terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

PALETA DE PALAVRAS XLI

«Talvez não seja má ideia que as paixões cheguem ao fim. Se o estado de alteração bioquímica induzido pelo amor romântico é equivalente a uma doença mental [estudos científicos comprovam-no, segundo a NG] ou ao estado de euforia induzido por determinadas drogas [compararam-se experiências com consumidores de cocaína], se uma pessoa se expusesse a ele durante demasiado tempo poderia sofrer danos psicológicos. Uma boa vida sexual pode criar laços fortes como Super Cola 3, mas... quem quer uma cola com essa aderência sobre a pele?»

Excerto do excelente artigo sobre o Amor (e como a ciência o explica), na National Geographic (NG) de Fevereiro deste ano. Os [] são nossos.

PALETA DE PALAVRAS XL

"This is the highest wisdom that I own; freedom and life are earned by those alone who conquer them each day anew."

Goethe, Johann Wolfgang von (1749-1832)

Aequo animo (IV)

Para quando a transposição da Directiva 91/439/CEE?

Infelizmente este já não é um estranho tema os motociclistas.
Todos já leram ou ouviram algo sobre o assunto. E em todos existe um denominador comum. Será que algum dia será possível conduzir um motociclo de 125 cc de cilindrada sem para tal ser necessário uma carta de condução de motociclos? A MOTOCICLISMO foi investigar e encontrou muitas questões mas também algumas respostas.

Juanito, Espanhol, natural de Vigo e cidadão Europeu, decidiu aceitar uma oferta de emprego para trabalhar num atelier de arquitectura no Porto. Sabendo da complicado transito da invicta, decide trazer consigo a sua nova scotter de 125 cc comprada há poucos meses. Um dia, ao circular perto de Serralves, é mandado parar numa rotineira operação stop. Após a habitual verificação documental, o agente da PSP no local decide autuar Juanito por este não ter habilitação legal para a condução daquele veiculo à luz do nosso código da Estrada. Os protestos de Juanito, sublinhando com vigor que a sua carta de condução categoria B o habilitava para a condução da sua scotter de nada lhe valeram. Consciente dos seus direitos Juanito decide não pagar a coima, impugnando-a judicialmente. Terá Juanito razão?



Garanto-vos que esta pequena ficção dava um óptimo caso pratico num exame da disciplina de Direito Comunitário numa das muitas faculdades de Direito do pais.
Ao longo de mais de dez anos o debate na comunidade motociclista quanto à transposição da Directiva 91/439/CEE tem se centrado em torno do seu art. 5º, n.º 3 b) onde se consagra "Os Estados-membros podem conceder, para a condução no seu território, as seguintes equivalência (…) Motociclos ligeiros abrangidos por uma carta de condução categoria B", sendo estes aqueles que tem uma cilindrada máxima de 125 cc ou uma potência máxima de 11 kw.
E pronto…, nós por cá temos andado amarrados a este preceito que qualquer leigo entende de forma clara e precisa. No caso "poder" não significa "dever" e o legislador Português tem entendido (e bem….) não estar obrigado a conceder tal equivalência.
Mas a directiva é longa, visa harmonizar muito mais matérias do que pensamos e deve ser lida desde o seu inicio.

