No Country for Old Men - Este País não é para Velhos, ***
Então é isto que Hollywood considera o melhor filme do ano?!
Sem me alongar muito, vi "Este País não é para Velhos" como um filme quase apalermado, a espaços aborrecido, desequilibrado, onde uma meia dúzia de planos bem imaginados e melhor executados (a que se junta uma interpretação prefeita de Tommy Lee Jones e outra quase lá de Javier Bardem) não apaga a banalidade da violência e a saloiada da previsibilidade.
Os mais iludidos e imaginativos dizem ver ali Tarantino. Miopes: em Tarantino, seriamente, brinca-se a serio; os manos Coen limitam-se a seriamente tentar fazer uma coisa seria que resulta numa brincadeira que a espaços chega a roçar o patético.
O espantoso em tudo isto, é que a malta de hoje acha estas coisas muito giras e elevam filmes assim, que há um par de décadas não passariam de fitas de Serie B a passar em esconsos cinemas de bairro, a obras maiores do cinema.
2 comentários:
Olá,
gostei de sua opinião sobre o filme, mas gostaria de discordar em alguns pontos.
A tradução para "No Country for Old Men" seria "Sem País para Velhos Homens" ao pé da letra, o que muda completamente o contexto para "Este País Não é Para Velhos". Aliás, a adaptação brasileira para o título do filme se encaixa muito bem a ele.
Sobre a violência no filme, eu concordo que é excessiva, mesmo que tenha sido usada para ilustrar os planos "bem imaginados e melhor executados". Mas pelo seu ponto de vista apresentado no texto, o senhor não levou em conta a história em si.
Por trás dessa violência, tem uma história muito mais sútil, que é um pouco difícil de ser notada. Eu por exemplo, não entendi de primeira vista.
Então, penso se o senhor ao escrever esse artigo, tenha levado em conta a história do filme, ou se apenas comentou sobre seu lado visual.
Mas tenho que concordar que alguns enxergaram Tarantino lá foi horrível.
Obrigada,
até mais.
Oi, Pudim de Pinga.
Em primeiro lugar o senhor está no céu, tá?
Quanto à tradução do titulo do filme, ela não é da minha responsabilidade. É com esse nome que o filme está sendo exibido em Portugal.
Nesse seu comentário, que agradeço - ainda para mais vindo de tão longe - você toca num ponto essencial. Para mim cinema é, antes de mais e acima de tudo, arte plástica. Você tocou no ponto, eu vejo muito mais a imagem do que "leio" a historia, sendo nesse pressuposto que construo o meu texto. Mas não me esqueço da historia, não. E também ela, apesar de ter sido escrita originalmente por um autor aclamado, me parece vulgarmente desproporcionada.
Eu é que agradeço.
Volte sempre…
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