segunda-feira, 4 de junho de 2007

As bandeiras letãs

Confesso que uma vez deu-me para pensar queimar uma bandeira. Eu era ainda mais puto do que sou agora, e forças indonésias tinham acabado de perpretar o massacre do cemitério de Santa Cruz, em Dili. Mas depois pensei: "- espera lá, uma coisa é a Indonésia, outra coisa são os gajos que lá mandam". E pronto, lá me passou esse impulso imbecil.
Tem merecido algum destaque (felizmente que pouco) a situação de alguns portugueses e espanhóis que resolveram entreter-se ultrajando bandeiras letãs, em plena Letónia.
Ok, eu sei, a estupidez não é crime, mas os actos estúpidos podem sê-lo (v.g. o "tuga" que foi fumar charros para o Dubai...), mais a mais quando se está em território estrangeiro, mais a mais, logo após um conflito nacionalista entre a Letónia e a Rússia (por causa da estátua do soldado soviético desconhecido).
Mas o que mais me impressiona nisto tudo é a convicção (que aparenta ser sincera) de que nada fizeram de mal, que apenas se estavam a divertir quando foram interrompidos por uns polícias mal-humorados. Trata-se de pessoas que não têm o mínimo sentido de cidadania, de responsabilidade, e que acharam por bem divertir-se à conta de símbolos nacionais. É assustador: eles nem percebem o que de mal fizeram...

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