Um dos objectivos claros (e estes têm de ser cumpridos pelos diferentes legisladores nacionais) da Directiva 91/439/CEE é "facilitar a circulação das pessoas que se estabelecem num Estado-membro diferente daquele em que foram aprovadas num exame de condução" - lembram-se do "nosso" Juanito?
Diz ainda a Directiva 91/439/CEE logo no nº 2 do seu art. 1º: "As cartas de condução emitidas pelos Estados-membros são mutuamente reconhecidas". Que é como quem diz Portugal está obrigado a reconhecer as habilitações legais de condução obtidas em outros Estados-membros da União que não o nosso. Apetece-me escrever: Quid Juris quanto ao "nosso" Juanito.
Não é preciso ser juristas, ou sequer estudante de direito, para rapidamente entender que existe um manifesto confronto entre o que dita a directiva e o nosso Código da Estrada.
Mas nós não temos nenhum Juanito - por enquanto… - e o que queremos mesmo é que a Directiva 91/439/CEE seja transposta no que a nós motociclistas diz respeito.
Em nosso entender não há margem para duvidas. O Governo Português, à luz e à sombra dos objectivos impostos pela directiva mais tarde ou mais cedo terá de transpor a Directiva 91/439/CEE neste segmento.
Por outras palavras, sendo Portugal obrigado a reconhecer as cartas de condução emitidas em outros Estados-membros o "sacro-santo" principio da igualdade manda que a equivalência (possibilidade de condução de motociclos ligeiros por quem possui carta de condução categoria B) seja também feita na nossa ordem jurídica interna.
Então e não haverá maneira de resolver o problema sem recorrer a um Juanito qualquer?
Claro que sim! E o problema não se resolve em almoços, jantares ou conversas em gabinetes ministeriais ou parlamentares. Ou sequer com petições ou abaixo assinados.
O problema resolve-se de uma forma muito simples, com uma queixa para a Comissão Europeia. Esta, como guardiã do respeito pelo Direito Comunitário está obrigada pelo Tratados Europeus a analisar a questão, tendo depois um poder discricionário para, se assim o entender, sentar a soberana Republica Portuguesa no banco dos réus do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, intentando contra Portugal uma acção de incumprimento do Direito Comunitário.
Simples não é?
Não…., não é! Falta fazer a queixa (um dos muito direitos de cidadania Europeia conferidos quer a pessoas singulares, quer a pessoas colectivas) e fundamenta-la. Devendo a mesma ser feita por quem tem interesse directo em que a Directiva 91/439/CEE seja transposta no segmento referido.
Uma queixa e um relativamente curto período de tempo. Um simples papel escrito e assinado. É o que pode separar o momento actual e a possibilidade de todos os que têm carta de condução categoria B poderem, enfim, conduzir a sua motinha.

PSL

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

Manhã submersa

Tantas saudades. Muitas, muitas.
Uma arreliadora equação composta de inúmeras variáveis como uma suave mas irritante gripe, exames nem sempre estimulantes e outras coisas do demo que não vêm ao caso, levaram-me a estar mais de quinze dias longe do ventre materno, que à falta de melhor, é o que vem à cabeça sempre que entro no oceano.
Até esta gloriosa manhã de segunda-feira.
As condições nem eram as melhores. Meio metrão por vezes mole, uma ou outra onda com algum potencial e a ferrugem do costume, a limitar o já de si limitado não teriam feito a diferença se o habitual cenário não estivesse mascarado.
De repente vejo-me a fazer papel de figurante acidental num plateu de areia, num estúdio com paredes de água.
Confesso.
Finalmente confesso. Escândalo!
Das poucas vezes que me é permitido não resisto a um espreitar voyeur aos Morangos Com Açúcar. No meu tempo não era assim e acho piada à ligeireza da coisa. Sim, claro, alguma miúdas também são mais que giras.

Mas o mais giro de tudo foi esta manhã submersa em que partilhei o line-up com um dos protagonistas que por acaso também gosta de deslizar naquelas paredes da cor do céu.
Sorte essa de quem trabalha no mar. De quem trabalha na areia ao sol. De quem tem um caterig virado para o Atlântico e um camarim pintado com o azul do céu.
Sorte a nossa de termos manhãs como a de hoje. A de quem sabe explorar o que de bom tem a vida para nos dar. De borla.

Foto de Miluxa

PSL

A ler

Obscenidade, por Vital Moreira.

PSL

Parabéns

A insurgirem-se há um ano.

PSL

É suficiente?

Em menos de uma semana o Sport Lisboa e Benfica venceu os últimos dois campeões Europeus! É suficiente?
Claro que não. Ser bom é apenas pouco.
É preciso a excelência.

PSL

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Não é todos os dias que se ganha ao Campeão Europeu!

Por isso o post Ahhhhhhhh, MAGIA!!!! (link), foi actualizado.

PSL

Ser ou não ser?

Muitos leigos pensam que a filosofia é uma disciplina abstracta, entediante, desgarrada da realidade, e – pior ainda – há um considerável numero de pretensos filósofos que tudo fazem para lhes dar razão. Há ainda, para nosso mal, um conjunto significativo de professores e intelectuais que de algum modo fazem crer que efectivamente assim será.

Paulo Ferreira da Cunha in Lições Preliminares de Filosofia do Direito

PSL

Quem guarda o guarda?

O primeiro problema com a constituição de uma comissão especializada para acompanhamento das escutas telefónicas é o de saber quem acompanha a comissão de acompanhamento.

