quinta-feira, 15 de março de 2007

É como queijo numa ratoeira

Quantas centenas (milhares?) de funcionários públicos usam o seu período de trabalho para passearem na blogosfera e alimentarem os seus blogues?
A recente entrada de António Costa e José Magalhães (quanto a este, sublinhe-se não é novidade, uma vez que em tempos teve o seu blogue no moribundo sistema de blogues da Assembleia da República) na blogosfera, com o neófito blogue do MAI (link), deve ser analisada de diversos quadrantes. Como tal a análise do facto não se esgota nesta pequena nota.
O que à primeira vista podia ser registado como algo de positivo, ver o Governo aceitar a inevitabilidade da sociedade em rede e assumir o objectivo de nela participar, rapidamente se esfuma à primeira leitura.
O que é isto que José Magalhães escreve?
Com um secretário-geral do SISI diligente, informado, que todos os dias use os seus poderes para conjugar esforços entre entidades nacionais e internacionais, diminui-se esse risco de, um dia, ter de pedir ao PM que faça de Super-Homem e salve o País de algum horror iminente.
Parece do domínio do surreal, do fantástico ou do metafísico. Mas é de certeza demagogia feita à maneira.
Por agora e quanto ao resto, é recorrente ler e escutar que o problema de Portugal (também é) um problema de elites. Diz-se que recai sobre elas dar o exemplo, servir de farol, marcar o caminho, apontar o rumo. Como tal, funcionários públicos de todo o país: Blogai. Blogai com fartura. A menos que o governo venha defender que na função de governante, para alem de governar, cabe igualmente a tarefa de comentar e rebater os argumentos deixados pelos comentadores na comunicação social e restantes espaços comunicacionais; tarefa naturalmente vedada aos demais servidores públicos.

PSL

Sem comentários: