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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ainda sobre a ganância...

  1. «O presidente da Autoridade da Concorrência, Manuel Sebastião, disse hoje que o relatório aprofundado ao mercado dos combustíveis e à falta de concorrência estará concluído apenas em Março do próximo ano. O desfasamento entre os preços internacionais e a sua repercussão no retalho nacional encurtou para um mês, segundo o regulador» (mais aqui).
  2. A Galp «justifica subida de um cêntimo na gasolina e no gasóleo com aumentos registados na semana passada na cotação do barril de petróleo» (mais aqui).

via "O Carvalhadas"

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desconfiar da Galp é blasfémia?

Para alguns é, pelo menos é o que parece. No Blasfémias, um dos melhores blogues portugueses, que eu prezo pela honestidade intelectual (pese embora não concorde com o fundamentalismo de mercado que lhes tolda a visão de vez em quando), faz-se a defesa da Galp e restantes pertolíferas como se a própria noção de liberalismo económico disso dependesse.
O João Miranda elucida urbi et orbe com as suas dicas que:

1. A sensação de que a GALP está a enganar os portugueses não prova nada, excepto paranóia e incapacidade de aceitar a realidade. (Acusar aqueles que pensam de diferente modo de paranóia e incapacidade de aceitar a realidade é um mau princípio, até porque pode ser usado em sentido contrário: a sensação de que a GALP não está a enganar os portugueses não prova nada, execepto...)
2. As contas devem ser feitas na mesma moeda. Nada de comparar variações de preços em euros com variações de preços em dólares. (Certo. Só que, quando o petróleo subia em dólares por causa da desvalorização dessa moeda face ao euro, o mesmo raciocínio era desvalorizado...)
3. O preço da gasolina à saída da refinaria segue o preço da gasolina nos mercados internacionais e não o preço do petróleo. (Ah... agora é assim? Ou essa é a regra que se aplica quando o preço do petróleo desce? É que a subida do preço do ptróleo sempre foi a única justificação para a subida dos preços... até agora. Basta ver os comunicados de aumento de preço dos combustíveis.
4. É necessário corrigir o desfasamento entre os preços ao consumidor e o preço de referência internacional. Claro. correcção rápida quando o pertóleo (ou a referência internacional) sobe, e lenta ou inexistente quando desce
5. O tempo de desfasamento pode ter mudado ao longo do tempo. idem
6. O IVA baixou em Julho. E mesmo assim... essa descida foi absorvida pela margem de comercialização
7. O preço da gasolina ao consumidor tem duas componentes fixas: o ISP e a margem de comercialização. Por causa destas componentes fixas a variação do preço da gasolina é menor que a do preço do petróleo. A variação do preço da gasolina nos mercados internacionais tem que ser igual à variação da componente variável do preço da gasolina ao consumidor. Por que razão as componentes fixas do preço final introduzem distorção neste face ao preço da matéria prima e da refinada? Ora essa...
8. Os preços têm componentes aleatórias. Comparar o preço da semana passada com o preço de uma semana há seis meses pode levar a conclusões erróneas. Sim, se por componentes aleatórias entendermos a ganância. Sim, a ganância é um elemento económico de peso. Que o digam os accionistas e trabalhadores da Lehman Brothers e restantes companhias falidas ou nacionalizadas...
9. Não há solução para o preconceito. Quem acredita que a GALP está a enganar os consumidores, vai concluir que a GALP está a enganar os portugueses. Por mais contas que faça … O inverso também é verdade meu caro, o inverso também é verdade...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Carro a água

Um carro movido a água? Só a água? Parece bom demais para ser verdade, mas a acreditar na Genepax, esta empresa japonesa terá desenvolvido um motor que consegue consumir apenas 1 litro de água por cada 80 km percorridos...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dúvida inocente

Se a Galp vende combustíveis tendo em conta, não o preço de aquisição da matéria prima que refinou (custo de compra), mas o preço que a matéria prima atinge no momento em que vende os combustíveis (custo de reposição)*, será que quando o preço da matéria prima baixar nos mercados internacionais, esta empresa italo-angolana manterá o mesmo critério na formação dos preços dos combustíveis?...