PSL

Campo Contra Campo (XL)

Domingo, 5 de Março será assim...


Saber mais aqui (link)

PSL

Ahhhhhhhh, MAGIA!!!!













PSL

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

O futebol é a magia

Não escondo!
Ando triste e melancólico (também) pelos últimos jogos do nosso Glorioso.
Dois mil e seis tem sido aziago para o Benfica, ou o Benfica tem feito do nosso dois mil e seis um pouco aziago.
Ainda assim (que remédio...) há que sustentar a paixão (como todas, alias...) e ir lá.
É lá que se sofre, se grita e se ri, se chora, se ama e se odeia. É lá nas arenas da pós-modernidade onde a guerra se faz de cascois e de gritos, de insultos e de cor, de palmas e assobios que se sofre bem. Se é que há sofrimento que venha por bem.
O que nos safa é que o resultado de um jogo de bola antes de o ser nunca o é.
FORÇA BENFICA!!!
Já não me recordo do que é uma quente quarta-feira Europeia na Luz. São tantos os momentos de glória vividos lá. Mas hoje é impossível não recordar que lá estive nas duas meias-finais da Taça dos Campeões que jogamos (e ganhamos!) nos anos 80.
Também hoje quis lá estar.
Sofrer por sofrer que se sofra mais perto do céu.
FORÇA BENFICA!!!
Podes contar comigo nesta quarta feira Europeia à terça!
Porque o futebol é a verdadeira magia dos tempos que correm.
BENFICA! Hoje faz-nos magia!

PSL

Campo Contra Campo (XXXIX)

Caché – Nada a Esconder, ***

Há dias que não há dias fáceis.
Resta o cinema, nem que seja porque temos uma manhã livre para uma surfada mas as condições teimam em estar mais do que desagradáveis, impossíveis. Logo, a solução? Cinema à meia noite.
Se é inquietude que procuramos, por estes dias não precisamos de procurar muito. Basta ir ao King ver Caché – Nada a Esconder.
Quando falo de Michael Haneke, austríaco nascido em Berlim há mais de sessenta anos, mais do que suspeito, sinto me cúmplice. E a culpa é do próprio Haneke.
Como tantos outros conheci Haneke em Funny Games – Brincadeiras Perigosas. Um prodígio cinematográfico, onde o belo Salzkamergut contrasta em carne viva com o medo.
Não. Não estou a falar de filmes de terror “da loja dos trezentos”, mas de cinema de primeira água.


Aqui chegados, já deve o leitor ter percebido o porquê de tanta lateralidade.
Exacto.
“Nada a Esconder” – tal como João Lopes também acho esta “tradução” para o Português no mínimo ridícula - transporta-nos lá para dentro. Para onde o espectador deve estar. Arrisco-me a dizer que na cinematografia contemporânea ninguém como Haneke consegue tornar-nos tão cúmplices do que se passa na tela. Desta vez, em Nada a Esconder somos duplamente cúmplices.
Somos cúmplices porque a forma como Haneke filma aquela família não nos dá margem para não nos sentirmos (mais!) uns intrusos - Nesse sentido parece-me que estas fotos falam por si.
Somos cúmplices, porque mais uma vez – como em Funny Games e a Pianista – a tudo assistimos candidamente incomodados, mas também acomodados.


Intrigante mas prodigioso. Único mas sublime. Este filme, para alem de tudo o mais, tem duas ou três sequências inesquecíveis. À mesa – sempre filmada na perfeição – mas também o suicídio tão inesperado quanto incomodativo e perturbante.
E os miúdos? Qual, afinal o seu papel em tudo aquilo?
Não é fácil o cinema de Haneke.
Pois não! Mas quem gosta de coisas fáceis?

PSL

BAFTA (British Academy of Film and Television Arts) Awards



Para saber os vencedores e os vencidos, aqui.

Gostei de saber que "De tanto bater o meu coração parou" (De battre mon coeur s'est arrêté), de Jacques Audiard ganhou a máscara de Melhor Filme Em Lingua Não Inglesa.

NCR

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Mais um momento de pecado musical

Depois da impagável Muslim Rave Party Sensation (ainda em exibição aqui) só mesmo um Jesus Cristo Super Star (link).
Já tinha recebido no mail, mas o link vem d’arte da fuga (link).

