Um destes dias, lia por ai algures na blogosfera, uma história idêntica à que irei contar hoje. Queixava-se esse escriba que o que lhe tinha acontecido seria um bom retrato do estado a que chegou a educação em Portugal. Na altura achei o escrito algo inflacionado e inflamado, mas nada como as coisas nos acontecerem a nós mesmos.
Ontem, após o rally das prateleiras durante as compras do mês, no momento de pagar, a menina anafada da caixa pergunta-me com ar alienígena se seis vezes seis são trinta e seis. Meio embasbacado, respondi com um sorriso que não senhora, seis vezes seis serão pelo menos trezentos e setenta e quatro mil e noventa e três. Ao que recebi como resposta um ar de enfado e as palavras, “oh, é não é? é que esta minha máquina de calcular está meia-marada”; tal e qual.
Não sei se episódios como este são ilustrativos da qualidade da educação ou do grau de iliteracia de um povo. Mas quais as esperanças num futuro recheado de qualidade de vida que um jovem adulto pode ter se não sabe fazer a mais simples operação matemática? E sendo um país, entre outras coisas mais, o produto de um povo, qual o futuro para um Portugal assim tão…, ignorante, abrutalhado, embrutecido e adormecido?
2 comentários:
ehehe! Imagino a tua cara!
Eu cá só tenho problemas em fazer mentalmente (e no papel também, vá) contas de dividir com mais do que um divisor. :)
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