* O que justifica do lado da empresa a subida dos preços dos combustíveis paralelamente à subida do preço da matéria prima.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ganhou o monstro

Concorrência: não há concertação de preços nem abuso da posição dominante nos combustíveis
1- Alguém com dois dedos de testa acredita nisto?
2- O estudo parece justificar "cientificamente" a subsistência do monopólio da refinação...
3- Será interessante acompanhar o futuro dos subscritores do estudo e dos dirigentes da AdC.
4- É mais fácil actuar contra pescadores e feirantes que contra os vendilhões do regime...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Condicionamento industrial

Os mesmos que defendem a supremacia do mercado sobre o Estado, pediram ao mesmo Estado que combata o mercado.
Passo a explicar: parece que, confrontados com o aumento dos combustíveis refinados pela Galp, há agentes do mercado (gasolineiras) que começaram a ir comprar combustível no estrangeiro e vendê-lo em Portugal, a preços mais baixos.
As mesmas petrolíferas que, no estrangeiro, venderam os combustíveis às gasolineiras portuguesas (ou será que um posto de combustível espanhol venderá um camião cisterna de gasolina?...), vêm queixar-se de contrabando, ganhando assim duas vezes:
A primeira, no estrangeiro, quando vendem o combustível à gasolineira portuguesa;
A segunda, em Portugal, quando em resultado do previsível confisco do combustível, venderem o combustível oficial às gasolineiras...
Por fim, parece-me estranho que seja dada prioridade a este assunto, justamente porque os denunciantes beneficiam com a transacção ilegal, mas pronto, manda quem pode...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Os lucros da Galp

Diz o João Miranda, do Blasfémias:

Método socialista de lidar com os “lucros escandalosos” da GALP: organizar um
protesto contra a GALP sofrendo prejuízos e causando-lhe prejuízos.
Método capitalista de lidar com os “lucros escandalosos” da GALP: comprar acções da GALP patilhando os lucros.

Julgo que a tese dele tem dois problemas:
1- Os lucros escandalosos da Galp resultam da inoperância do mercado, uma vez que os liberais que o abriram (ao mercado), deixaram-na monopolista da refinação e dominante na distribuição. Por isso é que é mentira que a Galp seja “tomadora” de preço dos combustíveis. É-o “apenas” quanto à matéria prima.
2- Para comprar acções da Galp é preciso dinheiro. O problema é que o rendimento disponível das famílias, após as despesas essenciais, é cada vez menor: não se pode poupar nem investir o que não se tem.

domingo, 25 de maio de 2008

Ferreira de Oliveira

Este é o homem que apenas não é o mais odiado do país, porque vai conseguindo manter-se na sombra na maior parte do tempo.
É quem diz que não sabia do aumento de combustíveis na Quinta-Feira ("erro técnico"...), mas que os aumentou no Sábado seguinte (se fosse verdade demitir-se-ia imediatamente).
É quem pretende fazer-nos crer que o elevado preço dos combustíveis em Portugal resulta dos impostos, e não da especulação da própria Galp.
É quem nunca diz que a Galp é responsável por 10 a 20 por cento do preço líquido em virtude de ser a monopolista da refinação em Portugal.
Aqui deixo a pergunta: o que queremos que a Galp seja? Uma empresa privada que, dominada por capital estrangeiro, tem tiques autoritários e monopolistas, dominando a refinação e a distribuição?
Ou apenas uma empresa privada de distribuição, com o capital estrangeiro que quiser, separada da refinação (que deve ser puramente pública) em suma, um "player" como outro qualquer?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Refinarias públicas

Se as refinarias portuguesas voltassem às mãos do Estado seria possível baixar os preços dos combustíveis?
É que, monopólio por monopólio... se a Galp fosse apenas um dos agentes do mercado, o Ferreira de Oliveira escusava de andar a mentir-nos a todos (foi engano, diz ele...), com a mesma cara que nos diz que o petróleo venezuelano negociado pelo Estado terá o preço que o mercado (i.e. Ferreira de Oliveira e sus muchachos) decidir...