PSL

"A civilização é um querer humano"

Não é apenas aqui no ARCADIA (ver aqui o texto de ontem de NCR) que se discute se o episódio dos cartoons é mais uma acha para a fogueira do choque de civilizações, entendido como uma questão de ruptura entre culturas na linha de Huntington. Em muitos outros blogues se tem discutido o que é que enfim está em causa com tanta violência gerada em torno de uns rabiscos. Leia-se, por exemplo:
Paulo Gorjão, aqui e aqui.
Vasco Pulido Valente, aqui.
Constança Cunha e Sá, aqui.
Henrique Raposo, aqui.
Bruno Cardoso Reis, aqui.
Luis Marvão, aqui.
Vale a pena recuar mais um pouco para lá de Samuel P. Huntington e do seu Choque de Civilizações.
As palavras que dão luz a este post são do clássico de Lucien Fevre "A Europa - Génese de uma Civilização".
É muito curiosa a forma que o historiador Francês encontra para explicar essa traição que o Homem fez na ilha do Magrebe.
Fevre explica a deserção do Norte de África, profundamente Romanizado e Cristianizado, da então Civilização Mediterrânica, pelo incremento do camelo como meio de transporte. O Camelo, que apenas se desenvolve no sec. III vem possibilitar transpor o mar de areia do Saara. Outrora intransponível, o Homem encontra um combustível para rotas mais seguras que não as da pirataria da decadência marítima mediterrânica. Estas, outrora fáceis de transpor, são substituídas no sec. IV por esse novo veiculo que cola o Norte de África ao bloco Africano separando-o radicalmente da Europa.

Qual a lição que daqui aproveita aos nossos dias. O camelo de hoje chama-se interesses económicos plasmados em petróleo e gás natural. Combustíveis de que a nossa civilização precisa como antes a civilização mediterrânica precisava de escravos para dar vida aos remos dos seus barcos. Veja-se o caso do Irão. Por momentos, há poucas décadas, esteve tão próximo do lado de cá "das civilizações". Veja-se o percurso que a antiga Persia tem feito nas últimas três décadas.
Confundir estes interesses com a religião ou outras questões culturais é uma pura falácia. Hoje os radicalismos religiosos estão para os homens como o fio de nylon para as marionetas.
Concordo que também esteja em causa um choque ideológico e politico ("Até prova em contrário, há um conflito de ideologias: o islamismo político contra o ocidente liberal", escreve Henrique Rapouso), mas indissociável de um choque pelo controlo das matérias primas fundamentais.
Tal como ensina Fevre o que se vive hoje foi o que sempre se viveu: "O homem, mais uma vez, sempre o homem; o homem, chave de todos os problemas da historia; o homem, chave de todos os problemas da civilização".

PSL

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Era de extremos....assim não pensemos.

A polémica e a violência, verbal e física, consequentes das caricaturas dinamarquesas num jornal conotado com a extrema-direita não revela um choque de civilizações, na esteira de Huntintgton, antes vislumbra um aproveitamento de certos grupos radicais islâmicos, numa actualidade conformada por uma crise política e económica da Europa. Ora, este aproveitamento por parte dos grupos extremistas tem efeitos, sobretudo, para além dos europeus, nos muçulmanos moderados e integrados nas sociedades europeias e, porque não, na cultura ocidental.

O argumento da violação da liberdade religiosa não é juridicamente sustentável, porquanto não é disso que se trata. Para não o reiterar no campo político. Aconteces que, neste campo, outros interesses se movem e se a Europa e os EUA não começam a desenvolver uma certa política de inteligência institucional ou de governação global, corre o risco de assistir ao seu declínio por razões de restrições aos direitos e liberdades fundamentais, assim como por aumento dos crimes e das lutas urbanos. Estamos a um passo disso, se não tivermos a inteligência de perceber que o que os fundamentalistas pretendem é que os euroopeus se fechem, que a liberdade se 'balcanize', que a reacção pela palavra não nos distingue da reacção pelos fogos postos, arrombamentos, destruição e introdução de propriedades alheias, ou seja, de violência.

