No mesmo ano em que a Inglaterra consegue - ao mesmo tempo - não estar presente no Campeonato Europeu de Nações e ter três equipas nas meias-finais da Liga dos Campeões, parece que já se está a reflectir sobre o estado do futebol europeu.
É hoje inegável que o futebol produz muito mais receitas que antes do Acórdão Bosman, que permitiu a livre circulação de jogadores no espaço europeu.
Porém, é também inegável que cada vez mais o patamar dos quartos-de-final da Liga dos Campões é reservado a uma dúzia de equipas.
É também inegável que mesmo nesse grupo, apenas uma mão cheia de equipas garante para si própria cada vez maior percentagem dos rendimentos.
O resultado: o definhamento dos campeonatos nacionais extra Inglaterra, Espanha e Itália.
Que fazer?
Impôr tectos salariais? Estes podem ser contornados com "contratos publicitários"...
Limites mínimos de jogadores susceptíveis de jogar nas selecções nacionais? Lá voltariam os casamentos à pressa...
O que fazer?
2 comentários:
Senhoras e senhores, meninos e meninas, tenho o real prazer de vos apresentar NSS o protótipo do novo cruzado anti-liberal. Agora a sério, malta. Este nosso escriba anda doente. Deu-lhe uma febre qualquer que alguns chamam regulatorioide aguda. Este nosso homem quer regular tudo e mais alguma coisa. Ele quer intervir em todos os espaços. Ele quer barreiras, tectos, fronteiras, quotas, limites, directivas, regras, normas, leis…
Oh Nuno. Fui ver aleatoriamente. Desde a ultima vez que fomos à final dos campeões até à época 73/74. Foram nove equipas inglesas (apesar do embargo pós tragedia de Heysel), oito alemãs e cinco Italianas à final da Liga dos Campeões. Sessenta e cinco por cento das equipas que jogaram essa final. O resto do milho foi para os pardais. Para traz no tempo haverá mais espanholas e menos alemãs. No futuro também.
Sempre assim foi, sempre assim será, inventem o que inventarem.
Ninguém pára o mercado, ninguém pára o mercado, ninguém pára o mercado allez ohhhh….
Só que Pedro, o "mercado" deve ser protegido para que a concorrência seja mesmo livre.
E como é que se protege? Através de regras. Regras diferentes das que hoje vigoram e que, nos anos 90, serviram para afastar as equipas pequenas do "pote" do dinheiro...
Defendo a livre e real concorrência, não só no plano europeu, como também no plano português: A liga de honra, como existe, serve para filtrar os clubes, de modo a que apenas vão à 1.ª os clubes da AF Porto e pouco mais; o sistema de observação de árbitros, idem; a carreira dos árbitros (que já são filhos de árbitros e dirigentes!!!), idem...
Lá está: a sã concorrência deve ser defendida, nem que seja "à espadeirada", à maneira dos cruzados!!! ;-)
Ou então, qualquer dia tomamos a Bastilha!!! ;-)
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