...e depois esta coisa dos cartoons já dá para umas piadas valentes em locais onde reina um salubre bom ambiente.
Vejam só!
Ainda há pouco, há pouquinho…, escutei - salvo seja - esta conversa ente dois colegas de faculdade.
Dizia um: "Nem penses pá…, eu decido como o gajo decide. Se ele diz que aquilo é crime de abandono eu não vou contra ele. Afinal não sou eu o doutorado. É ele".
Ao que o outro logo retorquiu: "Alto lá! O gajo é doutorado e é o regente da cadeira, mas eu penso pela minha cabeça e mais nada. Ainda me resta alguma autonomia…".
O primeiro não se ficou, e a usual cobardia deu de si: "Lá estás tu pá!. O curso vai acabar e tu não mudas nem um bocadinho".
"Porque pá? Por acaso tenho me saído mal?", questionou o segundo.
Mas o ufano cobardolas não se ficou: "Deves, deves! Deves querer cá vir em Setembro".
O nosso valente encheu o peito e soltou sonoramente: "Olha lá pá! Mas pensas que esse Professor se julga quem? Algum Maomé que não pode ser desenhado com um turbante-bomba…, ou quê?"
Entretanto deixei de os ouvir. Ainda assim vi que o primeiro ria. Mas cá para nós que ninguém nos lê o medo tolhia-lhe a audácia. Para ele o tal crime será hoje e sempre de abandono apesar - pelo que me apercebi - de o agente ter revelado dolo de lesão e não de perigo...
E para o "fraco da historia" assim é e será porque o tal doutorado diz que é…, apesar deste - pelo que também me apercebi da conversa - não pensar de si ser o tal Maomé.
A ideia com que fiquei de todo este inusual episódio é que afinal…, um qualquer "Maomé que não pode ser desenhado com um turbante-bomba", acontece na vida de cada um quando este um quiser.
PSL
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