Este problema derivado da caricaturização, no que respeita à reacção, não é apanágio de fundamentalistas, como sabem os protugueses (e o cartunista António) e como sabem os franceses (com a imagem da Última Ceia representada por mulheres em lingerie) - isto só para dar casos ecentes - entre outros casos. A diferença fundamental está precisamente no tipo de reacção que é encetada. É a diferença entre o modo pacífico e o modo violento. Mas atenção, não significa que só esta seja criminosa. O pacifismo nunca foi sinónimo de ireesponsabilidade. Ocorre que nas democracias (veja-se inclusive o caso do Egipto onde os cartuns foram publicados e pouco ou nada de consequente aconteceu) pode ser feita pela via da influência, da corrupção, da chantagem, etc.

Todavia, esta problemática suscita-me as seguintes perguntas:

- Como podem os moderados ('ocidentais' e 'orientais') superar a argumentação da violência psicológica e física (ofensas corporais, injúrias, xenofobismo, discriminação étnica e relgiosa, etc.) sem demonstração de fraqueza ou de cedência do seu modo de vida, cultural e jurídico?

- Que 'interesses' económicos e religiosos relevariam com uma situação de crispação entre os muçulmanos radicais e os ocidentais?

- Serão os acontecimentos consequentes da publicação das caricaturas, um argumento válido para os defensores da anti-globalização?

Há muito que a História nos ensina que é de pequenos detalhes que se ganham guerras e se vencem desafios. E o maior erro que os europeus podem cometer é tomarem a parte pelo todo e agirem nessa conformidade. Assim, e dado que essa é uma tend~encia humana, devemos combater cirurgicamente quem nos ataca e não actuar de forma atómica, onde não escapa quase nada, nem quase ninguém.

NCR

Outra noticia blogosfericamente triste

Assim se interrompe mais um blog liberal.
João Carvalho Fernandes deixou de fumar.

PSL

Aqui existe liberdade de expressão...

New Abu Ghraib images broadcast

...mesmo quando o que há para ver é infame e nos enche de vergonha!


ver mais fotos

PSL

Obrigatório ler

Choque de Civilizações encore por Bruno Cardoso Reis no Amigo do Povo (link).

PSL

Falta mesmo muito pouco.

Dois meses é pouco, não é?

PSL

Esqueçam-se outra vez de comprar os bilhetinhos a tempo...

(...) os Depeche Mode vão regressar, outra vez, a Portugal no próximo Verão para mais um concerto.

Segundo o site oficial da banda (www.depechemode.com), está já confirmada uma actuação no estádio José Alvalade para no dia 28 de Julho.


PSL

Irão?



fonte: combustões

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

nAMORar




Hoje é o Dia dos Namorados e, como em todos os dias destes Dias, a pergunta a fazer é se o dia dos não namorados são todos os outros dias do ano. Será?
Ou outras questões se levantam neste Dia, como por exemplo:

Será que o fim do Homem é amar?
Será que todos os seres humanos possuem a mesma capacidade de amar?
Será que podemos amar, louca e verdadeiramente, mais de uma vez na vida?
Será que depois de amarmos alguém com quem não convivemos seremos alguma vez feliz com outrém?
Quanto tempo dura um amor sem namoro?

NCR

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

PALETA DE PALAVRAS XXXIX

«Wise men speak because they have something to say; Fools because they have to say something.»

Platão, 428 aC-348 aC.

Finalmente,


Jyllands-Posten_Muhammad_drawings
Originally uploaded by NCR.
...vi e li a página original, do originário jornal dinamarquês! Não tenho lido muito jornais ou revistas, confesso. Recentemente, tem sido mais livros.

Al Fager

Afinal, um jornal egípcio publicou as mesmas 'caricaturas' há mais de 5 meses!
A história, aqui.

NCR

Denmark, Do Not Apologize



Artigo a ler, aqui. Aproveitem e leiam os outros posts relacionados com este tema.

NCR

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Bom fim de semana

...vou procurar uma festa assim. Sem ter que ir à Assembleia Regional da Madeira, claro.

Muslim Rave Party Sensation

Via Acidental, via Elba Everywhere.

...umppff..., depois deste post espero não ter a casa incendiada quando lá chegar.

PSL

Mais um 'Sim' para o Tratado Constitucional Europeu



Anteontem a Bélgica, depois das 7 aprovações das 7 câmaras parlamentares (Senado, 28 Abril 2005, Segunda Câmara, 19 Maio 2005, pelo Palamento Regional de Bruxelas, 17 Junho 2005, Parlamento da Comunidade Germânica da Bélgica, 20 Junho 2005, Parlamento Regional da Valónia, 29 Junho 2005, Parlamento da Comunidade Francesa, 19 Julho 2005 e Parlamento Regional Flamengo, 8 Fevereiro 2006), foi o 14.º Estado-Membro da União a aprovar o Tratado Constitucional Europeu.

