Já antes o tínhamos referido aqui no Arcádia: o trabalho precário em Portugal é muito elevado. Aqui conta-se os contratos a prazo, os falsos recibos verdes e o trabalho temporário, expedientes utilizados pelos empregadores para roubar aos portugueses as contribuições devidas à Segurança Social e para conseguir -artificialmente- melhores resultados da sua gestão.
Claro que há sempre quem diga que a precariedade é a única saída que os empresários têm para combater a rigidez legal. Só que, atingindo a precariedade quase dois milhões de trabalhadores portugueses, a rigidez transmuta-se em mito, e além do mais, é difícil aceitar essa justificação do crime social: não se trata propriamente de um Jean Valjean colectivo a roubar pão para a família faminta...
Por tudo isto, é uma boa notícia que o Governo se prepare para combater essas novas formas de servidão, e que a Assembleia da República discuta o assunto.
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