terça-feira, 17 de abril de 2007

o princípio do fim

A melhor teoria de conspiração é aquela que diz que não há teorias de conspiração.
Portugal é um país em que as elites são predadoras dos recursos do país. Ridicularizam todos os que não fazem parte da Corte e utilizam o Estado para se proteger e para proteger os seus interesses.
É assim há muitos anos, e é por isso que, em regra, são as mesmas famílias a controlar há décadas os maiores grupos económicos, são as mesmas famílias que dominam a diplomacia, são os mesmos apelidos que se sucedem no Parlamento e nos Altos Cargos da Administração Pública.
Este Governo, por vezes atabalhoadamente, procurou combater as corporações. Cometeu muitos erros, persistiu na asneira, permitiu Pinhos e OPAs falhadas, quis a Ota.
Mas desde há muito tempo, pelo menos desde 1995, que não tinhamos um Governo a sério. Com um Primeiro Ministro a sério.
Guterres foi-se embora, quiçá com medo do pântano da Casa Pia que manchou o nome de diversos governantes socialistas. Aqueles que puxaram o pântano para perto de Guterres, trazem-no agora para junto de Sócrates.
Há quem queira que Sócrates se demita já. Há quem deixe as notícias sairem gota a gota, para amplificar os seus efeitos, principalmente pelo desgaste causado no visado. Por tudo isto, há o perigo de estarmos no princípio do fim de Sócrates. Um fim rápido. Demasiado rápido.
Mas lá está: a melhor teoria de conspiração é aquela que diz que não há teorias de conspiração.
actualização: a este propósito ver "italianização" no Blasfémias.

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