Pedro Adão e Silva, no Canhoto escreveu:
"
Na Única do Expresso, uma curiosa reportagem faz o elogio do ensino recorrente no São João de Brito. A peça é um exemplo curioso e divertido do modo como, entre nós, a sociedade civil, ao mesmo tempo que se vangloria da sua capacidade para fazer o que o Estado não faz, tem reduzida autonomia e é dependente deste. Este processo tem, aliás, consequências nefastas: enquanto deslegitima a capacidade estatal, reproduz a dependência e a fragilidade da sociedade civil. Reparem só na abertura do texto: “O São João de Brito, um dos mais bem cotados colégios do país, dá aulas gratuitas em regime nocturno aos mais carenciados. Um serviço que os cortes estatais podem agora pôr em causa”. Em que é que ficamos? Afinal as aulas são gratuitas e a actividade benemérita ou é o conjunto dos contribuintes que paga a actividade benemérita do São João de Brito?"
p.s.: A este post, reagiu uma pessoa da área da educação, qualificando Pedro Adão e Silva como um ignorante que arrota postas de pescada. Isto porque o que estaria em causa na reportagem do Expresso era um exemplo de contrato de associação entre o Estado e uma Escola Privada, através do qual esta, a expensas daquele, lecciona ensino recorrente.
Bem, lendo a citação do Expresso, não se percebe onde é que está a divergência entre o que diz o post e o respectivo comentário: o que é posto em causa é a aparência de gratuitidade genuína do comportamento do Colégio S. João de Brito, quando o mesmo tem uma natureza contratual com o Estado...
1 comentário:
Grande promiscuidade!
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