Ganhou, para espanto e alegria de todos os atletas e público presente na Praia da Aguda, palco que substituíra a Praia Grande devido à melhor condição das ondas. É verdade que Kelly Slater chegou cinco minutos atrasado à prova, entrou sem fato, sem licra de competição, a correr. Mas tinha ainda quase 20 minutos e, afinal, era o "super-surfista", inquebrável, imparável, indestronável. Ruben tinha 19 anos mas não se inibiu: foi sólido, seguro, genial, conseguindo nessa eliminatória uma média de pontuação de ondas que figurou como uma das melhores do dia.
Normalmente sou muito crítico dos conteúdos da Pública, a revista dominical do Público. Mas ontem fui surpreendido por dois excelentes textos.
O primeiro - de onde retirei o excerto supra – é um pequeno perfil (escrito por Ana Dias Ferreira) de Ruben Gonzales, tri-campeão nacional de surf e atleta que "anda lá fora a lutar pela vida" com ambições ao ceptro europeu da modalidade. Raramente (nunca, talvez) li na impressa generalista um texto que captasse tão bem a magia e essência da alma surfista; com a curiosidade de eu ter estado lá. Naquele fim de tarde na Aguda (já lá vai quase uma década!!!) que ainda hoje marca a carreira do Ruben. O texto revela ainda outro aspecto importante: enfim, os amantes das ondas deixam de ser vistos como doidinhos, “anormaloides”, bandidos ou coisa pior; passando a ser aceites como a gente que melhor se dá com a vida.
Estive lá e estou lá. Nos “grups” - o tema do segundo texto que gostei ler. Ou melhor nos "grown-ups". Joana Amaral Cardoso captou na perfeição o que é isto de ser um adulto-jovem ou jovem-adulto. Leitura recomendável (link) para todas as idades. Para procurar entender (melhor) quem somos.
PSL
Sem comentários:
Enviar um comentário