quinta-feira, 28 de junho de 2012

Este blogue acaba aqui…

Confesso. Sempre quis escrever um post assim intitulado. Mas ainda não é hoje que escrevo…, este é só a reinar. 

Pedimos desculpa pelo ar vagamente decrepito que este blogue apresenta mas a vida é mesmo assim. Os meus camaradas lá andam na deles e eu na minha. Trabalhei todo o santo fim-de-semana passado e quando assim é o médico diz que devo ficar uma semana deitado. Ora nas ondas do mar, ora na areia da praia. E eu não gosto nada de contrariar o Senhor Doutor. 

Depois…, vou viajar. Depois não, muito em breve. E já se sabe como é nestas ocasiões. Há mais vida para lá da Rede em geral e da Blogos em particular – cheira-me que o ar decrepito que por aqui paira deixará de ser apenas vago… 

Todavia não queria acabar os “intas” sem escrever mais qualquer coisinha…, e não foram poucas, nada poucas, as palavras escritas e ditas ao longo desta longa mas fulminante década. Já lá vai, esta e outras - décadas. 

Por isso mesmo urge (cada vez mais) a prática da escrita livre e critica – nem sempre apreciada, é certo. A tal que pode ser (é!) a arte da política da vida – passados estes anos todos continua a achar que é uma frase enorme, Nuno; estavas inspirado… 

Tudo isto para dizer nada. Ou não. Os blogues são mesmo assim, não sabiam? 

Bem…, vou andando que se faz tarde. Venham mais quarenta, com saúde. Depois, basta!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Salva-nos Tony Soprano

Era este o aspecto, ontem, de uma das ruas próximas do Saldanha, no centro de Lisboa. Para meu espanto (deve ser só meu pois não vejo muito mais gente preocupada com a realidade) hoje algumas montanhas de merda tipo a da imagem estão maiores. O lixo acumula-se um pouco por todo o lado. Cheira a podre – ou será a Poder. Um odor nauseabundo que nos faz mudar de passeio. Só que neste passeio para onde mudámos o cenário é idêntico. Ou pior.

Não me interessa se a culpa é dos Sindicatos, da troika ou do raio que os parta a todos. Minha não é de certeza que não votei nem no Dr. Costa nem no Dr. Sá Fernandes. A responsabilidade é deles, os dois. Pelo estado lamentável em que se encontram as ruas da nossa querida cidade. Deles mas não só. Vossa também, daqueles em que neles votaram.


De repente…, parece que apenas um Tony Soprano qualquer nos poderá salvar – não me peçam para explicar como.

Que porcos. Uma vergonha!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Arraial Pride?



Parece mas não é; é apenas um jogo de futebol…

A propósito…, andava eu a parabenizar por ai a equipa da fpf e o seu treinador quando as televisões começaram a falar nesta pequenez (link).

Não sou daqueles que saia a correr para comprar um cachecol da Checa…, mas confesso que fiquei com vontadinha…

Saber perder é bonito mas saber ganhar é lindo. Esta gente que pensa representar a Pátria e - tal como no tempo do Salazar – julga que a Pátria não se discute está duplamente enganada…, muito bem enganada.

Boa viagem…

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A lava da corrupção

Somos um país pobre de dinheiro e rico em capital humano. Mas por vezes esse capital extravasa os limites das leis penais. O último relatório do Transparency é assustador. Como nele se refere, a corrupção está a afectar cada vez mais os cidadãos comuns, no seu dia-a-dia, também em Portugal. Eu materializo: a corrupção está a destruir pessoas, famílias e empresas e, com a crise económica e social, está a expandir-se explosivamente. Não estar alinhado com ela ou lutar contra ela, ou falar dela sequer, constituem posições de risco, se não mesmo de grande sacrifício pessoal e profissional. As pessoas não querem perder o cargo, o emprego, a sua imagem de (bem)sucedido profissionalmente perante si, sua família, seus amigos. As pessoas são obrigadas a escolher entre enterrar o seu capital humano, a sua criatividade, a sua liberdade, a sua esperança numa vida melhor e o de servir as espumas do quotidiano controladas por elites unicamente focadas na manutenção e aumento do seu poder. E aqui o combate é ganho por aqueles que contam com a resignação, a indolência, a descrença, a alienação dos que votam, opinam e trabalham, mas que, felizmente, não têm tempo, saber, poder ou determinação suficientes para melhor mudar! Os corruptos contam com isso e contam também em participar no próprio processo de combate à corrupção para não desmentir a célebre frase de Tancredi, Princípe de Falconeri em O Leopardo.

