O João Miranda, do Blasfémias, apresenta uma solução interessante para o "Otagate":
«Seleccionava-se um local para o novo aeroporto que permitisse a expansão até 50 ou 60 milhões de passageiros, a construção seria faseada e por módulos e com uma primeira fase de construção de baixo investimento. Manter-se-ia a Portela operacional após 2017. Inaugurava-se a primeira fase do novo aeroporto no ano em que a Portela ficava saturada, e apenas para complementá-la. Via-se como o mercado reagia a cada um dos dois aeroportos, e se continuasse a preferir a Portela, mantinha-se esta e se não avançava com novas fases do novo aeroporto. Se por outro lado, o mercado desse sinais de que prefere o novo aeroporto iniciar-se-iam as fases seguintes da construção do novo aeroporto e desactivava-se a Portela progressivamente, por fases ao longo de várias décadas. (...)» (adaptado)
Só que, além das vantagens enumeradas no post, esta "Portela+1 v. 2.0", a verdade é que há muitos inconvenientes:
- Não se constrói logo a estação "aeroporto" do TGV, o que deve aborrecer muita gente;
- Não se constrói logo o aeroporto completo, o que deve aborrecer muita gente;
- Não se liberta a Portela para urbanizar, o que deve aborrecer muita gente, mais para mais, estando quase a abrir a estação do metropolitano "aeroporto",
- Não se constrói logo a "cidade aeroportuária" (já repararam no brilho nos olhos dos licenciados-em-engenharia-inscritos-na-ordem-dos-engenheiros cada vez que se fala nisso?), o que deve aborrecer muita gente;
- Não se encomendam todos os estudos técnicos destinados a exaurir de qualquer responsabilidade política o responsável político pela decisão de construir, o que deve aborrecer muita gente;
- O projecto carecerá de menos dinheiro inicialmente, o que aborrecerá muita gente.
1 comentário:
Boa Páscoa para todos.
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