Neste momento o resultado está em 2-14. Sim, porque o 'Não' joga em casa e, graças à democracia e liberdade de expressão, quem diz 'Não' é ouvido, respeitado e fundamental (não confundir com fundamentalista) para o processo de convivência livre.

NCR

Question of the Day

A Question of the Day do AskPhilosophers, um link que recomendo clicarem caso se ponham a jeito frequentemente a reflexões 'primárias', é esta:

What makes me the same person today as I was any time in the past? I have new memories and experiences, so why aren't I someone else?

Alguns lá conseguem responder, mas...bolas, acontece cada uma...hoje é sexta-feira, a noite pode ser longa, amanhã é dia de surfada, por isso, parece-me que fico pela polaca. Mais abaixo...sempre pesa menos.

NCR

Vencedor World Press Photo 2006

Mãe e filho num centro de alimentação de emergência - Tahoua, Níger.
Por Finbarr O'Reilly -Reuters.


PSL

A opção

Ver aqui (link)

PSL

Que Pluma!

Sei que ela é polaca e está a revolucionar as jovens mentalidades tugas de que gordura não é formusura, ou seja, que com pluma, é cada uma!!

Bem sei que a polaca pesa de acordo com o produto que pretende vender, mas o melhor peso ainda´está logo acima do peso-pluma.

Nada é perfeito, não é? Nem mesmo esta polaca, bolas!

Divirtam-se...



...ai pesa, pesa!

NCR

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Vamos lá assinar...

...neste sítio, a lista pela liberdade.

NCR

Morreu a Joana

É com grande, grande pesar que soube, por amigos da família, que a Joana do Semiramis morreu, no Domingo, por uma fulminante embolia pulmonar.

O blogue Semiramis, para mim, era, se não o melhor, um dos melhores blogues da blogosfera. E com certeza um dos três blogues que consulto todos os dias. Aliás, era o único do qual tinha que imprimir os posts por falta do tempo devido que eles mereciam.

Estas mortes também nos fazem lembrar o quão preciosa é a vida, o quanto temos que aproveitar enquanto respiramos e como devemos evitar em deixarmos enredar-nos por esta teia de afazeres e de hábitos muitos deles inúteis.

Por muito que o saibamos e combatamos, continuamos a só na morte encontrar a maior reflexão para a vida.

Onde estiveres, Joana, no sem-lugar (u-topia), obrigado pela tua escrita livre, crítica, culta e profundamente rica em todos os níveis.

NCR

Que não vos caiam os coelhones

Onde ler um artigo que não é o artigo, uma mão cheia de banalidades sobre o papel do Estado na economia e na sociedade? E descobrir como se deve comissariar num jornal a política governamental?
Aqui está o caminho.

NCR

Cartoon diplomático

Era uma vez uma República (do catano) onde havia um Ministro de Estado, eminente jurisconsulto, especialista na área do direito público, ou seja, sobretudo direito administrativo e constitucional, que jurando cumprir com as funções que lhe são confiadas pela lei e pela constituição, a qual consagra como um dos princípios fundamentais da república, o princípio da separação entre as igrejas e o Estado, esse mesmo Ministro da desdita República (do catano) emitia o seguinte comunicado ofical de estado:

«Portugal lamenta e discorda da publicação de desenhos e/ou caricaturas que ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos.
A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros.
Entre essas outras liberdades e direitos a respeitar está, manifestamente, a liberdade religiosa – que compreende o direito de ter ou não ter religião e, tendo religião, o direito de ver respeitados os símbolos fundamentais da religião que se professa.
Para os católicos esses símbolos são as figuras de Cristo e da sua Mãe, a Virgem Maria.
Para os muçulmanos um dos principais símbolos é a figura do Profeta Maomé.
Todos os que professam essas religiões têm direito a que tais símbolos e figuras sejam respeitados.
A liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade.
O que se passou recentemente nesta matéria em alguns países europeus é lamentável porque incita a uma inaceitável “guerra de religiões” – ainda por cima sabendo-se que as três religiões monoteístas (cristã, muçulmana e hebraica) descendem todas do mesmo profeta, Abraão.
»

Assim, como cidadão (do catano) fiquei a saber que a minha República laica reconhece, oficial e religiosamente, o Profeta Moisés, o Pai Abrãao, o Filho Cristo e, (God Save O Catano) a Virgem Maria!