Cada português tem que tomar consciência e responsabilizar-se pelas decisões e cedências que toma, por acção e por omissão, nos apoios e críticas que faz nos seus espaços de (com)vivência e intervenção (sufrágio, redes sociais, activismo cívico, etc). Se não o quer fazer activamente, no mínimo, deve ajudar quem procura combater este vulcão criminoso. A corrupção é como a massa do vulcão: pressiona o substrato como manto, transforma-se em magma depois de o quebrar e rompe a crosta em lava. E durante todo o processo consome a estrutura e os recursos do vulcão. Ela está e estará portanto sempre presente na nossa sociedade, pressionando, queimando, irrompendo, em indivíduos, famílias, empresas, e demais organizações e instituições; numa palavra, consome o que somos e o que podemos ser. A corrupção empobrece-nos e submerge-nos numa batalha individual e comunitária dura e latente. A lava não se expurga: ou se previne ou nos destrói.

SAL - Surf At Lisbon Film Fest (III)

“A Depper Shade of Blue”, *****

Não poupemos nas palavras: a abertura do primeiro Festival de Cinema em Lisboa foi inesquecível. Inesquecível? Por onde começo e onde acabo para justificar isto?

Vou tentar ser breve. Inesquecível porque estamos no São Jorge com a presença de Jack Mccoy, realizador do filme que abriu o Festival e lenda viva dos filmes de surf. Inesquecível porque este homem chorava com a salva de palmas que recebeu antes e depois da exibição desta sua obra-prima, não se cansando de elogiar aquela, nossa, lindíssima Sala.

Inesquecível porque o filme de Mccoy conduz-nos por uma viagem desconstruída pela historia dos desportos de ondas…, guiados pelas pranchas, pelos filmes, pelos homens, pelas mulheres que escreveram e escrevem paginas de gloria salgada.

Inesquecível – não sei se já disse que a Sala, principal, do São Jorge estava à pinha – porque todas aquelas almas, sedentas de Cultura de Oceano, vibraram em uníssono e intensamente com qualquer umas das frames que fizeram a noite de ontem…, um espectáculo catártico que poucos, ou nenhuns mesmo, tinham presenciado numa sala de cinema.

Chega? Talvez não. É apenas o que sei dizer de uma noite inesquecível.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

“Não há nenhum deus que aguente aquilo”

O Euro não mora aqui, por razões várias. A principal: depois dos bigodes e dos Saltillos de 84 e 86, depois da Geração de Ouro de tantos Torneios, depois da era Scolari…, esta é a selecção nacional mais antipática que conheci na minha vida.

O cheiro a azeite de Ronaldo, a bestialidade de Bruno Alves. A má disposição endémica de Paulo Bento, meu ex-colega de escola e de jogatanas no seu pátio (oopppsss, acho que nunca tinha dito isto aqui). É tudo muito fraco.

Isso não me impede de ir acompanhando a Prova como posso – esta frase diz tudo, de facto, desta vez o campeonato Europeu não é prioritário.

Mas nem tudo é mau. Há mesmo coisinhas excelentes. Algumas delas são os deliciosos textos diários de Rui Miguel Tovar no jornal i. Hoje o tema é Del Bosque, o magnifico técnico espanhol, e termina assim: Antes impunha-se, agora convence-se. Tive treinadores no Real Madrid que me diziam o que comer, que é uma tarefa do médico. Temos de ser pragmáticos e centrar-nos no essencial em vez de nos desgastarmos com assuntos menores. Um dos treinadores que tive obrigava-nos a estar uma hora em silêncio antes do jogo para conseguirmos a concentração necessária. Agora... bem, agora, vocês deviam ver o balneário uma hora antes do jogo. Põem uma música rasca que não há deus que aguente, mas serve para activar e unir o grupo.

