sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desconfiar da Galp é blasfémia?

Para alguns é, pelo menos é o que parece. No Blasfémias, um dos melhores blogues portugueses, que eu prezo pela honestidade intelectual (pese embora não concorde com o fundamentalismo de mercado que lhes tolda a visão de vez em quando), faz-se a defesa da Galp e restantes pertolíferas como se a própria noção de liberalismo económico disso dependesse.
O João Miranda elucida urbi et orbe com as suas dicas que:

1. A sensação de que a GALP está a enganar os portugueses não prova nada, excepto paranóia e incapacidade de aceitar a realidade. (Acusar aqueles que pensam de diferente modo de paranóia e incapacidade de aceitar a realidade é um mau princípio, até porque pode ser usado em sentido contrário: a sensação de que a GALP não está a enganar os portugueses não prova nada, execepto...)
2. As contas devem ser feitas na mesma moeda. Nada de comparar variações de preços em euros com variações de preços em dólares. (Certo. Só que, quando o petróleo subia em dólares por causa da desvalorização dessa moeda face ao euro, o mesmo raciocínio era desvalorizado...)
3. O preço da gasolina à saída da refinaria segue o preço da gasolina nos mercados internacionais e não o preço do petróleo. (Ah... agora é assim? Ou essa é a regra que se aplica quando o preço do petróleo desce? É que a subida do preço do ptróleo sempre foi a única justificação para a subida dos preços... até agora. Basta ver os comunicados de aumento de preço dos combustíveis.
4. É necessário corrigir o desfasamento entre os preços ao consumidor e o preço de referência internacional. Claro. correcção rápida quando o pertóleo (ou a referência internacional) sobe, e lenta ou inexistente quando desce
5. O tempo de desfasamento pode ter mudado ao longo do tempo. idem
6. O IVA baixou em Julho. E mesmo assim... essa descida foi absorvida pela margem de comercialização
7. O preço da gasolina ao consumidor tem duas componentes fixas: o ISP e a margem de comercialização. Por causa destas componentes fixas a variação do preço da gasolina é menor que a do preço do petróleo. A variação do preço da gasolina nos mercados internacionais tem que ser igual à variação da componente variável do preço da gasolina ao consumidor. Por que razão as componentes fixas do preço final introduzem distorção neste face ao preço da matéria prima e da refinada? Ora essa...
8. Os preços têm componentes aleatórias. Comparar o preço da semana passada com o preço de uma semana há seis meses pode levar a conclusões erróneas. Sim, se por componentes aleatórias entendermos a ganância. Sim, a ganância é um elemento económico de peso. Que o digam os accionistas e trabalhadores da Lehman Brothers e restantes companhias falidas ou nacionalizadas...
9. Não há solução para o preconceito. Quem acredita que a GALP está a enganar os consumidores, vai concluir que a GALP está a enganar os portugueses. Por mais contas que faça … O inverso também é verdade meu caro, o inverso também é verdade...

2 comentários:

Nylda disse...

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Orlando Braga disse...

"Um dos melhores blogues portugueses ??!!!

Um bom blogue não está vendido nem comprado!