Este Ministro vai para o céu...

NCR

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

PALETA DE PALAVRAS XXXVIII

«I don't need a friend who changes when I change and who nods when I nod; my shadow does that much better.»

Plutarco, 46-119.

ESPUMAS XXIII



Viver numa fotografia e viver para a fotografia. Dois modos de vida de uma mesma vida. De uma mesma. de uma apenas. Há gente que vive assim. A maior parte dela. Vai sendo gente, a pouco e pouco. Vamos todos. Todos somos gente. A humanidade vive nesta fotografia que costumamos chamar Terra Para nós, humanos, é tão pequena e está tão distante quanto a sua própria imagem vista do espaço. Depois, depois de toda a gente, temos a minoria, na qual, cada qual com a sua mania julga sempre pertence. É aquela grande gente, sim porque os outros são sempre isso - os outros.

Mas nós não, somos os que vivem para a fotografia mas vivemos bem, sem precisar dela. Pois essa coisa de precisar dela, é para os outros. é que viver para a fotografia não é viver para a imagem. É muito mais do que isso. É criar as próprias imagens das imagens e, por tudo aquilo que rodeia ser construído por uma plasticidade e materialidade próprias das suas vaidades, dos seus interesses e das suas ambições. Ora aqui está um belo pedaço de vida. Um modelo de vida. Ou será uma vida modelo? Pouco importa. O importante é o que se vê. E, paradoxalmente, essas pessoas são tão aparentemente felizes... como uma fotografia pueril. Alguém discorda? Só por inveja, não?

NCR

Sim...



...eu sei.

NCR

Norte e Sul, Eu e Tu



Norte e Sul, Eu e Tu

«E quando saí, o que vi?
Princípios de fogo criados de novo?
Raios de esperança ensinando a temperança?
Livros de sorrisos por adultos distribuídos?
Árvores de gente abraçadas de frente?

Não, nada, como se tu eu eu fosse igual a nu.
Nuvens de cimento caídas pelo vento.
Rochas de neve fingidas de icebergue.
Vulcões de pedras rompendo civilizações.

Assim sonhas tu, como eu?
Não, nada, nem um... nem nunca,
tudo é nu nu, e nu nu está o eu.»

Miguel Pessoa Campomaior, «Poesias Urbanas»

Sonae para a PT



NCR

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Atentem a este homem...



..Como refere e bem a Foreign Policy, ele fará a actualização da tirania e, digo eu, obrigará a novas configurações das teorias da democracia. Tirania e democracia?! Confusos? Não estejam...sigam a política de Chávez e perceberaão, nomeadamente, a desnecesssidade das maiorias para formar governo, a importância dos controlos extra-políticos da oposição, o novo papel do governante na gestão comercial da política nacional, a maximização pessoal do caos organizatório, as vantagens da permissão das 'liberdades americanas', etc...

Um case study, sem dúvida...

NCR

Pequenos crimes entre colegas

...e depois esta coisa dos cartoons já dá para umas piadas valentes em locais onde reina um salubre bom ambiente.
Vejam só!
Ainda há pouco, há pouquinho…, escutei - salvo seja - esta conversa ente dois colegas de faculdade.

Dizia um: "Nem penses pá…, eu decido como o gajo decide. Se ele diz que aquilo é crime de abandono eu não vou contra ele. Afinal não sou eu o doutorado. É ele".
Ao que o outro logo retorquiu: "Alto lá! O gajo é doutorado e é o regente da cadeira, mas eu penso pela minha cabeça e mais nada. Ainda me resta alguma autonomia…".
O primeiro não se ficou, e a usual cobardia deu de si: "Lá estás tu pá!. O curso vai acabar e tu não mudas nem um bocadinho".
"Porque pá? Por acaso tenho me saído mal?", questionou o segundo.
Mas o ufano cobardolas não se ficou: "Deves, deves! Deves querer cá vir em Setembro".
O nosso valente encheu o peito e soltou sonoramente: "Olha lá pá! Mas pensas que esse Professor se julga quem? Algum Maomé que não pode ser desenhado com um turbante-bomba…, ou quê?"

