Os mesmos que defendem a supremacia do mercado sobre o Estado, pediram ao mesmo Estado que combata o mercado.
Passo a explicar: parece que, confrontados com o aumento dos combustíveis refinados pela Galp, há agentes do mercado (gasolineiras) que começaram a ir comprar combustível no estrangeiro e vendê-lo em Portugal, a preços mais baixos.
As mesmas petrolíferas que, no estrangeiro, venderam os combustíveis às gasolineiras portuguesas (ou será que um posto de combustível espanhol venderá um camião cisterna de gasolina?...), vêm queixar-se de contrabando, ganhando assim duas vezes:
A primeira, no estrangeiro, quando vendem o combustível à gasolineira portuguesa;
A segunda, em Portugal, quando em resultado do previsível confisco do combustível, venderem o combustível oficial às gasolineiras...
Por fim, parece-me estranho que seja dada prioridade a este assunto, justamente porque os denunciantes beneficiam com a transacção ilegal, mas pronto, manda quem pode...
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