Uma arreliadora equação composta de inúmeras variáveis como uma suave mas irritante gripe, exames nem sempre estimulantes e outras coisas do demo que não vêm ao caso, levaram-me a estar mais de quinze dias longe do ventre materno, que à falta de melhor, é o que vem à cabeça sempre que entro no oceano.
Até esta gloriosa manhã de segunda-feira.
As condições nem eram as melhores. Meio metrão por vezes mole, uma ou outra onda com algum potencial e a ferrugem do costume, a limitar o já de si limitado não teriam feito a diferença se o habitual cenário não estivesse mascarado.
De repente vejo-me a fazer papel de figurante acidental num plateu de areia, num estúdio com paredes de água.
Confesso.
Finalmente confesso. Escândalo!
Das poucas vezes que me é permitido não resisto a um espreitar voyeur aos Morangos Com Açúcar. No meu tempo não era assim e acho piada à ligeireza da coisa. Sim, claro, alguma miúdas também são mais que giras.
Mas o mais giro de tudo foi esta manhã submersa em que partilhei o line-up com um dos protagonistas que por acaso também gosta de deslizar naquelas paredes da cor do céu.
Sorte essa de quem trabalha no mar. De quem trabalha na areia ao sol. De quem tem um caterig virado para o Atlântico e um camarim pintado com o azul do céu.
Sorte a nossa de termos manhãs como a de hoje. A de quem sabe explorar o que de bom tem a vida para nos dar. De borla.
Foto de Miluxa
PSL
2 comentários:
Eu não acho que tenhas mau feitio... ;)
Bjs
Eu iria para onde quer que o mar me levasse... mas não tenho coragem!
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