Ontem, ao fim da tarde, víamos e ouvíamos Luís Filipe Menezes dizer que hoje o PSD votaria contra a moção de censura ao governo proposta pelo Bloco. Mais tarde, ao início da noite, víamos e ouvíamos Pedro Santana Lopes na SIC Noticias dizer que hoje o PSD se absteria na moção de censura ao governo.
O episódio passou quase despercebido e vale o que quisermos. Eu acho que vale bastante, sendo ilustrativo do desconchavo que reina hoje no maior partido da oposição. Uma moção de censura, ainda que pateticamente proposta pelos trapezistas-voadores do costume, é um momento grave, solene e deve ser tratado com o respeito que a Casa da Democracia merece. Ao ziguezaguear (desconfio que o Pedro Correia também não gosta desta palavra) em torno do sentido de voto, consoante a cabeça da hidra (em que se tornou este novo PSD) que decide, para alem de revelar fraqueza politica, faz-nos avivar a memória das trapalhadas que marcaram um governo recente.
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