Para ler aqui (link) na integra.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A Noite Mais Longa



Ao contrário do que “eles” dizem, a noite mais longa não é a do Solstício de Inverno, por vezes confundido com a noite de 24 Dezembro. A Noite Mais Longa é hoje e deve ser celebrada.

E celebrar a Noite Mais Longa é cumprir os desígnios do Altíssimo sabiamente revelados por Sua Iminência (parva) D. Januário Torgal (o “D.” é de demente). “Sair à rua”, fazer “a democracia”.

Seja feita a Vossa vontade assim na Terra como no Céu. Saiamos hoje todos à rua para Proclamar Lisboa, Republica Popular e Democrática da Copofonia.

SAL - Surf At Lisbon Film Fest (II)

Confesso que fiquei algo desiludido com o Programa do SAL – Surf At Lisbon Film Fest, mas confesso também que admito que o problema seja meu e não do festival. A minha espectativa não era a de estarmos perante mais um festival de cinema (temático) em Lisboa, mas sim perante uma boa ocasião para (também) ver em Sala alguns filmes que marcaram e marcam indelevelmente a cultura do deslize no Oceano.

Ok…, esperemos que esta primeira edição seja um sucesso e que outras se sigam com mais dias, mais filmes e outras secções que não apenas a “Selecção Oficial”.

Um pouco perdido no programa valeu-me a ajuda do Diogo Alpendre (link). O Diogo recomendou-me alguns filmes, entre eles, este “Come hell or high water” cujo trailer é simplesmente delicioso. Para ver sexta-feira, dia 15, no São Jorge pelas 22h45.

 […para quem gosta de ukuleles e pura diversão fica mais uma sugestão: logo após esta sessão tocam na Sala 2 do icónico cinema alfacinha os magníficos Voodoo Marmalade; ver para crer!]

 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Estou chocado

Afinal o senhor do barrete esquisito que está imediatamente abaixo deste post e nunca nada fez na vida mama (perdoem o meu francês…) “uma pensão de 3687 euros e um suplemento de condição militar de 737, totalizando 4424 euros por mês” (link).

É caso para dizer: estou chocado. Mais…, fiquei “com vontade de pedir ao povo para sair à rua para fazer a democracia”.

Guilhotina já para imbecis deste calibre!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Este caiu no cálice do vinho…


…ou terá mergulhado num casco de carvalho, do bom?


Ouvir radio pode ser uma actividade perigosa, não façam isto em casa (ou noutro local qualquer), pelo menos sozinhos. Há pouco ouvi esta bestialidade (link) na TSF e…, “estou chocado”. Um pobre de cristo qualquer que nunca nada terá feito na vida…, que vive às custas da ignorância popular disse “ter ficado com vontade de pedir ao povo para sair à rua para fazer a democracia”. Eu também.

Eu também fiquei com vontade de fazer “a democracia” depois de ouvir este papagaio, perdão, Januário. Mas democracia à moda da Revolução Francesa revista e aumentada. Fiquei com vontade de ir para a rua, enforcar o último padre nas tripas do último _________ (preencher a gosto).

Ide cavar, malandro; Amen!

n músicas cxxix

sábado, 2 de junho de 2012

Lá vem o verão…

Grande música, enormes cenários, ricas figurantes, historinha linda, parvoíce qb, montagem perfeita. Magnifico filme. A publicidade devia ser toda assim…

sexta-feira, 1 de junho de 2012

cronos xxxv

O que me agradava nos Live (1988), banda novaiorquina, era a capacidade que eles tinham de fazer variações musicais e vocais dentro da mesma canção. Se repararem ou lembrarem, as canções dão uma sensação de que podíamos fazer duas ou mais músicas com o mesmo som, algo que sempre me fascinou na música, seja qual for o estilo. Talvez porque goste de músicas imprevisíveis ou não lineares.