A condenação de Saddam Hussein, em primeira instância, à pena de morte por enforcamento é repugnante. Seja de Saddam ou de outro Hitler ou Estaline. A pena de morte, já aqui escrevi em três posts - As Pessoas, Os Números, As Razões - os porquês do meu Não à pena de morte, pelo menos, enquanto não formos liderados por máquinas destruidoras inteligentes. Por isso, não vou repetir-me. Apenas cito aqui, em apud, Rosa Mantero, hoje no El Pais: «Al ejecutar a los asesinos, al comernos a los caníbales, como diría Borges, nos acercamos peligrosamente a ellos.»
Contando com o prazo de recurso, inevitável, de 20 dias, acrescido do período de trinta dias dentro do qual, obrigatoriamente, terá de emanar-se a decisão final, falta aproximadamente mês e meio (quem sabe se não é a 31 de Dezembro, na festa do fim-de-ano) para assistirmos a um enforcamento em directo.
Vejamos como se reportarão estes factos previsíveis e decorrerão as respectivas reacções. Por enquanto, tudo é um quebra-cabeças (jogo de paciência que consiste na resolução de um enigma). Aguardemos para saber de quantas cabeças ele se faz.
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