Passando pelo Kontratempos, vejo que este blogue sanciona a ideia segundo a qual a derrota da regionalização no respectivo referendo foi uma derrota do Norte.
Pois é pá, enquanto no "Norte" continuarem a ver as coisas a preto e branco, e que o "Norte" tem um destino especial face ao resto do país, as regionalizações continuarão a ser derrotadas: é que - em primeiro lugar - não há "Norte", nem "Sul". Quando muito existe um "Oeste", informal, ganhando em dinamismo o que o "Norte" perde com lamúrias. Já viram algum alentejano dizer que é do "Sul"? Ou um algarvio? Ou um lisboeta? E mesmo em relação ao "Oeste", já viram alguém de Leiria, Torres Vedras, Fátima ou Pombal dizer que é do "Oeste"? Mais, já viram algum minhoto ou transmontano dizer que é do "Norte"?
É que - em segundo lugar - a ideia de "Norte" nasceu à boleia de construções do eixo futebol/autarquias/empreiteiros, centrada na cidade do Porto e como forma de combate a "Lisboa" (ignorando que a maioria dos políticos de "Lisboa" são do "Norte" e das Beiras...). Por isso é que um bracarense ou um brigantino só pode ser contra a regionalização que os Fernandos Gomes e Valentins Loureiros da vida pretendem: a criação de um "sub-estado" centralizado no Porto (ou em Gaia, dependendo da margem que ganhar a "guerra").
Por fim, parece-se continuar a confundir investimentos avultados feitos na zona de Lisboa com o interesse das próprias pessoas de Lisboa: quem ganharia com o aeroporto de Lisboa transferido para a Ota? Os lisboetas? Não me parece... Quem ganhou com a construção da Ponte Vasco da Gama ligando Moscavide ao Montijo? Os lisboetas? As pessoas que todos os dias atravessam a ponte 25 de Abril? Também não me parece...
1 comentário:
Meus caros amigos,
No sentido de perceberem um bocadinho melhor esta problemática da Regionalização, sugiro-lhes uma visita urgente ao
Regionalização
Cumprimentos
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