamos, falar deles é tão passageiro como a vida que se leva. Mas quero acreditar em várias coisas. Na vida, com tempo. Na companhia, como um dos sentidos da vida com amor. No amor das pequenas coisas, tal como a nossa atómica dimensão. Quero acreditar que o tempo não é nosso inimigo, pelo menos necessariamente. O tempo é apenas nosso adversário. E a companhia é a prova em como, apesar de não o superarmos, o tempo pode ser vencido no seu próprio terreno. É possível ele estar ao nosso lado. A companhia é mesmo a maior vitória que o tempo nos pode dar. Uma vitória de amor. E como em todas as lutas, é o tempo que declara os vencedores. Nesta corrida, o toque de alvorada só pode ser dado por nós.

Bom Dia!

NCR

Noticia do dia

Mais de 300 pessoas sobrevivem a queda de Airbus A340 da Air France no Canadá.







PSL

Magníficos Dias Atlânticos (XII)

Enfim. Parecem estar de volta. Hoje manhã cedo, o sol rompia no horizonte..., e uma brisa quente soprava de Leste. Mesmo de mota e de manga curta já se sentia o calor. Vai fazer muito calor nos próximos dias ..., até porque as férias vêem a caminho.

PSL

terça-feira, 2 de agosto de 2005

Porque se move Mário Soares?

In veritate, a razão é de dupla ordem: porque detesta a ideia de ver Cavaco Silva presidente da República (com todas as consequências daí decorrentes) e porque toda a sua personalidade se eleva na adrenalina de um exercício político, seja ele uma eleição, um mandato ou um desafio de ideias.

Jocandi causa, outras razões plausíveis:

- porque gosta tanto de Manuel Alegre que não quer que ele perca as eleições;
- porque está com saudades de ver o seu retrato na galeria dos presidentes no Palácio de Belém;
- porque a Maria Barroso ameaçou-o: «ou Belém ou desdém?»;
- porque Mário Soares quer apagar a derrota do filho em Sintra;
- porque quer controlar a medida de cicuta a oferecer a Sócrates;
- porque já não cabem mais livros em Nafarros e na Praia do Vau;
- porque está farto de pagar as suas viagens do seu bolso;
- porque já tem saudades de vetar umas leizinhas;
- porque quer ser o último presidente da República, antes de isto se tornar Jardim de Portugal;
- porque quer vingar a morte de Cunhal e fazer com que os comunistas votem sem um olho fechado.

...

Na verdade, e fora de brincadeiras, a razão principal da sua putativa candidatura, se que é que há alguma, é que a Mário Soares não lhe chega ser Mário Soares.

NCR

A sucessão na casa real Saudita...

......é um assunto muito mais importante do que pode parecer..
Para ler aqui:



A influência mundial da Arábia Saudita baseia-se em dois pilares: por um lado, é a guardiã dos lugares santos do Islão – Meca e Medina – desde a década de 1920; por outro, detém as maiores reservas mundiais conhecidas de petróleo, com base nas jazidas do Leste do reino. Os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 nos EUA colocaram a Arábia Saudita no centro das atenções mundiais por outra razão: 15 dos 19 suicidas que se lançaram contra as Torres Gémeas e o Pentágono eram sauditas, e saudita é também Osama bin Laden, o chefe da Al-Qaida. Este último facto submeteu a histórica aliança entre Washington e Riad a uma tensão inédita. A Arábia Saudita encontra-se pois numa encruzilhada e essa é uma razão para conhecermos melhor as regras e os jogos de influência que irão determinar a sucessão na Casa de Saud.

Quem assim escreve é José Félix Ribeiro, num texto de leitura obrigatória para compreender o que esta em causa na sucessão da casa real Saudita, com a morte do Rei Fahd.

Aqui (link) um perfil do novo Rei.



PSL

Magníficos Dias Atlânticos (XI)

Olhe que não, olhe que não...
Nada me irrita tanto quanto o vento.
O vento só serve para alguma coisa a cerca de 3000 quilómetros a Noroeste ou Sudoeste da costa Português..., nem será preciso dizer porquê.
O vento no Inverno congela. De verão, se é de Norte esfria se é de Leste queima. De Sul também de nada serve e de Oeste nem comento.
O vento estraga-me as plantas do terraço e pior que tudo torna bastante mais complicada a condução do meu motociclo.
Torna a praia um inferno e faz-nos suspirar em pleno verão por um calmo dia de primavera.
Estes dias, que mais cedo ou mais tarde em todos os verões acabam por chegar fazem-me sempre recordar a “única coisa boa” que o vento pariu, e que ainda hoje merece respeito: um filme no mínimo grandioso. “The Wind” é um clássico dos dourados anos do mudo em Hollywood.



A diva da foto chama-se Lillian Gish. E neste filme passa o tempo todo a fugir de um insuportável vento que lhe invade vida e alma.
Se nunca viram “The Wind”, não o perca. Como todos os grandes filmes é uma enorme metáfora da vida.



PSL

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

DIA-MENTOS V



Todos os dias
nasce um dia
que não quer nascer,

é como a criança
que faz birra
para não sofrer.

Mas a vida é uma fonte
de lágrimas e euforia,
e esconde-se calada e fria
nos vales urbanos do nosso monte.

Todos os dias
eles agarram-nos para o reposto aprender:
quando tocamos as pequenas coisas
não morre o que está para morrer.

Miguel Pessoa Campomaior