terça-feira, 20 de março de 2007

Parece não haver liberdade (II)

Mas há, Nuno. Mais tarde ou mais cedo adeus Costa da Caparica!
Quem frequenta amiúde aquelas praias (todas elas, a norte e a sul da vila) facilmente se apercebe da inevitabilidade que é o avanço do mar. Nada, rigorosamente nada, há a fazer. A não ser abandonar as terras que o mar agora reclama.
E coragem? E coragem político-administrativa para correr com gente, prédios, barracas, hotéis, e tudo o demais que se interpõem entre o mar e a terra?
Por agora o pior já passou até porque o mar intimidou-se com a visita de Marques Mendes ao local. Provavelmente nos meses mais próximos, este tipo de poderosas ondulações não beijaram a costa portuguesa. Conhecendo o pais como conhecemos sabemos que nada será feito durante a primavera e verão. É como a época de fogos, mas ao contrário. A época de fogos, essa coisa fascinante que só de ter nome já arrepia.
O espectáculo degradante voltará lá mais para Setembro. Como escreve Pedro Adão e Silva de trincheira em trincheira até à derrota final.

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