terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Pequenos crimes entre colegas

...e depois esta coisa dos cartoons já dá para umas piadas valentes em locais onde reina um salubre bom ambiente.
Vejam só!
Ainda há pouco, há pouquinho…, escutei - salvo seja - esta conversa ente dois colegas de faculdade.

Dizia um: "Nem penses pá…, eu decido como o gajo decide. Se ele diz que aquilo é crime de abandono eu não vou contra ele. Afinal não sou eu o doutorado. É ele".
Ao que o outro logo retorquiu: "Alto lá! O gajo é doutorado e é o regente da cadeira, mas eu penso pela minha cabeça e mais nada. Ainda me resta alguma autonomia…".
O primeiro não se ficou, e a usual cobardia deu de si: "Lá estás tu pá!. O curso vai acabar e tu não mudas nem um bocadinho".
"Porque pá? Por acaso tenho me saído mal?", questionou o segundo.
Mas o ufano cobardolas não se ficou: "Deves, deves! Deves querer cá vir em Setembro".
O nosso valente encheu o peito e soltou sonoramente: "Olha lá pá! Mas pensas que esse Professor se julga quem? Algum Maomé que não pode ser desenhado com um turbante-bomba…, ou quê?"

Entretanto deixei de os ouvir. Ainda assim vi que o primeiro ria. Mas cá para nós que ninguém nos lê o medo tolhia-lhe a audácia. Para ele o tal crime será hoje e sempre de abandono apesar - pelo que me apercebi - de o agente ter revelado dolo de lesão e não de perigo...
E para o "fraco da historia" assim é e será porque o tal doutorado diz que é…, apesar deste - pelo que também me apercebi da conversa - não pensar de si ser o tal Maomé.
A ideia com que fiquei de todo este inusual episódio é que afinal…, um qualquer "Maomé que não pode ser desenhado com um turbante-bomba", acontece na vida de cada um quando este um quiser.

PSL

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