...porque a escrita livre e crítica pode ser a arte da política da vida.
Tenho a quase certeza de que, se a solução “Portela+1” não foi contemplada no estudo da CIP nem no período de reflexão concedido pelo Governo, tal se ficou a dever a um acordo entre a CIP e José Sócrates. E tenho a certeza de que essa solução, justamente porque sairia infinitamente mais barata, é a que menos interessa ao sector financeiro, às sociedades de advocacia de negócios e de influências e ao sector empresarial que está habituado a só fazer grandes negócios quando eles envolvem grandes obras públicas. (...) Estão em jogo os interesses dos grandes financiadores do “Bloco Central” – essa eterna tratação entre dinheiros públicos e interesses privados, que traz cativa, de há muito, a capacidade de desenvolvimento do país. Não percam tempo a tentar perceber se há mais “interesses” envolvidos na Ota ou em Alcochete: bilião a mais ou a menos, o que os interesses querem é um novo aeroporto, megalómano, de raiz e tão caro quanto possível.
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