domingo, 22 de abril de 2007

Campo Contra Campo (LXXXI)

Poderá uma pessoa ser apelidada de cinéfilo se nunca frequentou um festival de cinema? Não faço ideia.
A única coisa que sei a este respeito é que sempre disse que Lisboa merecia ter um. Lisboa tem salas, tem dias e noites. Bom clima. E público. Lisboa tem público até para um festival internacional de cinema independente.
Razões muitas fizeram-me ignorar durante três anos o IndieLisboa. Finalmente à quarta edição pude saber o que é um festival de cinema. Confesso que foi com alguma emoção infantil que ontem comprei os meus primeiros bilhetes para um festival de cinema. E logo para uma sessão no São Jorge, uma sala (onde não ia seguramente há mais de uma década) que faz parte da minha infância e adolescência. Estava tudo a correr tão bem…

Day Night Day Night, **

Decidi oferecer-me uma estreia em grande. Logo assim, de repetente, directamente à cabeça que é como quem diz com um filme que luta na competição oficial.
A provar que a coisa absorve em pleno o espirito "independente" a sessão saiu prejudicada devido à copia em 35mm ter ficado retida na…, Macedonia. Ficámos por uma versão beta com um som medíocre.
Day Night Day Night é um filme escrito e realizado pela Americana Julia Loktev e tenta retractar uma jovem (de que nada saberemos, nem sequer o nome) que decide imolar-se em plena Times Square.
A tentativa (?) de dialogo com "O Paraíso Agora!" de Hany Abu-Assad falha. E falha, porque é mais do mesmo. Loktev tenta jogar com o absurdo iminente. Quem vai morrer? Quando? Porquê? Poderíamos ser nós uma das vitimas. Pois podíamos, já sabemos. Sabemos também que a próxima tragédia do género pode ser agora, amanhã ou depois. Matar é matar, não importa a raça ou credo do assassino. Também já nos tinham dito.
Day Night Day Night repete amanhã às 16h15 no mesmo local e vale pelo trabalho debutante e prometedor (perfeito!) de Luisa Williams. Ainda haveremos de ouvir falar dela.

Entretanto…
Vou continuar a "encher a barrigudinha" com o IndieLisboa. Hoje há excursões e OVNI´s, made in Portugal, para ver na competição curtas e outro filme da competição oficial. Nos próximos dias haverá muito, muito mais. Gostava de vos falar um pouco de cada filme que verei…, mas será difícil. O IndieLisboa dura até ao próximo domingo e ainda podem escolher entre uns cento e cinquenta filmes. Vão ao Indie, pois ele merece. Para casa, trazem uma historia para contar. Bons filmes

1 comentário:

Belinha Fernandes disse...

Os CTT estão a dar a oportunidade de desenharmos um selo para 2008.Papelustro,blogger figueirense, escolheu o tema O imaginário infantil porque...o melhor do mundo são as crianças.Para que a Bruxinha viaje nos envelopes de Portugal inteiro precisa do vosso VOTO!É fácil: cliquem no link, insiram o vosso email e depois confirmem o voto no email que vão receber na vossa caixa de correio!
Obrigada!

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