Entretanto deixei de os ouvir. Ainda assim vi que o primeiro ria. Mas cá para nós que ninguém nos lê o medo tolhia-lhe a audácia. Para ele o tal crime será hoje e sempre de abandono apesar - pelo que me apercebi - de o agente ter revelado dolo de lesão e não de perigo...
E para o "fraco da historia" assim é e será porque o tal doutorado diz que é…, apesar deste - pelo que também me apercebi da conversa - não pensar de si ser o tal Maomé.
A ideia com que fiquei de todo este inusual episódio é que afinal…, um qualquer "Maomé que não pode ser desenhado com um turbante-bomba", acontece na vida de cada um quando este um quiser.

PSL

Há para ai voluntários para incendiar a embaixada do irão?

(O mais importante jornal iraniano lançou hoje um concurso de caricaturas sobre o holocausto, em resposta à publicação de “cartoons” sobre o profeta Maomé, em diversas publicações europeias, que foram mal recebidos em todo o mundo islâmico.)

Jesus é o Salvador!
Boicote aos produtos Iranianos, já!

PSL

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

RETRATOS DO TRABALHO EM PORTUGAL


Autor desconhecido

O ARCADIA associa-se desta forma à iniciativa de JPP.

PSL

Há aqui qualquer coisa que me escapa



Afinal o que é que isto tem assim de tão preturbante?
Imagem via O acidental (link).

PSL

sábado, 4 de fevereiro de 2006

Há Liberdade (VII)

Foto: Joaquim José Fialho Martins [ Fialho ]

É, não é MST?

Miguel Sousa Tavares, "Expresso", 04-02-2006

"Eis aonde se chega na estrada do politicamente correcto: a intolerância religiosa não é de quem quer proibir os "cartoons", mas de quem os publica!"


PSL

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Campo Contra Campo (XXXVIII)

Match Point, *****

Estive a passar os olhos por esta rubrica e confirmei um receio.
Parece que tenho medo de escrever sobre os filmes de que mais gosto. Ou será que dizer mal é uma coisa fácil e vã...., não o sendo encontrar argumentos para as nossas escolhas favoritas.
Sim, claro, construir é dificílimo. Já destruir..., por vezes basta um sopro.

Vem isto à guisa das nomeações para os Óscares (tudo aqui no Hollywood – link).
Vi Crash (****) duas vezes, prometi um post sobre o assunto e nada. Um filme que na minha análise roçar a obra prima ficou por verter em palavras. Como ficou King Kong (****) outro filme de que gostei particularmente.

Mas vem também aquele “preâmbulo” a propósito de Match Point.
Que grande filme este.
Que talento profícuo na lente de Allen, num argumento vibrante e surpreendente, numa direcção de actores primorosa.
Poderia estar uma tarde inteira a escrever sobre duas ou três cenas de antologia.
O primeiro encontro da cândida “noiva americana” com o “intruso tenista”. Uma cena que é um bailado de palavras e de corpos de cortar o fôlego. Uma outra, de que poucos falam: O primeiro jantar a quatro (fundamental para o evoluir da paixão...) que é magistralmente filmado em fogo cerrado de campo contra campo – o cinema tal e qual como deveria ser. Outra: a ultima cena do filme. Aquele olhar sobre o Tamisa quando a esposa lhe diz ter a certeza que o próximo filho do casal será uma menina. O peso do remorso como sanção moral..., quantas vezes mais eficaz que a sanção penal. Quantas?
Numa palavra. Match Point é uma obra-prima.

PSL

1 de Fevereiro de 1908

Por D. Manuel II, Rei de Portugal (link).

PSL

A não perder

Já tem uns dias, eu sei..., mas é impossível acompanhar na hora o frenético ritmo da blogosfera.
Os beduinos e os camelos, um post (link) de Joana a não perder no Semiramis.

PSL

...mais um debate colérico na forja.

Duas mulheres, Teresa e Lena, vão tentar casar-se hoje, às 14h30, na 7.ª Conservatória do Registo Civil, em Lisboa.

Foi você que pediu mais um referendo?

PSL

Apeteceu-me

Porquê, não posso?

Está frio e enfim…, vou-me deitar.

E o que é que vocês têm a ver com isso?
É, não é?

Começo a temer pela minha sanidade.
Só agora?
Estranho!

PSL