"Grandes Portugueses" foi um concurso do tipo "big-brother" (com "expulsões" e tudo), em que - desde o início - se percebeu que ganharia uma de três personagens históricas:
D. Afonso Henriques, António Salazar ou Álvaro Cunhal.
D. Afonso Henriques era uma escolha óbvia, por se tratar do fundador da nacionalidade, e uma das personagens históricas mais familiares para a população portuguesa.
António Salazar não deixava de ser uma possibilidade forte, uma vez que a difícil situação económica que se atravessa, juntamente com o desconhecimento da História recente e a aura de honestidade que o rodeia (por contraposição aos Pina Mouras da actualidade), são elementos que o favorecem.
Álvaro Cunhal também seria um forte candidato, uma vez que a máquina comunista funciona de forma inelutável, e não perderia esta oportunidade para incensar o seu guru.
Dito isto (e assumindo a surpresa de ver Aristides Sousa Mendes à frente de D. Afonso Henriques), sinto-me triste por Salazar ter ganho o concurso, mas alegre por Cunhal não o ter ganho.
É que, se Salazar foi um ditador, Cunhal quis ser um ditador!
D. Afonso Henriques, António Salazar ou Álvaro Cunhal.
D. Afonso Henriques era uma escolha óbvia, por se tratar do fundador da nacionalidade, e uma das personagens históricas mais familiares para a população portuguesa.
António Salazar não deixava de ser uma possibilidade forte, uma vez que a difícil situação económica que se atravessa, juntamente com o desconhecimento da História recente e a aura de honestidade que o rodeia (por contraposição aos Pina Mouras da actualidade), são elementos que o favorecem.
Álvaro Cunhal também seria um forte candidato, uma vez que a máquina comunista funciona de forma inelutável, e não perderia esta oportunidade para incensar o seu guru.
Dito isto (e assumindo a surpresa de ver Aristides Sousa Mendes à frente de D. Afonso Henriques), sinto-me triste por Salazar ter ganho o concurso, mas alegre por Cunhal não o ter ganho.
É que, se Salazar foi um ditador, Cunhal quis ser um ditador!
E se o Salazar do colaboracionismo com Hitler era anti-democrata, o Cunhal seguidor de Estaline também era um anti-democrata!
Por outro lado, senti uma imensa repulsa pelo discurso histérico e fanático de Odete Santos, que não perdeu qualquer oportunidade de canonizar Álvaro Cunhal (como por exemplo, quando Maria Elisa lhe perguntou qual o maior defeito de Cunhal, cuja resposta foi "a sua imensa modéstia"), e que assim que foi anunciado o vencedor, desatou a gritar "a defesa da ideologia fascista é crime". De facto (e de direito) a apologia do fascismo é crime, mas chegou a hora de nos questionarmos, por que razão não há-de o comunismo ser também declarado proscrito da convivência democrática? Ou alguém duvida que, se tivesse tido sucesso, Álvaro Cunhal não teria sido um ditador comunista?
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