«Somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um filho da puta».
Conhecida a frase, será interessante conhecer os depoimentos dos bons colegas de Charrua. É que não só o homem não estava a falar sozinho, como o instrutor do processo apenas pôde estabelecer a existência de um ilícito disciplinar porque os bons colegas de Charrua concluiram que este se referia ao Primeiro Ministro e não, por exemplo, à primeira figura do Estado (e por conseguinte o chefe): o Presidente da República.
Assim, é verdade que o insulto a um superior hierárquico (como ao dono de uma empresa privada onde se trabalha) constitui um ilícito disciplinar.
Porém, será que o dever de respeito na Administração Pública se deve manter no nível do Primeiro Ministro? Aceito que o dever de respeito é evidente para com os responsáveis máximos dos diferentes organismos do Estado (por exemplo para com o Director-Geral, ou o Presidente do Instituto Público, mas manter esse dever para com o Primeiro Ministro parece-me um excesso orgânico inadmissível e uma herança pesada da velha "democracia orgânica"...
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